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Polícia cumpre mandato de busca e apreensão e apreende cestas básicas que seriam distribuídas às vésperas da eleição

Balsas – A Polícia Civil e o Batalhão de Choque da Polícia Militar executou um mandato de busca e apreensão em um galpão localizado na rua 11, na Açucena Velha, um bairro popular de Balsas, onde estavam estocadas mais de 1 mil cestas básicas que seriam distribuídas às vésperas de domingo (6), dia da eleição municipal de 2024. O material seria da coligação ” Balsas que dá certo”, liderada pelo vice-prefeito da cidade e candidato a prefeito, Celso Henrique (Progressistas), e pelo presidente da Câmara Municipal da cidade, Moisés Coelho (PDT).

A operação policial é um desdobramento da denúncia de abuso de poder político e econômico e compra de votos, protocolada pelo empresário e candidato a prefeito Alan da Marissol (PRD) no Ministério Público Eleitoral (MPE) da 22° Zona Eleitoral, de Balsas. Na representação, o peerredebista relatou dois fatos ocorridos nessa quinta-feira (3) para dar sustentação à acusação: o uso indiscriminado da máquina pública municipal para distribuição de cestas básicas e a compra de votos, com retenção de documentos de eleitores.

“Protocolei uma representação contra o candidato Celso Henrique e a coligação “Balsas que dá certo” por compra de votos nesta eleição. Temos vídeos mostrando um volume grande de cestas básicas sendo retiradas de um prédio no Centro e, em seguida sendo colocadas em um caminhão. Todas foram deixadas em um galpão na rua 11, na Açucena Velha. Isso, há três dias da votação para definir o novo prefeito de Balsas” relatou Alan da Marissol, logo após denunciar os fatos ao MPE.

COMPRA DE VOTOS

O candidato Alan da Marissol ainda contou que uma outra situação envolvendo valores e um candidato a vereador de um partido da base de apoio do atual vice-prefeito foi relatada ao MPE. “Também relatamos o caso de um candidato a vereador suspeito de apreender titulos de eleitores da nossa cidade, sob o pagamento de R$100 para cada eleitor que entregasse o documento. Temos vídeos e áudios que comprovam o que relatei”, contou.

Segundo a denúncia protocolada no MPE, o candidato a vereador Jorge Cury Neto vem aliciando eleitores para obtenção de votos mediante o pagamento de “gratificação”, por meio de um grupo do aplicativo de mensagens whatsapp intitulado “Jorge Cury Neto”.

“No referido grupo, a coordenadora, Sra. Adelina Neiva, pede aos integrantes que mandem fotos dos títulos de eleitores para que possam receber um prêmio no dia 04.10.2024 (sábado), com a finalidade de angariar votos para o candidato representado. Além de tudo, reiteradamente, a coordenadora do grupo requer aos integrantes que ‘encarecidamente não comentem nada com ninguém e nem fiquem passando as mensagens’, como forma de tentar ocultar a prática da justiça eleitoral.”, diz a denúncia encaminhada ao Ministério Público Eleitoral.

HISTÓRICO
Esse não é o primeiro episódio em que Alan da Marissol precisa solicitar a intervenção judicial para coibir ou punir atos ilícitos de partidário de Celso Henrique. Ainda no período de pré-campanha, o peerredebista denunciou cinco funcionários públicos municipais, dentre eles um subsecretário da prefeitura de Balsas, por disseminação de Fake News, o que acabou levando à condenação do grupo de servidores.

Além disso, dois vereadores do grupo político liderado por Alan da Marissol, Fernanda Zottis (PRD) e Floriano Teixeira (PL) denunciaram formalmente ao Ministério Público o uso de oito ônibus de transporte escolar para levar apoiadores de Celso Henrique para o lançamento de sua pré- campanha.

“Mais uma vez combato pela via legal crimes contra a democracia, que podem comprometer o resultado das urnas e a verdadeira vontade do povo de Balsas. Denunciei na Polícia Federal casos de Fake News contra mim, e cinco apoiadores deles hoje estão respondendo a processo na Justiça Federal”, lembrou.

“Fiz minha campanha limpa do começo ao fim. E assim seguirei até o último dia de campanha: combatendo o roubo da consciência das pessoas.”, finalizou Alan da Marissol.

Partido ‘Mobiliza’ faz fake news e será investigado por prática de crime eleitoral contra Dudu Diniz

Neste domingo (18), o partido Mobiliza tentou atingir a candidatura de Dudu Diniz, em São José de Ribamar, ao espalhar notícia mentirosa sobre uma possível impugnação. Com má-fé, a falsa alegação dizia que Dudu Diniz não teria juntado certidão criminal de primeiro grau da Justiça Estadual – o que não é verdade.

A referida certidão consta nos autos do Registro de Candidatura, tendo sido disponibilizada, inclusive, no DivulgaCand (como mostra a imagem). A certidão está atualmente válida e tem prazo de validade até dia 30 de setembro.

Mais que uma fake news, essa tentativa de impugnação configura o crime eleitoral previsto no art. 25 da Lei Complementar 64/90, com pena de detenção de 6 meses a 2 anos. A legislação brasileira diz que impugnar sem fundamento, de má-fé, o registro de alguém é crime eleitoral. Além disso, também é um desrespeito ao candidato e afronta à democracia.

Em nota, a assessoria do candidato Dudu Diniz disse que será elaborada a Representação Criminal ao Ministério Público Eleitoral, para as providências cabíveis.

Vice-prefeito de Buriti Bravo é preso por compra de voto

O vice-prefeito do município de Buriti Bravo, Welson Amorim (PP) foi preso na manhã deste domingo (30) sob suspeita de compra de votos em favor do candidato Jair Messias Bolsonaro.

Welson Amorim já estava sendo monitorado desde que divulgou um áudio em grupos de whatsapp no qual prometia vantagens para população se o candidato Bolsonaro tivesse mais votos que o candidato Lula no município. Dentro das vantagens, foi prometido um churrasco com seis bois e 220 grades de cerveja.

“Meus amigos e minhas amigas, aqui quem está falando é o Amorim, tudo bem?! Deixa eu dizer uma coisa: junto o Amorim, o Vitor Hugo, os empresários aqui em Buriti Bravo o pessoal do agronegócio e muitos amigos nossos, nós combinamos o seguinte, se o Bolsonaro domingo [dia 30] tiver mais voto que o Lula em Butiri Bravo, nós vamos dar seis bois e 220 grades de cerveja”, promete o político bolsonarista.

Após recebimento de uma denúncia de compra de votos e distribuição de santinhos, o juiz eleitoral Jorge Leite acionou apoio da Polícia Militar para realizar a prisão do político. No momento da abordagem, Welson foi flagrado coagindo eleitores e recebeu voz de prisão em flagrante.

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