Mês: outubro 2023 Page 2 of 14

Mais um quilombola é assassinado no Maranhão

Jose Alberto Moreno Mendes , o Doka, 47 anos, da comunidade quilombola Jaibara dos Rodrigues, era do território Monge Belo em Itapecuru-Mirim. Uma área reconhecida como de conflito por terras no Estado. Há 20 anos, a comunidade solicita junto ao INCRA a titularização do território, o processo data de 2005. De 2020 a 2023 são mais de 15 assassinatos de trabalhadores rurais, sendo 10 quilombolas, números da FETAEMA.

O crime aconteceu na tarde desta sexta-feira (27). De acordo com o boletim de ocorrência, Doka, estava próximo a sua residência quando se aproximaram dois indivíduos numa motocicleta e que um dos deles desceu e efetuou cinco disparos de arma de fogo em direção à vítima a qual veio a óbito no local.

Em julho, o Centro de Cultura Negra do Maranhão solicitou ao INCRA audiência sobre o reconhecimento dos territórios tradicionalmente ocupados pelas comunidades negras quilombolas por meio do projeto Vida de Negro.

Criminosos assaltam joalheria do Shopping da Ilha e levam cerca de R$ 500 mil

O crime registrado na tarde desta sexta-feira (28). A ação foi registrada por câmeras de segurança do local, que flagraram também o pânico das funcionárias, após a saída dos bandidos. Tudo começou às 15h45. Os bandidos renderam um segurança do shopping, que estava em frente a joalheria. O home foi levado ao estabelecimento. O assaltante manda as funcionárias encherem uma mochila com joias e mostra uma arma na cintura.

O segundo criminoso entra no local tranquilamente, tomando água e pergunta ao vigilante se ele havia acionado algum alarme. O vigilante negou. Os dois criminosos pegaram as joias da vitrine e uma funcionária pegou as que estão em gavetas. Eles fugiram do local cerca de dois minutos depois sem levantar suspeitas. Segundo a polícia, os assaltantes teriam levado cerca de r$ 500 mil em joias.

O que diz a polícia

A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) informou que o caso é investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), que já iniciou diligências. Esclarece que, a partir das imagens de vídeo do estabelecimento comercial, a Polícia Civil (PC) já identificou um dos suspeitos de participar do assalto. Este possui antecedentes criminais por receptação e roubo e que já é alvo de investigações na DRF. Por fim, ressalta que segue atuando para identificar os demais suspeitos, localizar e prender todos os envolvidos na ação.

Já o shopping, disse que está colaborando com as investigações.

Mutirão Cirúrgico vai zerar a fila de reconstrução tardia do Hospital do Câncer Aldenora Bello

Hospital Aldenora Bello deve retomar quimioterapia após receber recursos |  Maranhão | G1

Neste sábado, 28, no Hospital do Câncer Aldenora Bello mastologistas farão cirurgias gratuitas de reconstrução mamária em 10 pacientes que foram selecionadas pela equipe da mastologia do Hospital que está sob a coordenação da mastologista dra Gláucia Mesquita. Nesse dia todas as próteses serão doadas pela empresa Motiva sendo uma ação conjunta do serviço de mastologia com o serviço de cirurgia plástica. “Com essas cirurgias, estamos zerando nossa fila de reconstrução tardia” afirma Dra Gláucia. O Hospital do Câncer Aldenora Bello tem um índice de reconstrução mamária de 80%:”Com a reconstrução imediata com a prótese a recuperação da paciente é muito melhor e mais rápida. ” diz Dra Gláucia. O SUS arca com quase 50% do valor da prótese e o resto é pago com a venda das camisas e ações do Outubro Rosa realizadas pela Fundação Antonio Dino.

Participam do mutirão os mastologistas:Gláucia Mesquita, Raquel Aranha, Yara Brandão, José Guara, Jessica Mendes, Pedro Lima a residente Luana  Nogueira e as cirurgiãs plásticas Camila Polary e Socorro Moura.

A Fundação Antonio Dino, mantenedora do Hospital do Câncer Aldenora Bello, realiza anualmente a campanha “Outubro Rosa”, e este ano visa a conscientização da população maranhense sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama. Com o tema: “Eu visto o tom da Prevenção, e você?” a campanha tem o objetivo promover a conscientização da população além de incentivar a procurar um médico anualmente para realizar mamografia a partir dos 40 anos.

Ainda como parte da programação de conscientização durante todo o mês de outubro serão disponibilizadas venda de camisas da campanha onde toda a renda obtida será destinada para compra de próteses mamárias para pacientes em atendimento no Hospital do Câncer Aldenora Bello.

As camisas da campanha podem ser encontradas na sede da Fundação Antonio Dino, com um dos voluntários e através dos fones 9971.9897 ou 3089 3153.

Para a coordenadora da mastologia do Hospital do Câncer Aldenora Bello, Dra Gláucia Mesquita a campanha do outubro rosa é de extrema importância para a conscientização da população quanto à prevenção e a participação da sociedade como um todo nas doações para que se mantenha o recorrente sucesso das reconstruções mamárias: “Temos nos destacado consideravelmente na realização das reconstruções aqui no Hospital. Isso graças a um incremento que só é possível com a doação da comunidade e venda das camisas.Todos podem ajudar. Ao comprar uma camisa já ajuda na Campanha. O SUS paga uma parte da prótese, mas essa “diferença’ precisa ser repassada e só conseguimos manter o serviço com o apoio da população”, disse a Mastologista. “A conscientização e prevenção precisa ser feita durante todo o ano. Precisamos diminuir essa incidência com conhecimento e prevenção”, complementou. A equipe de Mastologista do HCAB é especializada em reconstrução mamária imediata o que diminui as conseqüências causada pelo câncer.

“Eu Falei Forró” será realizado em São Luís neste sábado (28) e João Gomes é uma das grandes atrações

Visualização da imagem

A capital maranhense vai receber neste sábado, dia 28, grandes nomes do forró e piseiro, como Vitor Fernandes, Tarcísio do Acordeon, Iguinho e Lulinha e João Gomes. O evento será realizado no estacionamento do São Luís Shopping e promete ser um dos maiores da história da cidade.

Vitor Fernandes, um dos artistas mais populares do Brasil, é conhecido por seus hits românticos e dançantes, como “Saudade e Solidão” e “Vou falar que não quero”. Tarcísio do Acordeon, outro fenômeno do forró, é um dos maiores representantes da nova geração do gênero e da pisadinha, com hits como “Meia Noite”, “Hoje Dói” e “Eu gosto é de problema”.

Iguinho e Lulinha, dupla de irmãos de Sergipe, são uma das revelações do forró e piseiro atual. Com hits como “Festa no Interior”, “Eu e Você” e “Volta Morena”, a dupla já conquistou o público maranhense e está conquistando o Brasil.

João Gomes, tornou-se o cantor mais ouvido do Brasil em 2021. Com hits como “Dengo”, “Sonho Lindo” e “Pode Maltratar”, além de “Só você e eu e Amado”, canção que tem feat com a cantora Vanessa da Mata. João Gomes é um dos principais nomes do forró atual, por sua simplicidade, alegria e maneira em transformar o palco em um espaço de realização pessoal com amor, gratidão e reconhecimento do público por ter lhe proporcionado momentos especiais até hoje.

O evento, que tem classificação etária de 16 anos, vai começar às 19h, com DJ Rogério Mix nos intervalos. Os ingressos estão à venda na 4Mãos Store, no www.ingresso.tech e no padrao4maos.com.br, para mais informações. Os ingressos na bilheteria do evento, a partir das 18h, no sábado (28).

“Estamos muito felizes em trazer esse evento para São Luís”, disse o empresário Marcelo Aragão, um dos organizadores. “O forró é um gênero muito popular na nossa região e estamos certos de que o público vai aproveitar muito”, completou.

TRF1 acata parecer do MPF e nega recurso de acusado pelo assassinato do indígena Paulo Paulino Guajajara


Seguindo entendimento do Ministério Público Federal (MPF), a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), por unanimidade, negou recurso da defesa de Raimundo Nonato Ferreira de Sousa, um dos envolvidos no assassinato do indígena Paulo Paulino Guajajara. O crime ocorreu no dia 1º de novembro de 2019, dentro da Terra Indígena (TI) Araribóia, próximo ao Município de Bom Jesus das Selvas, no sul do Maranhão.

Paulo era membro dos Guardiões da Floresta, um grupo de cerca de 120 indígenas Guajajara que lutam contra a extração ilegal de madeira na TI Araribóia. Integrantes do grupo e familiares de Paulo Paulino Guajajara acompanharam a sessão. Com a decisão, emitida na tarde desta terça-feira (24), em Brasília (DF), o processo seguirá sua tramitação e voltará para a 1º Vara da Justiça Federal no Maranhão, para realização das próximas fases processuais necessárias para o julgamento dos réus pelo Tribunal do Júri, conforme já determinado em decisão anterior.

Os réus Raimundo Nonato Sousa e Antônio Wesly Nascimento Coelho respondem pelos homicídios qualificados, por motivo fútil, do indígena Paulo Paulino Guajajara e do não índio Márcio Gleik Moreira Pereira, além da tentativa de homicídio do indígena Laércio Sousa Silva, ocorridos na mesma ocasião.

Alegações da defesa – No recurso, a defesa pedia a reforma da sentença de pronúncia – decisão que aceita as acusações feitas contra o réu e encaminha o processo para julgamento no Tribunal do Júri. Foi alegada a incompetência da Justiça Federal para processar e julgar o caso, a incompetência territorial da Seção Judiciária do Maranhão e a ausência de indícios de que o acusado seja autor dos crimes imputados.

Foto: Maiara Dourado/ Cimi. Fotografia com pessoas na frente de uma parede revestida em granito, entre elas o Procurador regional da República, José Robalinho Cavalcanti,a assessora jurídica do Cimi, Caroline Hilgert, familiares de Paulo Paulino Guajajara e indígenas dos Guardiões da Floresta.

Manifestação do MPF – O julgamento do recurso foi acompanhado pelo procurador regional da República José Robalinho Cavalcanti que, em sua manifestação, rebateu as alegações da defesa, reforçando os termos do parecer do procurador Regional da República Luiz Fernando Viana. José Robalinho defendeu a competência da Justiça Federal, pelo caso não se tratar de uma desavença particular que envolveu os indígenas. Os crimes ocorreram enquanto os indígenas estavam lutando em defesa da floresta, de seu território e da sua cultura. Nesse caso, a competência será da Justiça Federal toda vez que a questão envolver disputa sobre direitos indígenas, incluindo direito sobre as terras que tradicionalmente ocupam.

Sobre a competência territorial, o MPF defendeu, em parecer, que existe a incerteza em relação ao exato local da consumação do crime, considerando a grande área que compõe a TI Araribóia. A TI é composta por florestas de difícil acesso e situada em zona limítrofe de seis municípios maranhenses. Outro fator que dificulta a localização precisa do crime é a informação de que a própria comunidade indígena realizou a movimentação dos corpos. Assim, diante de tal incerteza, a competência deve ser definida em favor daquele que primeiro conheceu dos fatos e permanecer na subseção judiciária do Maranhão, localizada em São Luís.

No parecer, o MPF contesta, ainda, a alegação da defesa sobre ausência de indícios para pronunciar o réu: “Realmente, neste momento processual, as provas reunidas mostram-se suficientes para que Raimundo seja submetido a julgamento pelo Conselho de Sentença, até porque, na primeira fase do procedimento do Tribunal do Juri, mesmo havendo dúvida quanto à autoria, o réu deve ser pronunciado, em observância ao princípio in dubio pro societate, que vige nesta fase”, diz trecho da peça.

Decisão do TRF1 – Em entendimento semelhante, o desembargador Pablo Zuniga, relator do recurso, apresentou seu voto para negar o provimento do recurso em sentido estrito. “Não há dúvida de que há um pano de fundo de proteção a comunidades indígenas e a própria terra Araribóia, que é, na verdade, o que nos faz concluir, de forma singela, que a competência é mesmo da Justiça Federal”, apontou em trecho de sua decisão.

O relator foi acompanhado pelos magistrados da 4ª Turma do TRF1, que negaram provimento ao recurso por unanimidade. Após cumpridos os prazos e não havendo novos recursos, o processo retornará a seção judiciária do Maranhão para os trâmites processuais até o julgamento pelo Tribunal do Júri.

Guardiões da Floresta – Lideranças indígenas e familiares de Paulo Paulino Guajajara estiveram presentes no julgamento do recurso. A advogada e assessora jurídica do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Carol Hilgert, frisou o sentimento de justiça que o julgamento do recurso traz para os indígenas Guajajara. De acordo com a advogada, diversos assassinatos ocorreram na TI Araribóia contra os Guardiões da Floresta. E, em 20 anos, o caso de Paulo Paulino é o primeiro que tem uma sentença de pronúncia. Relatório de Violência contra os povos indígenas, publicado anualmente pelo Cimi, contabiliza 41 assassinatos contra o povo Guajarara nos últimos 20 anos. Desses casos, 19 ocorreram na TI Araribóia.

Histórico do caso – De acordo com a denúncia do MPF, constatou-se que, no período de 30 de outubro a 1º de novembro de 2019, os denunciados, utilizando motocicletas e portando armas de fogo, entraram e permaneceram na Terra Indígena Araribóia para caçar e perseguir espécimes da fauna silvestre, sem a devida autorização legal.

No dia 1º de novembro, ao retornarem da caçada, os acusados sentiram a falta de uma motocicleta e perceberam que as que ficaram haviam sido danificadas. Então, os caçadores realizaram buscas, seguindo os rastros do veículo, e, ao chegarem na região próxima à cacimba, nos arredores da localidade Lagoa Comprida, encontraram os indígenas, bem como a motocicleta, apreendida por eles com a intenção de demonstrarem às autoridades a presença ilegal em sua Reserva Indígena.

Nesta ocasião, foram efetuados os disparos de espingarda pelos denunciados Antônio Wesly e Raimundo Nonato, que atingiram os indígenas Paulo Paulino Guajajara, que morreu, e Laércio Sousa, que ficou ferido, além de Márcio Gleik, que foi atingido por engano e também veio a falecer.

Parlamentares defendem desenvolvimento da Amazônia com inclusão social e preservação da natureza

Parlamentares defendem desenvolvimento da Amazônia com inclusão social e preservação da natureza

Deputados estaduais participantes da 5ª Sessão Ordinária do Parlamento Amazônico, realizada na Assembleia Legislativa do Maranhão, nesta quinta-feira (26), manifestaram propostas de efetivas políticas ambientais que tenham como foco o desenvolvimento da Amazônia, sem negligenciar o cuidado com a inclusão social e a preservação do meio ambiente.

Este foi o principal mote do discurso proferido pela deputada Edna Auzier (PSD-AP), presidente do Parlamento Amazônico, colegiado que reúne deputados das nove Assembleias Legislativas dos estados que integram a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão).

Edna Auzier destacou o principal desafio do colegiado salientando o valor e a importância das potencialidades da região. “A gente tem um mosaico de riquezas na Amazônia, como mineração e pecuária, e é necessário que saibamos explorar essas riquezas para desenvolver os nossos estados. A luta é diária”, frisou a parlamentar.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Júlio Mendonça (PCdoB), disse que a reunião em São Luís do Parlamento Amazônico trouxe uma pauta muito importante, que é a exploração da Margem Equatorial brasileira.

“É preciso fazer esse debate público, de forma séria e conduzido com muita responsabilidade, escutando as várias vozes, principalmente com a participação dos parlamentos da Amazônia. Eu defendo o desenvolvimento sustentável e, também, que a exploração da Margem Equatorial brasileira seja feita com muita responsabilidade, por isso é necessário que nós estejamos buscando mais informações para nos embasarmos sobre este assunto”, afirmou Júlio Mendonça.

Alternativas

Os deputados Wellington do Curso (PSC), que é presidente do Conselho Fiscal do Parlamento Amazônico, e Zé Inácio (PT) também chamaram a atenção para a necessidade de se discutir sobre o desenvolvimento da Amazônia, sem descuidar da inclusão social e da preservação da natureza.

“O mote é este mesmo: preservar a nossa Amazônia, cuidar do nosso povo e buscar alternativas para vencer a pobreza, mas sem agressão ao nosso maior patrimônio, que é o meio ambiente. É uma grande alegria receber aqui a reunião do Parlamento Amazônico para debatermos temas relevantes e de interesse dos estados integrantes do colegiado”, salientou Wellington do Curso.

O deputado Zé Inácio também destacou a importância dos debates em torno da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável. Segundo ele, é preciso aprofundar este tema, que interessa ao mundo inteiro. “Porque nós estamos falando em exploração de petróleo e, ao mesmo tempo, de preservação ambiental. Então, explorar para desenvolver um estado, uma região, é algo que todos nós somos a favor, porém, essa exploração tem que acontecer de uma forma que estabeleça um desenvolvimento com inclusão social”, ressaltou Zé Inácio.

Page 2 of 14

Desenvolvido em WordPress & Tema por WeZ | Agência Digital