O presidente da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural Júlio Mendonça, esclareceu por meio de um vídeo publicado em suas redes sociais, que peixes criados em cativeiros não provocam a Síndrome de Haff, conhecida como a doença da “urina preta”.
Espécies como a tilápia e o tambaqui, ressaltando que, pelo fato de os animais serem criados profissionalmente em cativeiros, eles possuem segurança, e por isso não provocam a doença.
“Não há nenhuma publicação científica ou relato da comunidade médica, que associe a síndrome de Haff ao consumo de peixes de criatório” disse o presidente.
Até o momento nenhum caso da doença foi registrado no Maranhão. A iniciativa do presidente da Agerp, foi em defesa dos pequenos agricultores que estão sendo prejudicados com algumas fake news, que afirmam que peixes de cativeiro também podem estar contaminados.
O presidente diz que os boatos causam sérios prejuízos ao sistema produtivo do estado, colocando em risco o sustento de muitas famílias e até mudanças no hábito alimentar de toda uma população.
Cultivo
Uma das suposições é que a toxina causadora da doença de Haff pode se alojar na alga, que serve de alimento para peixes filtradores, onívoros, como o Tambaqui e a Pirapitinga. E é justamente na alimentação adequada dos peixes o diferencial dos produtores de peixe cultivado em cativeiro.
Os peixes que apresentam essa toxina se encontram em ambiente natural, em que não é possível realizar o monitoramento, diferente do peixe de cultivo. Na piscicutura o produtor alimenta o peixe com uma ração adequada, realiza o monitoramento da qualidade da água e o controle de possíveis patógenos, a fim de garantir uma sanidade ambiental e segurança alimentar.