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Operação da Polícia Federal combate desmatamento ilegal no interior da Terra Indígena Araribóia

A Polícia Federal no Maranhão, juntamente com o Instituto Nacional do Meio Ambiente (IBAMA), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), Polícia Civil, Polícia Militar, e Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Maranhão deflagrou, no período de 05 a 08/02/2023, a Operação EUNÔMIA, com o objetivo de reprimir o desmatamento ilegal e o comércio irregular de madeira extraída da Terra Indígena Araribóia, localizada no sudoeste do Estado do Maranhão.

A ação ocorreu nos municípios de Bom Jesus da Selvas/MA, Buriticupu/MA, Amarante do Maranhão/MA e Arame/MA e empregou cerca de 80 (oitenta) agentes públicos. Durante a operação 02 (duas) serrarias ilegais foram destruídas, em razão de não possuírem licença para operar; e foram apreendidas: 05 (cinco) armas de fogo, 06 (seis) motosserras e 303 m³ de madeira serrada. Cerca 40 (quarenta) pessoas foram abordadas pelas equipes.

O trabalho da Polícia Federal contou com o Programa Brasil M.A.I.S, ferramenta adquirida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública que possibilita o recebimento de imagens de alta definição, e ainda utilizou diversos veículos aéreos não tripulados. Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de receptação qualificada (art. 180, §1° do CPB), ter em depósito produto de origem vegetal sem licença válida (art. 46, parágrafo único, da Lei 9.605/98), utilização ilegal de motosserra (art. 52 da Lei 9.605/98), porte irregular de arma de fogo (art. 14 da Lei 10.826/2003), dentre outros. A operação foi batizada de EUNÔMIA, termo que denomina uma deusa da mitologia grega da disciplina, equidade e das leis.

PF faz operação para combater crimes ambientais em terras indígenas do Maranhão

A Polícia Federal deflagrou, entre os dias 24 e 25 de maio do corrente ano, ações ostensivas de fiscalização na Terra Indígena Arariboia, visando o cumprimento de uma série de medidas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal no bojo da ADPF nº 709. Foram realizadas incursões no interior do território indígena Arariboia, percorrendo ramais detectados por alertas de desmatamento, oriundos de imagens do satélite Planet, através do Programa BRASIL M.A.I.S.

Em face da invasão nessas terras legalmente protegidas, há a necessidade de fiscalizações, bem como de investigações com o intuito de reprimir os crimes ambientais cometidos, coibindo a degradação nesses ecossistemas e oferecendo maior proteção aos povos indígenas, seus costumes, tradições e meios de subsistência.

Um segundo foco dessas ações consistiu em fiscalizar estabelecimentos madeireiros situados no entorno da T. I. Arariboia, receptadores da madeira extraída ilegalmente dessa área protegida. A fiscalização foi realizada juntamente com o IBAMA, órgão ambiental competente, com vistas à constatação da ilegalidade da atividade madeireira exercida, e consequente
lavratura de autos de infração e inutilização de serrarias e movelarias que atuam na clandestinidade. Essa atividade ilícita estimula a invasão no território indígena e intensifica o desmatamento e a prática de outros crimes ambientais correlatos, expondo a risco a sobrevivência da etnia indígena Tenetehara
(Guajajaras), principalmente dos grupos isolados, os Awá-Guajás.

Os envolvidos poderão responder por crimes como receptação qualificada (art. 180, §1° do CPB), transporte e depósito de produto de origem vegetal sem licença válida, funcionamento de estabelecimentos potencialmente poluidores sem autorização (art. 46, parágrafo único e art. 60 da Lei 9.605/98), dentre outros.

Participaram dessas ações, juntamente com a Polícia Federal, os seguintes órgãos parceiros: IBAMA, Corpo de Bombeiros Militar (CBM), ICMBio e Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).
A operação foi denominada NEMESTRINO, que era um deus das florestas e madeiras na mitologia romana.

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