
Aos 72 anos, Dina Aguiar se despede da RTP após 47 anos de carreira e reacende debate sobre etarismo na TV 🎙️📺
A apresentadora Dina Aguiar, uma das jornalistas mais longevas da televisão portuguesa, foi demitida da RTP após 47 anos de carreira na emissora estatal.
Na quinta-feira (9), ela se despediu dos telespectadores do programa “Portugal em Direto”, emocionada.
“Obrigada por nos dar o privilégio da sua companhia durante tantos anos. É o fim de um ciclo”, disse, visivelmente abalada. “Fi-lo sempre com muito amor e carinho e, sobretudo, com muito rigor profissional.”

No encerramento do ‘Portugal em Direto’, a equipe ocupou o estúdio para entregar flores e aplaudir Dina Aguiar em seu último dia na RTP
Aos 72 anos, Dina afirmou que não pretende se aposentar, mas ainda não recebeu convites de outras emissoras.
“Hoje é um dia difícil… Obrigada e até um dia destes ou até sempre, se Deus quiser”, declarou, em tom de despedida.
Etarismo na televisão
O caso reacendeu o debate sobre o etarismo no jornalismo televisivo, principalmente entre mulheres acima dos 60 anos.
Mesmo com décadas de experiência e prestígio, poucas jornalistas permanecem no ar após entrarem na terceira idade — realidade observada também no Brasil.
Atualmente, a única mulher acima dos 60 anos ainda no comando de um telejornal diário é Renata Lo Prete (61), do Jornal da Globo.
Em junho, o caso de Christina Lemos (61) também chamou atenção: ela foi retirada da bancada do “Jornal da Record” durante as férias e passou a apresentar um quadro secundário.
Enquanto isso, homens têm trajetórias mais longas nas bancadas.
Boris Casoy apresentou telejornais até os 80 anos, Celso Freitas deixou o posto aos 72, e Chico Pinheiro saiu da Globo aos 69.
Hoje, continuam no ar nomes como César Filho (65), William Bonner (61) e Eduardo Oinegue (61).
Um espelho da desigualdade
Especialistas apontam que a demissão de Dina Aguiar reflete um padrão global de exclusão de mulheres maduras da televisão, enquanto homens da mesma faixa etária seguem como símbolos de credibilidade.
O episódio também reforça a necessidade de discutir diversidade etária e de gênero nos meios de comunicação.
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