
Avião de pequeno porte caiu e pegou fogo em Paço do Lumiar; a Anac confirma que não havia autorização para táxi aéreo.
O avião de pequeno porte que caiu e pegou fogo neste domingo (5) em Paço do Lumiar, na Região Metropolitana de São Luís, não tinha autorização para operar como táxi aéreo, segundo informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O voo vinha de Barreirinhas com destino a São Luís e transportava cinco pessoas: o vereador Beto Castro, de São Luís, sua esposa, dois amigos da família e o piloto. Todos foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros com ferimentos leves.
Voo era particular, mas levava passageiros
De acordo com a Anac, a aeronave tinha permissão apenas para voos privados, sem fins comerciais. Mesmo assim, transportava passageiros em situação que configura operação irregular, já que o transporte remunerado exige certificação e autorização específica.
A agência informou que abriu investigação para apurar as circunstâncias do voo e reforçou que o uso indevido de aeronaves particulares para táxi aéreo viola a legislação aeronáutica brasileira.
Aeronave pertence a secretária municipal
O avião, de prefixo PT-VSR, foi fabricado em 1995 e está registrado em nome de Jamaria Andreia Mendes Morais, atual secretária de Assistência Social, Trabalho e Cidadania de Alto Alegre do Pindaré.
Apesar disso, a aeronave exibia adesivos do Grupo Castro, empresa ligada à família do vereador Beto Castro.
Piloto experiente comandava o voo
O piloto, Fabrício Oliveira Dias, é profissional experiente, com atuação como coordenador de voos em uma empresa de táxi aéreo em Goiás.
No momento do acidente, ele pilotava o avião entre Barreirinhas e São Luís, quando perdeu o controle da aeronave, que caiu em uma área próxima à pista e pegou fogo após o impacto.
Investigação em andamento
A Anac e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) investigam o caso.
O acidente reacendeu o debate sobre a fiscalização de voos privados e o uso irregular de aeronaves sem autorização para transporte de passageiros.
Até a última atualização desta reportagem, não havia informações atualizadas sobre o estado de saúde das vítimas.
A redação solicitou nota à Secretaria de Estado da Saúde (SES) e à Prefeitura de Paço do Lumiar, que ainda não se manifestaram.
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