
SÃO LUÍS — O Maranhão registrou uma redução expressiva de 52% nos casos prováveis de dengue em 2025, segundo o Ministério da Saúde. Mesmo com a melhora, a pasta reforça que a mobilização contra o mosquito Aedes aegypti deve continuar em todo o país.
No início de novembro, o governo federal lançou a campanha nacional “Não dê chance para a dengue, zika e chikungunya”, acompanhada do anúncio de R$ 183,5 milhões para expandir novas tecnologias de controle vetorial.
“Não podemos baixar a guarda. A dengue continua sendo a principal endemia do país, e o impacto das mudanças climáticas amplia o risco de transmissão”, afirmou o ministro Alexandre Padilha.
Maranhão tem três mortes por dengue em 2025
Até o momento, o estado contabiliza 5,3 mil casos prováveis, contra 11,1 mil no mesmo período de 2024. Também houve queda no número de óbitos: foram 3 mortes em 2025, ante 7 no ano anterior.
No Brasil, o cenário também é de melhora:
- 1,6 milhão de casos prováveis (queda de 75%)
- 1,6 mil mortes (redução de 72%)
A pasta reforça que a prevenção deve ser intensificada agora, antes do período de maior transmissão.
Tecnologias que estão sendo ampliadas: Wolbachia, inseto estéril e EDLs
Com os recursos investidos, o Ministério da Saúde amplia o uso de ferramentas modernas de combate ao mosquito:
• Método Wolbachia
Mosquitos infectados com a bactéria que bloqueia o desenvolvimento do vírus.
Presente hoje em 12 municípios, será expandido para mais 70 cidades, sendo 13 ainda em 2025.
Niterói (RJ), primeira cidade 100% coberta, teve resultados expressivos:
- 89% de redução da dengue
- 60% de redução da chikungunya
• Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDL)
Mais de 77 mil unidades instaladas em 26 municípios.
• Técnica do inseto estéril
Reduz a capacidade reprodutiva do Aedes aegypti.
• Borrifação residual intradomiciliar
Inseticida de longa duração aplicado dentro das residências.
Campanha nacional e reforço das ações no SUS
Sob o lema “Contra o mosquito, todos do mesmo lado”, a campanha reforça a necessidade de eliminar criadouros e engajar a população.
O Ministério da Saúde também adotou medidas de suporte aos estados:
- Instalação de até 150 centros de hidratação em cidades críticas
- Distribuição de 2,3 milhões de sais de reidratação oral
- Mais de 1,3 milhão de testes laboratoriais
- 1,2 mil nebulizadores portáteis
- Fornecimento de larvicidas e adulticidas de forma contínua
Além disso, foi inaugurada em Curitiba a maior biofábrica de Wolbachia do mundo, com capacidade para produzir 100 milhões de ovos por semana.
Vacinação contra a dengue deve ganhar escala a partir de 2026
A vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan deve passar a ser produzida em larga escala após parceria firmada com a empresa chinesa WuXi Biologics.
Com capacidade para 40 milhões de doses por ano, o imunizante — 100% brasileiro — aguarda registro da Anvisa até o fim deste ano.
Desde 2024, a vacinação é destinada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, em 2.752 municípios de maior risco.
Até outubro de 2025:
- 10,3 milhões de doses já foram enviadas
- 9 milhões estão previstas para 2026
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