O Tribunal do Júri de São Domingos do Maranhão proferiu uma sentença severa, condenando Cícero Martins de Sousa a 19 anos e seis meses de prisão em regime fechado pela morte de seu próprio primo, Lourenço Gomes dos Passos, conhecido como “Dão”. O trágico evento ocorreu em 14 de agosto de 2023, na zona rural do município maranhense, a aproximadamente 380 quilômetros de São Luís. As investigações apontaram que o homicídio teve origem em uma discussão acalorada que eclodiu entre os dois durante uma atividade de caçada, um desentendimento que culminou em um desfecho fatal e chocante para a comunidade local.

O julgamento, realizado no dia 22 de outubro no salão do júri do fórum da comarca, foi presidido pelo juiz Caio Davi Veras. Conforme detalhado nos autos do processo, o crime aconteceu nas imediações da Vila do Lindor. Um dia antes do assassinato, Cícero Martins de Sousa havia visitado a residência de Lourenço Gomes dos Passos com o intuito de devolver tambores que haviam sido emprestados. Durante essa visita, Cícero tomou conhecimento de que seu primo planejava sair para caçar em terras que faziam divisa com sua própria propriedade.

A tensão entre os primos parece ter se intensificado na mata. Relatos indicam que Lourenço Gomes dos Passos teria se mostrado irritado com os barulhos provocados por Cícero, como chamados de gado e batidas em sua cachorra, ações que, segundo a vítima, atrapalharam a caçada. Ao retornar para casa, Lourenço teria expressado seu descontentamento, referindo-se a Cícero como “covarde” e afirmando que não o respeitava. A notícia desses comentários chegou a Cícero na manhã seguinte, através de terceiros. Na tarde do mesmo dia, Cícero teria, então, preparado uma emboscada para seu primo. Lourenço foi alvejado por um disparo de arma de fogo e, tragicamente, morreu no local, sem ter tido qualquer chance de defesa, conforme informações preliminares divulgadas pela Polícia Militar.

O Conselho de Sentença, ao analisar as evidências e os depoimentos apresentados durante o julgamento, declarou Cícero Martins de Sousa culpado pelo homicídio qualificado. A pena aplicada, de 19 anos e seis meses de reclusão, em regime fechado, representa um marco no encerramento deste caso que gerou grande comoção na região. A brutalidade do crime e, em especial, o fato de envolver parentes de sangue, como primo, intensificaram o impacto emocional sobre os moradores de São Domingos do Maranhão. A sentença busca trazer um desfecho para a tragédia que abalou a pacata zona rural do estado.

A dinâmica que levou ao crime, marcada por um desentendimento aparentemente trivial que escalou para um ato de violência extrema, levanta importantes reflexões sobre a gestão de conflitos e a preservação das relações familiares. A motivação inicial, ligada à caçada e a supostos desrespeitos mútuos, demonstra como pequenas divergências podem ter consequências devastadoras quando não mediadas de forma construtiva. A condenação de Cícero Martins de Sousa serve como um doloroso lembrete da fragilidade da vida e da importância de buscar soluções pacíficas para desavenças, mesmo dentro do círculo familiar. O caso de São Domingos do Maranhão se insere em um contexto maior de violência no Brasil, onde conflitos interpessoais, por vezes, resultam em desfechos trágicos e sentenças criminais severas, como a de 19 anos e seis meses.

A comunidade de São Domingos do Maranhão acompanhou de perto os desdobramentos deste caso, e a decisão do Tribunal do Júri representa um ponto final para um capítulo doloroso. A pena imposta ao réu, Cícero Martins de Sousa, reflete a gravidade do crime cometido contra seu primo, Lourenço Gomes dos Passos. A história serve como um alerta sobre a importância do diálogo e da resolução pacífica de conflitos, especialmente em ambientes onde laços familiares e de vizinhança são fortes. O assassinato do primo em plena zona rural do Maranhão, após uma briga durante caçada, é um exemplo extremo de como a raiva e a falta de controle emocional podem levar a atos irreparáveis, resultando em longos anos de prisão e em perdas irreparáveis para as famílias envolvidas, como a de Dão, a vítima fatal.

O caso de Cícero Martins de Sousa e Lourenço Gomes dos Passos, o Dão, é um exemplo sombrio de como um desentendimento entre primos pode ter um desfecho tão trágico. A sentença de 19 anos e seis meses de prisão em regime fechado para Cícero Martins de Sousa, por homicídio qualificado em São Domingos do Maranhão, evidencia a seriedade com que a justiça trata crimes passionais e violentos. A busca por justiça para a vítima, Lourenço Gomes dos Passos, e a punição ao agressor, Cícero Martins de Sousa, foram os pilares do processo judicial que culminou na condenação. A população espera que casos como este sirvam de lição para a prevenção de crimes semelhantes no futuro e para a promoção de um ambiente mais seguro e pacífico na região, evitando que mais famílias passem por tamanha dor e sofrimento devido a mortes violentas.