• Deputado propõe lei para proibir taxa de bagagem de mão após tarifa da Gol

    Rubens Jr. quer proibir cobrança por bagagem de mão após nova tarifa da Gol. Projeto de lei protege consumidores e já está na Câmara.
    Rubens Jr. quer proibir cobrança por bagagem de mão após nova tarifa da Gol. Projeto de lei protege consumidores e já está na Câmara.

    O deputado federal Rubens Pereira Jr. (PT‑MA) apresentou o Projeto de Lei 5203/2025 que proíbe companhias aéreas de cobrar taxas adicionais pela bagagem de mão em voos comerciais, desde que sejam respeitados os limites de peso e dimensões estabelecidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A proposta foi protocolada em 15 de outubro na Câmara dos Deputados e visa a todos os voos domésticos e internacionais operados no Brasil.

    Tarifa “basic” da Gol acendeu o debate

    A iniciativa do parlamentar surgiu após a companhia aérea Gol anunciar, em 26 de setembro, a categoria tarifária “basic”, que exclui a franquia de bagagem de mão. A mudança entrou em vigor em 14 de outubro e surpreendeu passageiros, gerando críticas nas redes sociais. Rubens Jr. afirma que a prática é abusiva e compromete o direito do consumidor: “O direito de transportar consigo uma bagagem de mão é inerente à própria natureza do serviço oferecido e não deve ser tratado como serviço adicional”. O deputado teme que, se a cobrança se normalizar, outras taxas injustas, como por água ou pelo assento, se tornem rotina.

    Insatisfação crescente e números da ANAC

    Dados da Anac mostram que o transporte aéreo brasileiro atingiu 118,3 milhões de passageiros em 2024, e mais de 86 mil reclamações foram registradas na plataforma Consumidor.gov. Dessas queixas, 12,3 % estavam relacionadas a problemas com bagagens, o que demonstra que o tema é um foco recorrente de insatisfação. O projeto será agora analisado pelas comissões da Câmara, onde poderá receber emendas e enfrentar debates com representantes do setor aéreo.

    Para Rubens Jr., a mobilização dos consumidores é crucial para barrar a cobrança. Ele defende que o transporte de bagagem de mão deve continuar incluído no preço da passagem, preservando o equilíbrio entre companhia aérea e passageiro e evitando surpresas na hora do embarque.

    Deixe uma resposta