• Desvio alagado na MA-320 provoca caos no trânsito e expõe riscos na obra de duplicação

    Desvio da MA-320 alagado após forte chuva transforma trecho em lama e bloqueia parcialmente o trânsito entre Pindaré-Mirim e Santa Inês.
    Desvio da MA-320 alagado após forte chuva transforma trecho em lama e bloqueia parcialmente o trânsito entre Pindaré-Mirim e Santa Inês.

    A forte chuva que atingiu a região do Vale do Pindaré na noite do último sábado (6) transformou um desvio utilizado durante as obras de duplicação da MA-320 em um verdadeiro cenário de caos. O trecho, que serve como passagem única entre Pindaré-Mirim e Santa Inês, ficou completamente alagado e coberto de lama, gerando transtornos e colocando motoristas em risco.

    A pista alternativa foi construída para permitir o avanço dos serviços de duplicação da rodovia — uma obra aguardada há anos por moradores e por quem depende da via para deslocamentos diários. Contudo, a chuva intensa evidenciou fragilidades graves na estrutura temporária, que rapidamente se tornou intrafegável.

    Segundo relatos de condutores, o trânsito ficou parado por cerca de duas horas, resultando em um congestionamento que se estendeu por vários metros. Vídeos compartilhados em redes sociais mostram carros atolados, motociclistas caindo ao tentar atravessar o trecho e motoristas preocupados com a possibilidade de um bloqueio total da estrada.

    Lama, atolamentos e risco de desabamento: uma noite de tensão na MA-320

    O desvio, por ser composto de material não pavimentado, não resistiu ao volume de água e se transformou em um trecho extremamente escorregadio. A situação foi agravada por uma cratera que se abriu poucos metros adiante, na parte asfaltada da via, criando um cenário de risco duplo: de um lado, lama e atolamentos; de outro, a ameaça de rompimento da pista principal.

    Para continuar a viagem, muitos motoristas tentaram passar mesmo diante do perigo, com receio de passar horas parados ou ficar isolados na estrada. Alguns veículos deslizaram, perderam tração e exigiram ajuda de outros condutores para sair da lama. Motociclistas relataram quedas e danos às motos.

    Especialistas em engenharia de tráfego ouvidos por portais regionais afirmam que desvios feitos durante obras de rodovias precisam seguir normas rigorosas, especialmente em períodos chuvosos. O ideal é que o trecho provisório tenha:

    • Base compactada de alta resistência,
    • Sistema de drenagem adequado,
    • Monitoramento constante,
    • Sinalização visível, mesmo à noite.

    Sem essas condições, qualquer chuva acima da média pode provocar pontos de alagamento, erosão e colapso da passagem.

    Chuva acima da média no Maranhão tem afetado rodovias estaduais

    Nos últimos anos, o Maranhão vem registrando episódios frequentes de chuvas intensas associados a fenômenos climáticos como La Niña e zonas de convergência tropical. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o estado teve, em 2024 e 2025, índices pluviométricos acima da média histórica em diversos municípios, incluindo a região de Santa Inês.

    Esse aumento impacta diretamente a conservação de rodovias estaduais. A MA-320, importante ligação do Vale do Pindaré, já apresentava trechos danificados antes mesmo das obras de duplicação, especialmente durante o período chuvoso. A situação do último sábado reforça a necessidade de um planejamento mais robusto para evitar riscos à segurança dos usuários.

    Duplicação da MA-320: obra é aguardada há anos, mas enfrenta desafios

    A obra de duplicação da MA-320 é uma demanda antiga dos moradores da região, devido ao grande fluxo de veículos e ao crescimento populacional de cidades próximas, como Pindaré-Mirim, Alto Alegre do Pindaré e Santa Inês. A via é usada por:

    • Trabalhadores que se deslocam diariamente,
    • Estudantes,
    • Motoristas de transporte intermunicipal,
    • Caminhões que fazem abastecimento da região.

    Problemas durante o período de obras, incluindo desvios mal estruturados, podem comprometer não apenas o cronograma da duplicação, mas também a segurança dos motoristas e a fluidez do trânsito.

    Até o momento, a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) não respondeu aos pedidos de esclarecimento sobre:

    • A causa do alagamento,
    • A situação atual do desvio,
    • Eventuais medidas emergenciais,
    • O andamento da duplicação da rodovia.

    A ausência de posicionamento gera ainda mais preocupação entre os usuários, que temem que novos episódios ocorram caso as chuvas persistam.

    Motoristas cobram solução imediata e melhorias na drenagem

    Moradores e motoristas que utilizam a MA-320 diariamente afirmam que a falta de drenagem no desvio é um problema antigo e que já haviam alertado sobre o risco de colapso durante chuvas fortes.

    As principais reivindicações incluem:

    • Melhorias na compactação do solo,
    • Instalação de bueiros ou valas de drenagem,
    • Manutenção frequente durante o período chuvoso,
    • Sinalização adequada para orientar motoristas em horário noturno.

    Até que medidas efetivas sejam tomadas, o tráfego pode voltar a ser interrompido a qualquer nova precipitação.

    Episódio alerta para falhas estruturais e necessidade de resposta rápida

    O alagamento do desvio na MA-320 revela problemas sérios no planejamento das obras e na capacidade de suporte da pista provisória. O episódio trouxe riscos reais aos condutores, gerou prejuízos e expôs a urgência de ações corretivas.

    Com o período chuvoso ainda em andamento, especialistas alertam que novos incidentes podem ocorrer caso não haja intervenções emergenciais. Enquanto isso, motoristas seguem apreensivos ao trafegar pela região.

    O portal continua acompanhando o caso e aguarda posicionamento oficial da Sinfra sobre as providências adotadas.

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