
A manhã desta quinta-feira (13) começou com movimentação intensa em vários estados do país. A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou uma nova fase da Operação Sem Descontos, que apura um esquema nacional de descontos ilegais em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.
A investigação aponta que milhares de pessoas tiveram dinheiro subtraído mensalmente como se estivessem associadas a sindicatos e entidades das quais nunca fizeram parte. Um golpe silencioso que, segundo os investigadores, durou anos e atingiu especialmente pessoas idosas.
No Maranhão, a operação teve desdobramentos significativos: o deputado estadual Edson Araújo (PSB) é um dos alvos das buscas. Não houve confirmação de prisão.
Uma operação que atinge o país inteiro
A ação policial ocorreu simultaneamente no Maranhão, Distrito Federal e outros 14 estados, com objetivo de desarticular completamente a cadeia de fraudes.
Até o início da tarde, seis pessoas haviam sido presas.
De acordo com a PF, os investigados podem responder por:
- estelionato previdenciário;
- corrupção ativa e passiva;
- inserção de dados falsos em sistemas do governo;
- organização criminosa;
- ocultação de patrimônio.
A suspeita é de que servidores públicos, empresários e dirigentes de entidades estivessem envolvidos no esquema.
Ex-presidente do INSS é preso
Um dos nomes mais conhecidos detidos nesta fase foi o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Ele já havia sido afastado do cargo em abril, após denúncias iniciais surgirem.
A prisão dele amplia a dimensão do caso e reforça que a investigação alcança todas as esferas do sistema previdenciário.
Maranhão já havia sido alvo de outra investigação recente
Essa não é a primeira operação ligada a crimes previdenciários no estado.
Em 3 de julho, a PF já havia deflagrado a Operação Transmissão Fraudulenta, que investigou um grupo de contadores suspeitos de criar vínculos empregatícios falsos para liberar aposentadorias indevidas.
A investigação, iniciada em 2022, revelou manipulação de sistemas como o SEFIP/Conectividade Social, ferramenta usada para envio de informações ao FGTS e à Previdência.
Fraudes previdenciárias representam mais do que prejuízo financeiro. Para aposentados e pensionistas, cada desconto não autorizado significa menos comida, menos remédio e menos segurança.
A PF afirma que o objetivo desta fase é proteger quem mais depende da renda mensal e garantir que crimes silenciosos como esse não continuem se espalhando pelo país.
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Facebook
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela) Telegram
- Clique para enviar um link por e-mail para um amigo(abre em nova janela) E-mail
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela) WhatsApp
- Clique para imprimir(abre em nova janela) Imprimir
- Clique para compartilhar no X(abre em nova janela) 18+
