• Generais presos agradecem ao Exército por tratamento “digno” durante operação do STF

    Generais Augusto Heleno e Paulo Sergio Nogueira agradeceram ao Exército pelo tratamento recebido durante o cumprimento dos mandados de prisão do STF.
    Generais Augusto Heleno e Paulo Sergio Nogueira agradeceram ao Exército pelo tratamento recebido durante o cumprimento dos mandados de prisão do STF.

    Os generais da reserva Augusto Heleno e Paulo Sergio Nogueira manifestaram agradecimento ao Alto Comando do Exército pelo tratamento recebido durante o cumprimento dos mandados de prisão determinados pelo STF, na terça-feira (25).

    De acordo com relatos de militares que acompanharam a operação, ambos demonstraram satisfação por terem sido conduzidos de maneira discreta, sem exposição pública, e por terem sido instalados em espaços considerados “dignos” nas dependências do Comando Militar do Planalto, onde cumprem pena.

    A forma como a prisão seria realizada vinha sendo discutida nos bastidores havia meses. O comandante do Exército, general Tomás Paiva, havia solicitado diretamente aos ministros do STF que qualquer medida envolvendo militares de alta patente preservasse a trajetória dos oficiais e evitasse constrangimentos públicos. A avaliação interna, após a operação, foi de que o Supremo atendeu a esse pedido e realizou prisões consideradas “respeitosas”.

    A detenção dos generais ocorreu após a Primeira Turma do STF, por unanimidade, referendar as decisões do ministro Alexandre de Moraes que determinaram a execução das condenações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros cinco réus no caso da tentativa de golpe.

    A sessão virtual convocada por Moraes terminou com placar de 4 a 0 a favor da manutenção das prisções — com votos dos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e do próprio Moraes. O ministro Luiz Fux, que havia votado anteriormente pela absolvição de Bolsonaro, deixou a Primeira Turma no mês passado.

    Mais cedo, na manhã da terça-feira, Moraes reconheceu o trânsito em julgado da ação após o fim do prazo para recursos e rejeitou as últimas tentativas de contestação, autorizando imediatamente a execução das penas. Em 14 de novembro, a Primeira Turma já havia negado, também por unanimidade, o primeiro recurso apresentado pelos condenados.

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