
Nova regra da poupança promete ampliar crédito imobiliário e facilitar reformas de moradias populares no Brasil 🏠💰
O Governo Federal anunciou um novo modelo para a aplicação dos recursos da poupança e lançou uma linha de crédito para reforma de moradias populares, como parte das medidas do Programa Minha Casa, Minha Vida e do Novo PAC.
As mudanças, publicadas em edição extra do Diário Oficial da União nesta quinta-feira (9/10), têm como objetivo estimular o crédito imobiliário, modernizar o sistema financeiro e impulsionar a construção civil.
Novas regras da poupança
Até então, os bancos precisavam aplicar 65% dos depósitos da poupança em crédito imobiliário, enquanto 20% eram direcionados ao Banco Central e 15% tinham livre aplicação.
Esse modelo, porém, limitava a expansão do crédito em momentos de baixa nos saldos de poupança, como o verificado no cenário atual.
A nova regra permitirá que até 100% dos recursos da poupança sejam aplicados em crédito imobiliário, de forma gradual, garantindo que quanto mais depósitos houver, mais crédito será liberado para financiamentos de imóveis.
Outra mudança importante é o aumento do valor máximo dos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que passa de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.
“O Banco Central apresentou um modelo que canaliza o dinheiro mais barato da economia brasileira para a produção da construção civil”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacando que o projeto foi desenvolvido com sustentabilidade e segurança.
O novo modelo também permite às instituições financeiras aplicarem parte dos recursos captados em operações mais rentáveis, desde que cumpram as exigências de destinação ao crédito imobiliário — sendo 80% obrigatoriamente dentro das regras do SFH, com juros limitados a 12% ao ano.
Crédito para reformas de moradias populares
Além das mudanças na poupança, o governo lançou uma nova linha de crédito para reforma de moradias voltada a famílias de baixa renda.
Os financiamentos, com valores entre R$ 5 mil e R$ 30 mil, terão juros reduzidos e prazos de pagamento entre 24 e 60 meses.
O programa é dividido em duas faixas:
- Faixa Melhoria 1: renda de até R$ 3.200 — juros de 1,17% ao mês;
- Faixa Melhoria 2: renda entre R$ 3.200,01 e R$ 9.600 — juros de 1,95% ao mês.
A iniciativa visa garantir o direito à moradia adequada e combater a inadequação habitacional em áreas urbanas, permitindo melhorias de salubridade, segurança, acessibilidade, sustentabilidade e conforto.
“Estamos modernizando o sistema brasileiro de poupança e empréstimo. Isso vai representar mais casas e mais empregos para a população”, destacou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin.
Impacto econômico e social
As novas medidas devem fortalecer o crédito imobiliário, estimular a geração de empregos e movimentar a construção civil, setor estratégico para o crescimento econômico do país.
Ao mesmo tempo, a nova linha de crédito para reformas amplia o alcance social do programa habitacional, garantindo que milhares de famílias possam melhorar suas condições de moradia.
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