• Rodoviários da 1001 seguem sem pagamento no 12º dia de greve em São Luís

    Rodoviários da empresa 1001 seguem concentrados na porta da garagem, no 12º dia de greve, à espera dos salários atrasados em São Luís.
    Rodoviários da empresa 1001 seguem concentrados na porta da garagem, no 12º dia de greve, à espera dos salários atrasados em São Luís.

    SÃO LUÍS – A paralisação dos rodoviários da empresa 1001 chegou ao 12º dia nesta terça-feira (25), sem avanço na situação salarial da categoria. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito, os pagamentos atrasados continuam pendentes, o que mantém centenas de trabalhadores concentrados desde cedo na porta da garagem da empresa, na capital.

    A categoria afirma que não recebeu salários, tíquetes-alimentação e adiantamentos, mesmo após decisão judicial que obriga o Município a repassar o subsídio ao Sindicato das Empresas de Transporte (SET).

    Uma greve geral em todo o sistema pode ser deflagrada já nesta quarta-feira (26) caso o impasse não seja resolvido.

    Prefeitura diz que cumprirá decisão do TRT-MA

    Na segunda-feira (24), a Prefeitura de São Luís informou que atenderá a determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA), que mandou a gestão municipal pagar o subsídio diretamente ao SET — e não aos trabalhadores, como o Município havia pedido.

    A liminar, assinada pelo desembargador Luiz Cosmo da Silva Júnior, obriga o repasse integral dos valores previstos em acordo firmado em 2024.

    O magistrado também rejeitou qualquer possibilidade de depósito judicial ou pagamento direto aos rodoviários.

    Empresas têm 12 horas para quitar salários após receber o repasse

    A decisão judicial determina que o SET e suas consorciadas têm 12 horas, após o recebimento dos recursos municipais, para efetuar:

    • pagamento dos salários atrasados;
    • liberação dos tíquetes;
    • quitação dos adiantamentos pendentes.

    O pedido foi feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-MA).

    Caso o prazo não seja cumprido, o desembargador prevê medidas rigorosas, como:

    • multa pessoal a sócios e dirigentes das empresas;
    • desconsideração da personalidade jurídica, permitindo bloqueio de bens particulares para garantir o pagamento aos rodoviários.

    Apesar da determinação, nenhum valor chegou aos trabalhadores até a manhã desta terça, segundo o Sindicato.

    Sindicato é obrigado a manter 80% da frota, mesmo em greve

    A decisão judicial também impõe obrigações ao Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão (STTREMA).

    Caso a greve geral seja iniciada, a categoria deverá manter 80% da frota em circulação em todas as linhas e horários.

    O descumprimento pode gerar:

    • multa diária de R$ 100 mil ao sindicato;
    • risco de declaração de abusividade da greve.

    O setor de transporte público vive uma crise marcada por atrasos salariais, redução de frota e sucessivas paralisações desde o início do ano.

    Deixe uma resposta