SÃO LUÍS – João Gabriel Rodrigues Cardoso, de 23 anos, preso nessa terça-feira (25) pelo latrocínio que vitimou Jessé Ramos da Silva, de 72 anos, no Cohatrac V, já acumula diversas passagens pela polícia desde 2021. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-MA), o suspeito confessou o crime e foi capturado poucas horas depois da morte do idoso.
A ficha criminal de João Gabriel mostra uma trajetória marcada por prisões sucessivas ao longo dos últimos anos. A primeira detenção ocorreu em outubro de 2021, por porte ilegal de arma de fogo, no Plantão da Cidade Operária. No ano seguinte, ele foi novamente autuado por roubo em duas ocasiões, também na região da Cidade Operária, em março e novembro de 2022.
Em 2025, o histórico de crimes continuou a crescer. Em março, foi autuado por receptação no Plantão Central das Cajazeiras; um mês depois, voltou a ser preso pelo mesmo crime, desta vez em flagrante no 18º DP da Cidade Olímpica. Com esse acumulado, a prisão desta terça-feira marca sua sexta passagem pelo sistema penitenciário.
João Gabriel foi localizado na Vila Janaína, onde tentava se esconder após o latrocínio que chocou moradores do Cohatrac. A prisão foi realizada pela Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), com apoio do Centro de Inteligência da SSP. A motocicleta usada no crime também foi apreendida.
A morte de Jessé Ramos, figura conhecida e querida na comunidade, causou forte comoção no Cohatrac e no Jardim Araçagy. Moradores destacaram a generosidade e o espírito participativo do idoso, presencia frequente em eventos esportivos e corridas na região. “Que a justiça seja feita com todo rigor. Seu Jessé era um exemplo para todos nós”, lamentou um morador.
O crime ocorreu por volta das 5h15, quando Jessé levava a nora até uma parada de ônibus — uma rotina diária. Durante o trajeto, ele foi abordado por um assaltante em uma motocicleta. Imagens de câmera de segurança registraram toda a ação. O idoso reagiu ao assalto e tentou afastar o criminoso com um objeto que segurava. Após alguns segundos de luta, o suspeito engatilhou a arma e atirou. O disparo atingiu o pescoço de Jessé, que morreu minutos depois.
A Polícia Civil esteve no local logo após o crime, e o Instituto Médico Legal recolheu o corpo. O caso agora segue em investigação aprofundada, com expectativa de rápido encaminhamento judicial, diante da confissão do suspeito e do conjunto de provas apreendidas.
