
O Maranhão marca presença na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30), que tem início nesta segunda-feira (10) em Belém (PA). O evento reúne chefes de Estado, autoridades ambientais e organizações internacionais para debater estratégias globais de enfrentamento às mudanças climáticas.
Durante a conferência, o governador Carlos Brandão apresentará programas desenvolvidos pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), que buscam reduzir impactos ambientais, incentivar a bioeconomia e promover justiça climática e inclusão social.
Floresta Viva Maranhão: o maior viveiro público do Brasil

Um dos destaques da apresentação maranhense na COP-30 é o programa Floresta Viva Maranhão, lançado em 2024 no município de São Bento.
O projeto tem como foco recuperar áreas degradadas, gerar renda sustentável e envolver comunidades tradicionais na preservação ambiental.
Com capacidade para produzir até 1 milhão de mudas por ano, o viveiro de São Bento é considerado o maior viveiro público do Brasil, beneficiando diretamente 100 famílias locais.
“Essa iniciativa une reflorestamento, geração de renda e inclusão social, mostrando que é possível cuidar do meio ambiente e melhorar a vida das pessoas”, destacou o governador Carlos Brandão.
Segundo o secretário da Sema, Pedro Chagas, o projeto reforça o papel das comunidades quilombolas na conservação dos biomas maranhenses:
“O viveiro foi implantado em uma comunidade quilombola, o que traz um significado social e cultural ainda mais forte. A valorização dos saberes tradicionais é essencial para o desenvolvimento ambiental e econômico”, afirmou.
Resultados e expansão do programa
O programa já apresenta resultados expressivos: a primeira venda de 48 mil mudas gerou uma receita de R$ 200 mil.
Novos viveiros estão em construção em Anajatuba, com produção prevista de 130 mil mudas por ciclo, e em Rosário, onde o projeto se integra ao programa Terras para Elas, voltado à regularização fundiária e empoderamento de mulheres rurais.
Os próximos municípios a receber o programa serão Colinas, Pastos Bons e São Mateus, que também integrarão as ações a Parques Ambientais.
Agentes Ambientais Comunitários: saberes tradicionais e justiça climática
Outro destaque do Maranhão na COP-30 é o lançamento do programa Agentes Ambientais Comunitários: justiça climática e saberes tradicionais, que será apresentado nesta segunda (10), às 17h, na Green Zone da conferência.
A iniciativa prevê a concessão de 5 mil bolsas mensais de R$ 300 para membros de comunidades tradicionais e povos originários reconhecidos no estado.
O programa busca fortalecer práticas sustentáveis, reduzir desmatamento e queimadas, restaurar áreas degradadas e promover educação ambiental com base nos saberes locais.
O projeto conta com parcerias com universidades, ONGs e organismos internacionais, além do apoio de outras secretarias estaduais, como Igualdade Racial e Direitos Humanos e Participação Popular.
Programas premiados de regularização fundiária
Durante sua participação na COP-30, o governador Carlos Brandão também destacou iniciativas reconhecidas nacional e internacionalmente:
🏆 Programa Paz no Campo — voltado à regularização fundiária, recebeu o 1º lugar em premiação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) entre 143 projetos inscritos.
🌍 Programa Terras para Elas — premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o projeto é focado na regularização fundiária de mulheres rurais, garantindo autonomia produtiva e segurança territorial.
O programa foi lançado no quilombo Boa Vista, em Rosário, e deve ser expandido para outros municípios.
“Viemos apresentar projetos que estão transformando o Maranhão e colocando o estado entre os líderes nacionais em políticas socioambientais”, afirmou Brandão.
Investimentos internacionais e novos projetos
O Maranhão também busca captação de novos investimentos internacionais durante a COP-30 para ampliar ações de reflorestamento, bioeconomia e regularização fundiária.
O governador afirmou que o estado apresentará novas propostas para fortalecer a economia verde e garantir sustentabilidade a longo prazo.
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