
Maranhão tem o menor rendimento do país, segundo o Censo 2022 — desigualdade social ainda marca o estado 📉📊
O Maranhão apresentou, segundo o Censo 2022, os menores rendimentos do trabalho e da renda domiciliar per capita entre todas as 27 Unidades da Federação.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e reforçam o quadro de desigualdade social e econômica no estado.
O rendimento médio mensal do trabalho no Maranhão foi de R$ 1.855, valor 35% inferior à média nacional, que é de R$ 2.851.
Municípios com piores índices
O município de Cachoeira Grande teve o menor rendimento médio mensal do trabalho no estado, apenas R$ 759, evidenciando a fragilidade econômica da região.
Já os municípios de Belágua e Cachoeira Grande figuram entre os cinco piores do Brasil em renda domiciliar per capita — R$ 388 e R$ 389, respectivamente, enquanto a média nacional foi de R$ 1.638.
O rendimento domiciliar per capita médio do Maranhão foi de R$ 900, valor inferior ao salário mínimo vigente em 2022 (R$ 1.212).
Em Cachoeira Grande, 89,1% das pessoas ocupadas ganhavam até um salário mínimo; em Belágua, o percentual foi de 80,1%.
Desigualdade e vulnerabilidade social
O levantamento mostra que 26,3% da população maranhense vivia com rendimento domiciliar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo (R$ 303), índice duas vezes maior que a média nacional, de 13,3%.
O Censo também destacou desigualdades raciais e de gênero:
- Populações pretas, pardas e indígenas registraram rendimentos significativamente menores que brancos e amarelos;
- Os homens tiveram rendimento médio cerca de 10% maior que o das mulheres no estado;
- Apesar da diferença, o gap de gênero no Maranhão foi menor que a média nacional, de 24,3%.
Índice de desigualdade
O índice de Gini — que mede a concentração de renda — foi de 0,525 no Maranhão, ligeiramente abaixo da média nacional (0,542).
Quanto mais próximo de 0, menor a desigualdade. O estado mais desigual do país foi o Distrito Federal, com 0,584.
Desafios e políticas públicas
Os dados do Censo reforçam a necessidade de políticas públicas eficazes para reduzir as desigualdades sociais, raciais e de gênero no Maranhão.
A baixa renda, aliada à falta de oportunidades e à concentração de pobreza em municípios pequenos, demonstra a urgência de investimentos estruturais em educação, emprego e desenvolvimento regional.
O levantamento do IBGE oferece um retrato detalhado da realidade socioeconômica do estado, apontando os desafios urgentes para promover inclusão, renda e equidade social.
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