• Marina Ruy Barbosa fala sobre papel como Suzane von Richthofen em “Tremembé” e garante: “Nunca tive contato com ela”

    Marina Ruy Barbosa interpreta Suzane von Richthofen na série “Tremembé” e garante: “Nunca tive contato com ela. Não fazia parte do meu processo criativo.”
    Marina Ruy Barbosa interpreta Suzane von Richthofen na série “Tremembé” e garante: “Nunca tive contato com ela. Não fazia parte do meu processo criativo.”

    A atriz Marina Ruy Barbosa, de 30 anos, rompeu o silêncio sobre sua preparação para interpretar Suzane von Richthofen na série “Tremembé”, que retrata a vida de detentos em uma das prisões mais conhecidas do Brasil, apelidada de “presídio dos famosos”.

    Durante entrevista à repórter Monique Arruda, do portal LeoDias, em um evento de moda no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, Marina esclareceu rumores e compartilhou detalhes sobre a construção da personagem e o propósito da produção.

    “Nunca tive contato com ela — e nunca quis ter”, afirma Marina

    Contrariando especulações, Marina Ruy Barbosa afirmou de forma categórica que nunca manteve contato com Suzane von Richthofen durante a preparação para o papel.

    “Nunca tive nenhum contato com ela e essa vontade também nunca nem fez parte do meu processo criativo”, afirmou a atriz.

    Para Marina, a personagem é fruto de um trabalho de interpretação artística e pesquisa, não de uma imitação da vida real. Ela destacou que sua construção parte de um distanciamento ético e criativo, separando o drama da ficção da realidade dos crimes cometidos.

    “A vida real dela e o que fazemos na ficção são caminhos diferentes, embora se conectem no tema”, explicou.

    Série “Tremembé” quer provocar reflexão, não glamourizar crimes

    A atriz fez questão de reforçar que o objetivo de “Tremembé” não é romantizar nem defender criminosos, tampouco questionar decisões judiciais. Segundo ela, a proposta da obra é estimular o debate social sobre como o público lida com crimes de grande repercussão.

    “Esses crimes continuam acontecendo direto. Acho que, com o excesso de informação, o impacto diminuiu. As pessoas acabam se acostumando com o absurdo”, refletiu Marina.

    Ela acredita que a série trará debates importantes e necessários:

    “Quem assistir com atenção vai entender, refletir, conversar e repensar várias coisas”, afirmou.

    “Tremembé é uma prisão diferenciada”, diz a atriz

    Ao comentar sobre o cenário retratado na produção, Marina reconheceu que a Penitenciária II de Tremembé — localizada em São Paulo — não representa a realidade do sistema carcerário brasileiro.

    “Tremembé é uma prisão diferenciada. Quem está lá tem um certo tipo de privilégio”, observou a atriz, em referência à unidade que abriga presos de grande visibilidade.

    Ela reforçou que sua construção artística foi feita com base em materiais de pesquisa, como livros, reportagens e arquivos digitais:

    “Eu tinha conteúdo suficiente nas mãos para criar a personagem. Nem me bateu curiosidade de conhecê-la pessoalmente”, disse.

    Autonomia criativa e bastidores da produção

    Marina destacou o trabalho conjunto da equipe de roteiristas e direção para dar profundidade às personagens sem recorrer à dramatização excessiva ou ao sensacionalismo.

    “O mais legal é que eu tinha material suficiente — livros, reportagens e tudo disponível online — para criar com a minha tinta e a da produção essa nossa personagem de Tremembé”, concluiu.

    A declaração reforça o compromisso da atriz e da produção com uma abordagem ética, crítica e realista, sem se apoiar em contato direto com os personagens reais.

    Elenco e histórias que marcaram o Brasil

    A série “Tremembé” reunirá histórias de alguns dos crimes mais impactantes do país. Além de Suzane von Richthofen, interpretada por Marina Ruy Barbosa, a trama deve abordar os casos dos irmãos Cravinhos, cúmplices no assassinato dos pais de Suzane, e de Elize Matsunaga, Alexandre Nardoni, Anna Carolina Jatobá e Roger Abdelmassih.

    Atualmente, a penitenciária também abriga figuras conhecidas como o ex-jogador Robinho e Lindemberg Alves, responsável pelo caso Eloá Pimentel.

    Com uma abordagem centrada nas histórias humanas por trás dos crimes, “Tremembé” promete explorar a complexidade psicológica dos personagens e as contradições da opinião pública diante de casos que abalaram o país.

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