
O fim da tarde de sábado (22) foi marcado por uma tragédia que abalou moradores do bairro Base, em Humberto de Campos, a 153 km de São Luís. Um menino de apenas 11 anos atirou contra três outras crianças usando uma arma de fabricação caseira pertencente ao avô. O episódio, que começou com um desentendimento infantil, terminou com feridos, correria e uma comunidade inteira em choque.
Segundo informações da Polícia Militar e da direção do Hospital Municipal Elda Ribeiro Fonseca, o caso aconteceu após uma discussão durante uma brincadeira de rua. O menino de 11 anos teria se irritado com um garoto de 10 anos, voltou para casa, pegou a cartucheira artesanal e retornou ao local, disparando contra as crianças que estavam próximas.
O menino de 10 anos, identificado pelas iniciais V.G.M.S., foi atingido frontalmente no rosto. O disparo, feito a curta distância, causou ferimentos graves. Ele recebeu os primeiros atendimentos no hospital municipal e, logo depois, foi transferido às pressas para o Hospital Regional de Barreirinhas. De acordo com a Prefeitura de Humberto de Campos, o estado de saúde é crítico, e ele deverá passar por procedimentos cirúrgicos nos próximos dias.
A irmã da vítima, uma menina de 6 anos, também foi atingida — a bala acertou a parte superior do crânio. Levado imediatamente ao hospital, o caso dela inspirou cuidados, mas evoluiu bem, e ela recebeu alta ainda na noite de sábado.
Um terceiro ferido, José Lucas, de 14 anos, sofreu apenas um ferimento superficial e também foi liberado após avaliação médica.
Prefeitura se manifesta
Em nota, a Prefeitura de Humberto de Campos afirmou que todas as crianças foram atendidas sem demora e que o município segue monitorando o quadro de saúde de cada uma.
“A Prefeitura reforça seu compromisso com a assistência integral às vítimas, garantindo todo o suporte necessário no âmbito da saúde”, diz o comunicado.
Investigação vai apurar acesso à arma e motivação
A Polícia Civil deve ouvir familiares, testemunhas e vizinhos para esclarecer o que levou o menino a buscar a arma e se houve intenção clara de ferir os colegas. A principal dúvida é como uma criança teve acesso tão facilmente à cartucheira artesanal.
O avô do garoto foi autuado pela Polícia Militar pelo porte da arma de fabricação caseira. Caso segue em investigação, e novas medidas podem ser tomadas ao longo da semana.
O episódio reacendeu debates sobre segurança doméstica, armazenamento de armas improvisadas no interior e a escalada de violência envolvendo menores de idade.
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