Quais os Nomes e Sobrenomes Mais Comuns no Brasil? IBGE Divulga Dados do Censo 2022

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar uma atualização fascinante do projeto Nomes no Brasil, baseada nos dados do Censo 2022. Pela primeira vez, o levantamento não apenas consolida os nomes próprios mais frequentes, mas também mergulha no universo dos sobrenomes, revelando as identidades que mais se repetem em nosso vasto território. A pesquisa confirma o que muitos já suspeitavam: Maria e José continuam sendo os nomes mais comuns entre os mais de 140 mil registros no país, um reflexo de fortes tradições religiosas e culturais que atravessam gerações. No universo dos sobrenomes, Silva se destaca como o mais prevalente, presente em quase 17% da população brasileira, seguido de perto por outros nomes que se tornaram sinônimos de brasilidade, como Santos, Oliveira e Souza.

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O Censo 2022 identificou uma diversidade impressionante, com mais de 200 mil sobrenomes diferentes registrados. Essa riqueza onomástica, o estudo científico dos nomes, oferece uma janela para a formação da sociedade brasileira, suas migrações, influências e a maneira como as famílias se estabeleceram ao longo dos séculos. A análise detalhada permite não apenas conhecer os nomes mais populares, mas também entender a distribuição geográfica e as tendências geracionais.

Desvendando Padrões Regionais e a Evolução dos Nomes ao Longo do Tempo

A pesquisa do IBGE não se limita a um panorama nacional, mas aprofunda-se nas particularidades regionais, mostrando como as preferências de nomes e sobrenomes variam significativamente de um canto a outro do Brasil. Em cidades do Ceará, como Morrinhos e Bela Cruz, o nome Maria é excepcionalmente popular, sendo a escolha para cerca de 22% dos moradores. Em Santana do Acaraú, também no Ceará, Ana aparece em uma a cada dez pessoas registradas. No Piauí, o nome Antonio demonstra sua força em Buriti dos Montes, representando 10% da população local.

Quando o foco se volta para os sobrenomes, as nuances regionais se tornam ainda mais evidentes. Em Sergipe, por exemplo, Santos figura em impressionantes 43% dos registros. Já em Alagoas e Pernambuco, Silva é o sobrenome dominante, aparecendo em mais de um terço dos nomes, com 35,75% e 34,23%, respectivamente. Esses dados reforçam a importância histórica de certos sobrenomes na formação das comunidades locais e na identidade cultural de cada estado.

A análise geracional é outro ponto alto do levantamento. O site do projeto Nomes no Brasil, totalmente reformulado, permite cruzar informações por gênero, período de nascimento e localidade. Isso revela uma clara transformação nas preferências ao longo das décadas. Nomes que eram comuns em gerações passadas, como Osvaldo e Terezinha, hoje associados a idades medianas de 62 e 66 anos, respectivamente, estão dando lugar a escolhas mais contemporâneas. Nomes como Gael e Helena, com médias de idade de apenas 1 e 8 anos, respectivamente, sinalizam as novas tendências e os nomes que estão em ascensão entre as crianças nascidas nas últimas décadas.

Onomástica e o Mapa Global de Nomes: Uma Janela para a Diversidade Humana

O site do IBGE expande a experiência ao oferecer a seção de Onomástica, dedicada ao estudo científico dos nomes. Ali, o público pode explorar curiosidades, entender a origem e o significado de nomes e sobrenomes, e como eles refletem a identidade cultural e as dinâmicas sociais do Brasil. Essa abordagem didática permite uma compreensão mais profunda sobre o que nossos nomes dizem sobre nós e sobre a sociedade em que vivemos.

Uma novidade que conecta o Brasil ao resto do mundo é o mapa-múndi Nomes no Mundo. Esta ferramenta interativa exibe os nomes e sobrenomes mais populares em diferentes países, permitindo comparações fascinantes com os registros brasileiros. É possível descobrir, por exemplo, que o sobrenome chinês Wang, embora menos comum em nosso país, pertence a 1.513 pessoas no Brasil. Da mesma forma, os nomes bolivianos mais populares, Juan e Juana, somam 67.908 e 3.113 registros nacionais, respectivamente, evidenciando as influências migratórias e culturais em nossa população.

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É importante notar que, para garantir o sigilo estatístico, nomes com menos de 20 registros não aparecem nas buscas. Da mesma forma, dados geográficos são exibidos apenas quando há incidência suficiente para evitar a identificação individual. Essa preocupação com a privacidade garante a segurança dos dados dos cidadãos enquanto permite um amplo acesso a informações relevantes sobre a onomástica brasileira.

Os Sobrenomes que Definem o Brasil: Uma Olhada no Top 30

A lista dos sobrenomes mais comuns no Brasil, conforme revelado pelo Censo 2022, oferece um retrato claro das raízes da nossa população. O pódio é ocupado por:

  • Silva: 34.030.104 pessoas
  • Santos: 21.367.475 pessoas
  • Oliveira: 11.708.947 pessoas

Seguem na lista outros sobrenomes de grande representatividade, como Souza (9.197.158), Pereira (6.888.212), Ferreira (6.226.228), Lima (6.094.630), Alves (5.756.825), Rodrigues (5.428.540) e Costa (4.861.083). A lista continua com Sousa, Gomes, Nascimento, Araujo, Ribeiro, Almeida, Jesus, Barbosa, Soares, Carvalho, Martins, Lopes, Vieira, Rocha, Dias, Goncalves, Fernandes, Santana e Andrade, demonstrando a concentração de determinados sobrenomes em grandes parcelas da população brasileira. Os dados completos estão disponíveis no site oficial do IBGE, convidando a todos a explorarem a rica tapeçaria de nomes e sobrenomes que compõem a identidade do Brasil.