A Polícia Federal realizou uma operação de grande porte na tarde desta sexta-feira (7), culminando na prisão de um indivíduo apontado como um dos principais articuladores do audacioso roubo à agência da Caixa Econômica Federal em Vitorino Freire, no interior do Maranhão. O crime, ocorrido em março de 2025, chocou a população local pela violência e ousadia, caracterizando-se pela modalidade conhecida como “novo cangaço”.
O suspeito detido em São Luís é considerado peça fundamental na organização do assalto. Segundo as investigações, o grupo criminoso, munido de armamento pesado, não hesitou em explodir o cofre da agência bancária, subtraindo aproximadamente R$ 1,6 milhão. A audácia dos criminosos foi além, utilizando reféns como escudo humano durante a fuga, colocando em risco a vida de inúmeros moradores e funcionários que se encontravam nas imediações no momento da ação.
O Confronto e o Legado do ‘Novo Cangaço’
A prisão do suspeito representa um passo significativo para a desarticulação completa da quadrilha. Após o cumprimento do mandado de prisão, o indivíduo foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. Ele poderá responder por crimes graves, incluindo roubo qualificado, organização criminosa e a própria modalidade de ‘novo cangaço’, que se tornou um sinônimo de ações violentas e coordenadas contra instituições financeiras, especialmente em cidades de menor porte.
O modus operandi do “novo cangaço” é marcado pelo uso de explosivos, armamento de grosso calibre e a tomada de reféns, com o objetivo primário de gerar pânico e dificultar a resposta das forças de segurança. A ação em Vitorino Freire exemplificou perfeitamente essas características, com a explosão dos caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal ocorrendo na madrugada do dia 22 de março.
Detalhamento do Assalto em Vitorino Freire
Moradores da cidade de Vitorino Freire registraram em vídeo a fuga do bando em uma caminhonete, além de testemunhar a presença de inúmeras cápsulas de bala espalhadas pelo local, evidenciando a intensidade do confronto e a quantidade de armamento utilizado. Durante a fuga, o grupo criminoso abandonou dois reféns em uma estrada da região. Embora não haja informações confirmadas sobre feridos, o valor exato subtraído após a explosão dos caixas eletrônicos ainda não foi totalmente divulgado. Os criminosos empreenderam fuga em direção à cidade de Olho D’Água das Cunhas.
Estima-se que aproximadamente 10 criminosos tenham participado diretamente da ação, demonstrando a complexidade e o planejamento envolvido no roubo. A Polícia Federal tem trabalhado incansavelmente para identificar e capturar todos os envolvidos, buscando trazer justiça às vítimas e à comunidade de Vitorino Freire.
Confronto Fatal no Ceará e Desdobramentos da Investigação
Em desdobramentos da mesma investigação, no dia 22 de março, dois indivíduos suspeitos de integrarem o grupo criminoso responsável pela explosão dos caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal em Vitorino Freire foram mortos em confronto com policiais no estado do Ceará. A dupla foi identificada como Francisco Ulysses Martins de Siqueira e Cavalcante e Francisco Wilmario da Silva Queiroz.
De acordo com informações policiais, os dois já estavam sob monitoramento. Ao serem abordados na cidade de Parambu, no Ceará, eles reagiram de forma agressiva, disparando contra a guarnição policial. Durante a intensa troca de tiros, ambos acabaram falecendo. A morte desses suspeitos, embora trágica, reforça o compromisso das forças de segurança em combater o crime organizado e garantir a paz e a segurança da população, mesmo que o caminho envolva confrontos perigosos. A Polícia Federal continua a apuração para elucidar todos os detalhes do roubo e identificar possíveis conexões com outros crimes na região e em outros estados.
