• Operação Alias: Polícia desarticula esquema de fraude e lavagem de dinheiro no Maranhão

    Polícia Civil do Maranhão durante a deflagração da Operação Alias, que visa desarticular uma organização criminosa especializada em fraude financeira e lavagem de dinheiro, com um prejuízo estimado em R$ 88 milhões. A operação também envolveu mandados de busca e apreensão em diversos estados.
    Polícia Civil do Maranhão durante a deflagração da Operação Alias, que visa desarticular uma organização criminosa especializada em fraude financeira e lavagem de dinheiro, com um prejuízo estimado em R$ 88 milhões. A operação também envolveu mandados de busca e apreensão em diversos estados.

    A Polícia Civil do Maranhão, em apoio à Polícia Civil de Santa Catarina, deflagrou, nesta quarta-feira (10), a Operação Alias, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes financeiras e lavagem de dinheiro. Além do Maranhão, a operação foi realizada também nos Estados de São Paulo, Pará e no Distrito Federal, com o cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais.

    Investigação Revela Esquema de Fraude e Antecipação de Recebíveis

    A operação foi coordenada pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil de Santa Catarina, que apurou uma sofisticada fraude de antecipação de recebíveis. O golpe resultou em um prejuízo de mais de R$ 88 milhões. O esquema envolveu o uso de cadastros fraudulentos de fornecedores de uma grande multinacional brasileira, utilizando uma plataforma de intermediação de antecipação de recebíveis para obter milhões de reais junto a bancos parceiros, personificando os fornecedores legítimos.

    A investigação revelou que a organização criminosa não se limitava à fraude inicial, mas também operava um complexo esquema de lavagem de dinheiro. Foram identificados padrões típicos de ocultação de valores, como o uso de “laranjas”, ou seja, pessoas físicas interpostas, além de empresas com aparência regular, mas sem a correspondência operacional ou física necessária para justificar os altos volumes financeiros movimentados.

    Esquema de Lavagem de Dinheiro e Depósitos em Espécie

    Além das fraudes financeiras, as diligências mostraram que os criminosos faziam depósitos vultosos em espécie. Um dos investigados chegou a depositar mais de R$ 1,5 milhão em um único dia, em várias transações em contas de suas empresas. Esse tipo de movimentação é um claro indicativo de tentativa de ocultação e lavagem de valores ilícitos.

    Investigados e Medidas Cautelares

    Entre os investigados, a Polícia Civil identificou indivíduos com conhecimento avançado em sistemas e cibersegurança, além de um estelionatário do Distrito Federal já conhecido por seu envolvimento em grandes fraudes anteriores, como o esquema da “Máfia dos Concursos”. A Justiça, como medida cautelar, determinou o bloqueio de contas bancárias dos suspeitos e das empresas envolvidas, no total de R$ 88 milhões, além do sequestro de imóveis e apreensão de veículos de luxo.

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