• Pastor é preso por usar inteligência artificial para criar orações e aplicar golpes de R$ 3 milhões em fiéis

    Pastor é preso por usar inteligência artificial para criar orações falsas e aplicar golpe milionário em fiéis 🙏💰
    Pastor é preso por usar inteligência artificial para criar orações falsas e aplicar golpe milionário em fiéis 🙏💰

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) prendeu um pastor acusado de usar inteligência artificial (IA) para criar orações personalizadas e enganar fiéis, em um esquema que movimentava cerca de R$ 3 milhões por ano.

    A operação, conduzida por agentes da 57ª Delegacia de Polícia (Nilópolis), resultou na prisão de 35 pessoas, incluindo o líder religioso. Segundo as investigações, o grupo explorava a fé e a vulnerabilidade das vítimas com a promessa de “orações milagrosas” mediante pagamento.

    Esquema funcionava como empresa

    O grupo mantinha um falso call center, que operava com estrutura profissional e metas de arrecadação diárias. Os atendentes seguiam roteiros predefinidos para convencer as vítimas a pagar por orações personalizadas, com valores médios de R$ 50, pagos por Pix ou boleto bancário.

    O dinheiro era destinado à esposa do pastor, apontada como responsável pelas contas usadas para receber as transferências.

    O uso de inteligência artificial

    De acordo com a Polícia Civil, o que mais chamou a atenção foi o uso de IA para criar os textos das orações. As preces eram geradas digitalmente e adaptadas conforme os pedidos e “necessidades espirituais” relatadas pelos fiéis.

    Os agentes afirmam que o pastor usava ferramentas de geração automática de texto para dar aparência de autenticidade e emoção às orações, o que aumentava a confiança das vítimas.

    “Era um negócio disfarçado de obra religiosa. Havia metas, supervisores, planilhas de controle e distribuição de lucros”, relatou um investigador envolvido no caso.

    Estrutura organizada e hierárquica

    Durante as buscas, a polícia apreendeu computadores, roteiros de atendimento, documentos e celulares utilizados no esquema.
    As investigações apontam que o grupo possuía uma estrutura hierárquica, com divisão de funções, líderes de equipe e controle rigoroso das metas financeiras.

    A Polícia Civil informou que o grupo vinha atuando havia pelo menos dois anos, e que parte dos lucros era lavada por meio de empresas de fachada.

    Investigações continuam

    A PCERJ segue investigando outros possíveis administradores e beneficiários do golpe. Os investigados podem responder por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

    O caso expõe uma nova face do uso criminoso da inteligência artificial, que vem sendo incorporada em golpes de manipulação emocional e religiosa.

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