
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registra 47% de aprovação e 50% de desaprovação, segundo nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (13).
O levantamento é o primeiro após a operação policial no Rio de Janeiro, que terminou com 121 mortos e gerou atrito entre o Planalto e o governo fluminense.
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A Quaest aponta que a melhora na avaliação do governo, observada desde julho, foi freada pela operação, que elevou a violência ao principal problema do país, saltando de 30% para 38% das preocupações dos brasileiros.
Violência supera economia como principal preocupação
A pesquisa indica que a segurança pública ultrapassou a economia como maior temor nacional.
Enquanto 38% dos entrevistados citaram a violência como principal problema, apenas 15% apontaram a economia.
Na avaliação da área, 36% consideram a atuação do governo regular, 34% negativa e 26% positiva.
A operação no Rio, por outro lado, tem alta aprovação popular (67%), e a maioria (67%) acredita que não houve exagero no uso da força policial.
Aprovação cai entre independentes e católicos
A maior queda na avaliação do governo ocorreu entre os eleitores independentes, com aprovação de 43% (eram 46%) e desaprovação subindo de 48% para 52%.
Entre os católicos, a aprovação recuou de 54% para 50%, e a desaprovação subiu para 47%.
Já entre os evangélicos, houve movimento inverso: a desaprovação caiu de 63% para 58%, e a aprovação cresceu de 34% para 38%.
Declarações de Lula sobre tráfico e operação repercutem negativamente
Segundo o levantamento, 81% dos brasileiros discordam da fala de Lula de que traficantes “são vítimas dos usuários”.
Até entre os eleitores lulistas, 66% discordam do presidente.
A declaração de Lula classificando a operação no Rio como “desastrosa” também teve rejeição da maioria (57%), contra 38% que concordam.
Maioria apoia medidas mais duras contra o crime
A Genial/Quaest mostra amplo apoio a ações rigorosas contra o crime organizado:
- 88% são a favor do aumento de pena para homicídios cometidos por facções;
- 73% querem que organizações criminosas sejam tratadas como terroristas;
- 65% defendem o fim das visitas íntimas a líderes de facções.
Já 52% dos entrevistados aprovam a transferência da segurança pública ao governo federal, enquanto 70% rejeitam a facilitação do acesso a armas de fogo.
Percepção sobre economia e direção do país
Na área econômica, a avaliação segue estável: 58% dizem que o preço dos alimentos subiu e 50% consideram difícil conseguir emprego.
Apesar disso, a expectativa majoritária é de melhora nos próximos 12 meses.
Contudo, 58% acreditam que o Brasil está indo na direção errada — índice que era de 50% em janeiro.
Fonte: Genial/Quaest – Pesquisa Nacional Novembro 2025
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