Durante sessão na Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado Wellington do Curso afirmou que a Polícia Federal teria apresentado provas do desvio de R$ 49 milhões na compra de respiradores feita pelo Consórcio Nordeste durante a pandemia da Covid-19. Segundo o parlamentar, os equipamentos nunca chegaram aos estados e o dinheiro não foi devolvido.
A denúncia, feita no plenário, repercutiu na edição da resenha política do programa Tá na Hora Maranhão, da TV Difusora/SBT. Os jornalistas John Cutrim e Ricardo Marques analisaram os impactos políticos e jurídicos do caso, além dos desdobramentos envolvendo o nome do ministro do STF, Flávio Dino, que na época era governador do Maranhão e integrava o consórcio.
“Fiz a denúncia e não fui leviano. Não foi fake news. Os respiradores comprados pelo Consórcio Nordeste não foram entregues e o dinheiro não foi devolvido. E o pior: estou sendo processado”, disse Wellington do Curso.
John Cutrim destacou que, embora não haja comprovação de envolvimento direto de Flávio Dino no suposto desvio, o fato de ele atuar hoje como relator no STF em temas ligados ao consórcio levanta questionamentos sobre a conveniência dessa posição.
“Mesmo sem participação direta comprovada, não seria de bom tom ele relatar um caso em que foi parte, enquanto governador. É uma questão de responsabilidade institucional”, comentou Cutrim.
Sucessão de Brandão e movimentações políticas
O corte da resenha ainda abordou o cenário sucessório no governo estadual. O nome do secretário de Estado Orleans Brandão foi apontado como provável candidato apoiado por Carlos Brandão para a disputa de 2026.
Durante entrevista, Orleans foi questionado sobre o fato de aparecer com apenas 6% nas pesquisas. Ele desconversou e preferiu destacar a alta aprovação do governo Carlos Brandão, que hoje, segundo ele, supera 60%. A fala foi vista como estratégica pelos analistas políticos do programa.
“Se o governo estiver bem avaliado, a transferência de votos é natural. É o que Orleans quis sinalizar”, avaliou Ricardo Marques.
Além disso, os bastidores indicam a entrada de novos aliados no grupo governista, como os deputados Aloísio Mendes e Júnior Lourenço, reforçando o arco de apoio à pré-candidatura de Orleans.
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