• Prefeito de Centro Novo do Maranhão é preso com minério ilegal em MT

    “Materiais apreendidos durante operação da PM-MT envolvendo o prefeito de Centro Novo do Maranhão, suspeito de transportar minério extraído ilegalmente.”
    “Materiais apreendidos durante operação da PM-MT envolvendo o prefeito de Centro Novo do Maranhão, suspeito de transportar minério extraído ilegalmente.”

    O prefeito de Centro Novo do Maranhão, Júnior Garimpeiro (PSDB), voltou ao centro das denúncias ambientais e criminais após ser preso nesta quarta-feira (12) em Confresa, no Mato Grosso. Ele foi flagrado pela Polícia Militar transportando material que seria resultado de garimpo ilegal, incluindo fragmentos com aparência de ouro.

    A abordagem ocorreu na rodovia MT-430. Segundo os policiais, o veículo do prefeito carregava diversos sacos com material terroso semelhante a minério precioso. Um detector de metais confirmou a suspeita inicial: havia substâncias metálicas de valor entre os resíduos apreendidos.

    PM encontra ouro, equipamentos e documentos ligados ao garimpo

    Durante a vistoria, os agentes apreenderam sacos com material terroso contendo vestígios metálicos, fragmentos que aparentam ser ouro, GPS de alta precisão, rádios comunicadores, celulares, notas fiscais e anotações de atividade garimpeira, documentos escritos em idioma indígena — o que pode indicar atuação em terra indígena. Os equipamentos serão enviados para análise técnica que deve comprovar a origem e a composição do material.

    Histórico: prefeito já havia sido preso por garimpo ilegal

    Esta não é a primeira vez que o gestor se envolve em crimes ambientais.
    Em 2021, Júnior Garimpeiro foi preso pela Polícia Federal, apontado como responsável por mais de 60 mil hectares de desmatamento para exploração clandestina de ouro em Centro Novo.

    Segundo a PF, a área devastada utilizava substâncias tóxicas e afetava comunidades inteiras da região.

    Agora, poucos anos depois, o caso se repete — aumentando a pressão política e jurídica sobre o prefeito, que segue em flagrante.

    Investigação deve avançar sobre possível atuação em área indígena

    A presença de documentos em idioma indígena levantou alerta entre investigadores. Caso seja comprovada a atividade garimpeira dentro de território protegido, o prefeito poderá responder por crimes federais ainda mais graves.

    Júnior Garimpeiro permanece detido em Confresa (MT), à disposição da Justiça. As investigações seguem em andamento e podem envolver novas prisões.

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