• Justiça decreta prisão de homem flagrado agredindo a ex-esposa em Imperatriz

    Momento em que Hayldon Maia de Brito, após agredir a esposa na frente do filho, é preso em flagrante e levado para a Delegacia de Polícia Civil de Imperatriz.
    Momento em que Hayldon Maia de Brito, após agredir a esposa na frente do filho, é preso em flagrante e levado para a Delegacia de Polícia Civil de Imperatriz.

    A Justiça do Maranhão decretou, nesta terça-feira (25), a prisão preventiva de Hayldon Maia de Brito, acusado de agredir violentamente a ex-esposa em Imperatriz. O crime, ocorrido entre a noite de sábado (22) e a madrugada de domingo (23), ganhou forte repercussão depois que o próprio filho do casal registrou parte das agressões em vídeo e acionou a polícia.

    A decisão de prender preventivamente o acusado atende a uma representação formal da Delegacia da Mulher de Imperatriz e à manifestação do Ministério Público do Maranhão (MP-MA), que reforçou a necessidade de custódia diante da gravidade do caso e dos antecedentes criminais do investigado.

    Vídeo gravado pelo filho levou à denúncia imediata

    Segundo a Polícia Militar, Hayldon Maia chegou embriagado à residência da vítima, obrigou-a a ingerir bebida alcoólica e passou a agredi-la com tapas no rosto enquanto a mantinha imobilizada. O filho do casal, desesperado com a cena, gravou parte da violência e chamou a polícia, que prendeu o agressor em flagrante.

    Nas imagens, o suspeito aparece dizendo que a ex-esposa estaria “atrapalhando sua vida”, comentário que, segundo os investigadores, está ligado ao processo de separação recente do casal.

    A vítima sofreu ferimentos e precisou de atendimento médico no hospital municipal.

    Audiência de custódia libertou o agressor, mas nova decisão o devolve à prisão

    Apesar da prisão em flagrante, Hayldon foi solto no domingo (23) após decisão do juiz plantonista da Comarca de Imperatriz, Frederico Feitosa de Oliveira, que entendeu não haver elementos suficientes para manter a prisão preventiva naquele momento. O magistrado aplicou medidas cautelares diversas, seguindo o pedido do Ministério Público — que, durante a audiência de custódia, não havia solicitado a conversão para prisão preventiva.

    O caso provocou forte indignação nas redes sociais e reacendeu debates sobre decisões judiciais em crimes de violência doméstica.

    Com a nova decisão desta terça-feira (25), Hayldon volta a ser mantido sob custódia enquanto o processo segue avançando.

    Agressor tem histórico criminal de homicídio

    O caso se torna ainda mais grave pelo histórico de violência do suspeito. Em 2012, Hayldon Maia foi condenado pelo homicídio do técnico em refrigeração Lúcio Silva de Carvalho, cumprindo pena em regime semiaberto. Agora, ele volta a figurar como réu em um crime violento — desta vez, no contexto da Lei Maria da Penha.

    AMMA sai em defesa do juiz e explica decisão inicial

    Após repercussão do caso, a Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA) divulgou nota defendendo o juiz Frederico Feitosa de Oliveira. A entidade esclareceu que o Ministério Público não pediu a prisão preventiva na audiência de custódia e que, por força da Súmula 676 do STJ, o juiz não poderia decretá-la de ofício.

    A associação reforçou ainda que o magistrado agiu estritamente dentro dos limites da legislação e do sistema acusatório.

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