
TURILÂNDIA (MA) – Após audiência de custódia realizada na quinta-feira (25), a Justiça do Maranhão decidiu converter a prisão dos cinco vereadores de Turilândia para o regime domiciliar, no âmbito da investigação sobre o desvio de mais de R$ 56 milhões em recursos públicos. A medida foi tomada depois que os parlamentares se entregaram à polícia na Unidade Prisional de Pinheiro, no Maranhão.
Os vereadores Gilmar Carlos (União Brasil), Savio Araújo (PRD), Mizael Soares (União), Inailce Nogueira (União) e Ribinha Sampaio (União) agora cumprem a prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica, enquanto as investigações seguem em andamento.
Decisão da Justiça e Motivo da Prisão Domiciliar
A conversão para prisão domiciliar foi fundamentada pela necessidade de garantir o funcionamento do Poder Legislativo municipal de Turilândia, já que o prefeito Paulo Curió (União Brasil) permanece preso. O prefeito, a vice-prefeita Tânia Mendes, e a primeira-dama do município foram encaminhados ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
Com a prisão dos gestores municipais, a expectativa é que o presidente da Câmara Municipal de Turilândia assuma interinamente a Prefeitura nos próximos dias. Paulo Curió, que se apresentou às autoridades na manhã de quarta-feira (24), estava foragido há dois dias, o que também ocorreu com os vereadores, que se entregaram posteriormente.
A Operação Tântalo e o Desvio de R$ 56 Milhões
A Operação Tântalo II foi deflagrada em 22 de dezembro, dando continuidade à Operação Tântalo, realizada em fevereiro deste ano. O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) está à frente das investigações, que envolvem empresários, servidores públicos e outros membros da administração municipal, além dos vereadores.
De acordo com o Ministério Público do Maranhão (MP-MA), o esquema de corrupção envolvia empresas de fachada que simulavam a prestação de serviços, desviando recursos das áreas de Saúde e Assistência Social de Turilândia. O valor total desviado chegou a R$ 56 milhões, e o esquema funcionava de maneira hierarquizada, com divisão de tarefas entre agentes políticos, operadores financeiros e empresários.
Prisão dos Vereadores e Detalhes da Operação
Os 21 mandados de prisão expedidos na investigação foram cumpridos com a entrega dos cinco vereadores. A decisão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão indicou que uma organização criminosa estruturada havia se instalado tanto na Prefeitura quanto na Câmara Municipal de Turilândia.
A operação é um marco na luta contra a corrupção no Maranhão, e o MP-MA continua apurando os detalhes do desvio, que afetou gravemente o município e seus recursos destinados à população. O uso de tornozeleira eletrônica pelos vereadores será monitorado enquanto as investigações seguem.
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