• PT prioriza Lula e novos senadores no Nordeste em estratégia para 2026

     

    Presidente Lula e o deputado José Guimarães (PT-CE) durante reunião do Grupo de Trabalho Eleitoral do partido, que vai coordenar a estratégia nacional para as eleições de 2026.
    Presidente Lula e o deputado José Guimarães (PT-CE) durante reunião do Grupo de Trabalho Eleitoral do partido, que vai coordenar a estratégia nacional para as eleições de 2026.

    O Partido dos Trabalhadores (PT) traçou uma estratégia nacional para as eleições de 2026 com foco na reeleição do presidente Lula, na ampliação da bancada no Congresso e na conquista de novos senadores no Nordeste, região considerada decisiva para a vitória do partido.

    A nova diretriz foi definida pelo Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), instalado na última semana e coordenado pelo deputado José Guimarães (PT-CE). O grupo tem a missão de alinhar candidaturas estaduais à campanha de Lula e fortalecer alianças com partidos da base, especialmente o PSB, PCdoB e PSD.

    Prioridade total: reeleger Lula e conter disputas internas

    Segundo o presidente nacional do PT, Edinho Silva, o partido vai agir com cautela para evitar conflitos entre diretórios regionais e garantir que as candidaturas locais reforcem o projeto nacional:

    “A prioridade é a reeleição do presidente Lula. Precisamos construir candidaturas fortes no campo democrático contra a direita radical que se inspira no fascismo”, afirmou.

    As decisões sobre candidaturas a governos estaduais e ao Senado foram adiadas para 2025, justamente para preservar a unidade interna e dar tempo às articulações com aliados.

    Nordeste no centro da estratégia

    Para o coordenador do GTE, José Guimarães, o Nordeste será o epicentro da estratégia petista em 2026. A meta é eleger ao menos um senador do PT e outro de partido aliado em cada um dos nove estados da região.

    Além disso, o partido quer garantir presença nacional com ao menos um deputado federal eleito por estado.

    Entre os nomes de maior peso no Nordeste estão os governadores Jerônimo Rodrigues (BA), Elmano de Freitas (CE) e Rafael Fonteles (PI), todos candidatos à reeleição. Também está no radar Cadu Xavier (RN), secretário estadual escolhido como sucessor da governadora Fátima Bezerra, cotada para disputar o Senado.

    Disputas e renovações no Senado

    Entre os seis senadores petistas com mandatos encerrando em 2027, cinco já indicaram intenção de disputar a reeleição. O veterano Paulo Paim (RS) chegou a dizer que não voltaria a concorrer, mas recuou após apelos da base.

    A candidatura de Fátima Bezerra ao Senado é tratada como certa. Já nos demais estados, as definições dependem da correlação de forças locais e do impacto no cenário nacional — especialmente nas regiões Sul e Centro-Oeste, onde o PT busca reconstruir alianças.

    Lula orienta união com o PSB

    O presidente Lula também tem atuado pessoalmente nas articulações. Em reunião com líderes do PT e PSB, pediu chapas conjuntas para o Senado e a Câmara, reforçando o pacto entre os partidos da base governista.

    Com o foco na estabilidade política e no fortalecimento das bancadas, o PT quer chegar a 2026 com uma estrutura unificada, palanques fortes e o discurso de continuidade do projeto iniciado em 2023.

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