Tag: lucas porto

Justiça mantém prisão preventiva em julgamento de apelação de Lucas Porto

Foto colorida de magistrados de toga preta sentados na sessão

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) manteve a prisão preventiva de Lucas Leite Ribeiro Porto, condenado pela morte da publicitária Mariana Costa, em 13 de novembro de 2016, para o acautelamento da ordem pública, em sessão nesta quinta-feira (5/10). Por unanimidade, no julgamento de apelação criminal do réu, o órgão rejeitou as preliminares de nulidade apresentadas pela defesa e, no mérito, em parcial acordo com o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, reduziu a pena de condenação do júri popular, de 39 anos para 34 anos e 8 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado.

A sentença fixada após julgamento pela 4ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís, entre junho e julho de 2021, havia condenado o réu a 30 anos por homicídio com quatro qualificadoras – feminicídio, asfixia, impossibilidade de defesa e ocultação de provas – e mais 9 anos por estupro. A vítima foi encontrada morta no apartamento que morava, no bairro Turu, em São Luís.

Ao redimensionar a pena do crime de homicídio qualificado, o relator da apelação, desembargador José Luiz Almeida, fixou pena-base de 21 anos de reclusão, manteve as circunstâncias agravantes, mas reconheceu em favor do acusado a circunstância atenuante da confissão espontânea, reduzindo a pena para um total de 28 anos de reclusão.

Em relação ao crime de estupro, fixou pena-base de 8 anos de reclusão e, na etapa da dosimetria, pelos mesmos fundamentos da situação anterior, da confissão espontânea, atenuou a pena em um sexto, resultando numa pena de 6 anos e 8 meses de reclusão. Somadas, as penas totalizaram 34 anos e 8 meses de reclusão.

APELAÇÃO

A apelação criminal foi ajuizada pela defesa de Lucas Porto, inconformado com a sentença da 4ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís, que o condenou a 39 anos de reclusão, sem direito de recorrer em liberdade.

A defesa levantou preliminares em que alega ilegalidade no segundo interrogatório realizado com o réu; quebra da cadeia de custódia de provas em razão de perda dos DVD’s do circuito de monitoramento do prédio onde ocorreu o crime, ausência de laudo cadavérico com registro das fotos da vítima, aparelho celular do apelante, que continuou sendo utilizado mesmo após sua apreensão, manipulação nas imagens, obstrução de realização de perícia no aparelho de telefone celular da vítima, dispensa indevida dos peritos em plenário pelo juiz, não realização da perícia acústica no 10º andar do edifício Garvey Park, manifestações pela condenação do réu em plenário (ofensa à imparcialidade dos jurados), manifestação do juiz acerca da não inocência do réu; ilicitude de provas obtidas mediante violação da cláusula da inviolabilidade domiciliar.

No mérito, alega que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, requerendo a cassação do veredito popular. De forma alternativa, pediu redução da pena.

Nas contrarrazões, o Ministério Público requereu a rejeição das preliminares e, no mérito, que fosse negado o pedido feito em apelo, mantendo-se na íntegra o veredito condenatório.

Já o assistente de acusação Marcos Renato Ribeiro Serra Pinto (viúvo da vítima) reiterou a rejeição das preliminares constantes nas contrarrazões recursais do Ministério Público e, no mérito, pediu negativa ao apelo.

Em parecer, a procuradora de Justiça Regina Lúcia de Almeida Rocha manifestou-se de forma desfavorável ao recurso.

Neto Evangelista volta a repercutir feminicídio de Mariana Costa e afirma que tentam matar sua honra

Neto Evangelista volta a repercutir feminicídio de Mariana Costa e afirma que tentam matar sua honra

O deputado estadual Neto Evangelista usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, na sessão plenária de quarta-feira (9), para abordar o caso de feminicídio de Mariana Costa, cometido pelo cunhado da jovem em 2016. Durante seu discurso, o parlamentar, que é atuante no combate à violência doméstica e ao feminicídio, criticou a forma como a defesa do condenado vem agindo diante do caso.

“Durante o Agosto Lilás, mês em que se comemora o aniversário de 17 anos da Lei Maria da Penha, temos o assassino de Mariana Costa, que foi condenado em 2020, pedindo a anulação do júri. O réu é confesso, ela foi assassinada, foi tirada sua vida e, agora, querem tirar sua honra. E aqui eu não falo somente de Mariana, mas de Marias, de Paulas, Joanas e de tantas outras que morreram por serem mulheres e, ainda assim, têm sua honra questionada”, disse o deputado.

Neto Evangelista relembrou ainda que situação semelhante aconteceu com Maria da Penha Maia Fernandes, vítima de violência doméstica que lutou para que seu agressor fosse condenado. Ela foi homenageada com a lei em seu nome, mas, ainda assim, alguns documentários contestam a veracidade da violência sofrida por ela.

“Existem vídeos no YouTube que contestam que ela tenha sido violentada. Agora tentam fazer o mesmo com Mariana. Aonde é que vai parar isso? Não irão matar a Mariana mais uma vez, agora na sua honra, devemos ficar vigilantes”, afirmou.

Atuante

As deputadas estaduais Dra. Vivianne (PDT) e Daniella (PSB) se solidarizaram com as palavras de Neto Evangelista, parabenizando-o pelo discurso e pelo trabalho atuante no combate à violência contra a mulher.

“Vossa Excelência é um homem no parlamento, mas sempre defensor da pauta feminina. Você resumiu tudo, nada volta a vida de uma vítima de um crime. Queria parabenizá-lo por sua coragem e suas palavras. Eu me solidarizo com a família da Mariana”, disse a deputada Viviane.

“Em meio a tantas tragédias, ao mesmo tempo que ficamos tristes com esse aumento de crimes contra mulheres, eu fico feliz por saber que faço parte de um Parlamento que defende a bandeira do combate ao feminicídio e que tem um deputado como Vossa Excelência, que luta por essa causa”, destacou a deputada Daniella.

Neto Evangelista finalizou seu discurso frisando que confia na Justiça maranhense e na decisão do Júri. “Tenho confiança na justiça, na câmara criminal que vai julgar essa apelação. Tenho certeza de que não haverá anulação do Júri”, concluiu.

Lucas Porto é um dos 30 réus que vão a juri popular em fevereiro em São Luís

Quem abre a agenda de sessões no tribunal do juri no mês de fevereiro, é o réu Claudionor Pinheiro Mota, conhecido como Louro, pelo assassinato de Juraci Pereira da Cruz, a golpes de faca. O crime ocorreu em março de 2001, dentro de um bar, na Vila Operária, onde o réu fazia trabalho como segurança. Segundo os autos, ele pegou um cigarro na carteira da vítima.

Lucas Porto

Em fevereiro, serão julgados 30 réus no Fórum Desembargador Sarney Costa. Entre eles, está o jovem Lucas Leite Ribeiro Porto, que tem previsão para ir a juri popular no dia 24 de fevereiro, na 4ª Vara do Júri, que tem como titular o juiz José Ribamar Goulart Heluy Júnior.

Lucas Porto, réu confesso do assassinato da cunhada Mariana Costa

Na época do crime, em 2016, Lucas Porto confessou ter matado a cunhada, a publicitária Mariana Costa, sobrinha-neta do ex-presidente da República José Sarney. Ela foi encontrada morta no apartamento onde morava, no bairro Turu, em São Luís. As investigações da polícia apontaram que ela foi morta por asfixia e também foi estuprada.

A motivação seria uma atração que ele tinha por Mariana. Lucas Porto responde pelos crimes de estupro, homicídio e feminicídio. Ele segue preso na Penitenciária de Pedrinhas, como preso provisório.

Na tentativa de amenizar a pena do empresário, a defesa alegou problemas psicológicos, mas os exames não acusaram qualquer alteração mental. E um dos laudos apontou que ele foi “completamente responsável pelos atos que praticou”.

Juri popular em fevereiro

As sessões de julgamento ocorrem nos salões localizados no primeiro andar do Fórum Des. Sarney Costa, começando sempre às 8h30. Segundo a direção do Fórum, como medida de prevenção do contágio pelo novo coronavírus (COVID-19) há controle de acesso aos salões do júri. É priorizada a entrada de testemunhas processuais, familiares de vítimas e acusados, jurados, promotores de Justiça, defensores públicos e advogados das partes. Os salões também passam por sanitização sempre no dia anterior às sessões. O uso permanente de máscaras é obrigatório para todos.

Desenvolvido em WordPress & Tema por WeZ | Agência Digital