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Teatro João do Vale recebe o fenômeno infantil “Roblox” nos dias 21 e 22 de outubro

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Os personagens mais amados do mundo gamer estão de volta à São Luís. A trupe do fenômeno infantil “Roblox” realizará duas apresentações, nos dias 21 e 22 de outubro, no Teatro João do Vale.

A peça conta a história de um grupo de crianças que saiu para fazer um passeio escolar para um colorido, um parque de diversões chamado “Mundo Estranho”.

O que eles não esperavam é que acabariam sendo atraídos para dentro da plataforma de games Roblox. Para voltar às suas casas, Bacon, Tina e o Noob precisam cumprir todas as missões para vencer o Azul Babão e sua turma.

O espetáculo leva adultos e crianças a participarem juntos com seus personagens preferidos, na busca de completar os desafios dos games com momentos de alegria no Universo Roblox.

Os ingressos custam entre R$ 30 e R$ 70 e podem ser adquiridos pelo site Ingresso Digital e na bilheteria do teatro, sempre de 14h às 18h. Mais informações: 99182-3910 ou no Instagram @adoletaproducoes.

Espetáculo Kafka e a boneca viajante será apresentado neste fim de semana, em São Luís

Visualização da imagemUma história curiosa, que não despertou de sonhos intranquilos, mas da imaginação popular. Contam que, enquanto caminhava por uma praça perto de sua casa, o escritor Franz Kafka (1883-1924) encontrou uma menina que chorava por haver perdido sua boneca. Sensibilizado, Kafka passou a escrever cartas à menina, descrevendo suas aventuras pelo mundo. Contada em livros, contos e peças pelo mundo, a bela história intriga até hoje, pois nunca foram encontradas as cartas tão pouco a menina que fez um dos escritores mais famosos e influentes do século XX contar suas aventuras. A história também inspirou o escritor catalão Jordi Sierra i Fabra e ganha corpo por meio do espetáculo Kafka e a boneca viajante que será apresentado em São Luís (MA), nesta sexta-feira, 15, e no sábado, 16 de setembro, no Teatro Arthur Azevedo, às 19h30, com público voltado para todas as idades.

Sucesso de público no Rio de Janeiro, a peça com dramaturgia de Rafael Primot, direção de João Fonseca e direção musical de Tony Lucchesi, conta com Alessandra Maestrini, André Dias, Carol Garcia e Lilian Valeska no elenco. Idealizada pelo empreendedor cultural Felipe Heráclito Lima e produzida por Maria Angela Menezes e Amanda Menezes, a montagem inédita iniciou turnê em Porto Alegre e, após a temporada na capital ludovicense, seguirá para Belo Horizonte, Brasília e São Paulo.

“Quando Felipe me procurou com a ideia de adaptar o livro do Jordi, eu já conhecia a história das cartas. O livro é curto, voltado ao público infanto-juvenil e conta essa história de uma maneira simples. O desafio foi fazer um espetáculo um pouco mais profundo, levando para o universo adulto. E aí resolvi trazer elementos da vida de Kafka para a história da própria garota, coisas que o escritor passou na infância dele, como a relação conturbada com o pai. E também referências a seus livros”, explica Rafael Primot.

Metalinguagem – A narrativa não linear reforça o ritmo ágil da montagem, alternando passado, presente e futuro, assim como a realidade vivida pelo Sr. K (Kafka, vivido por André Dias), sua esposa Dora (Lilian Valeska) e a menina Rita (Carol Garcia) é atravessada pelo mundo ficcional das cartas, onde Brígida, a boneca interpretada por Alessandra Maestrini, ganha vida. A metalinguagem é outro recurso utilizado, como explica João Fonseca: “O jogo cênico proposto pela dramaturgia do Rafael tem uma agilidade e eu entendi que tinha que fazer uma brincadeira teatral, com os atores se arrumando em cena, se maquiando, lembrando que é um jogo, uma brincadeira. É um combinado, um faz de conta que todos, inclusive a criança, sabe que não é real”. Na construção da mise en scène, destaca-se também o trabalho de direção de movimento de Márcia Rubin, em especial da personagem de Maestrini.

Trilha sonora – A trilha é um caso à parte e se impõe como elemento dramatúrgico. No repertório, interpretado pelo elenco, estão músicas de artistas como Caetano Veloso, Candeia, Cartola, Chico Buarque, Djavan, Lenine, Raul Seixas e Rita Lee e até uma composição inédita assinada por João Fonseca e o diretor musical Tony Lucchesi, que também assina os arranjos: “Eu e o João tivemos liberdade para escolher canções que pudessem contribuir com a dramaturgia, ficassem orgânicas dentro do que a cena pede. E durante o trabalho com os atores nos ensaios, outras ideias foram aparecendo. Há ainda uma canção original que eu e João compusemos, cantada pela menina, num momento muito emocionante”, adianta Tony.

Cenografia e figurino – A cenografia de Nello Marrese reforça o simbolismo da passagem do tempo, seja do fim da vida do escritor, da transformação da menina em mulher e da viagem da boneca pelo mundo. Cubos, alguns móveis, um móbile, selos, carimbos, além de um fundo neutro para valorizar o desenho de luz criado por Paulo César Medeiros, compõem a cena. João Pimenta criou figurinos que remetem à época em que Kafka viveu seus últimos anos, na década de 1920. “Estamos sempre no fio da navalha de não infantilizar, mas também preservar essa singeleza da história. É um grande escritor à beira da morte, sem forças para escrever e de repente encontra uma menina, a dor daquela menina, que era um pouco como ele, faz com que ele retome a escrita. Como a arte transforma tudo, como a arte conseguiu curar a menina, como ele adquiriu esse último prazer na vida, achando energia para escrever”, analisa João Fonseca.

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