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Câmara de São Luís promove roda de conversa em alusão ao Setembro Amarelo

Dando continuidade às ações da campanha Setembro Amarelo, a Câmara Municipal de São Luís (CMSL) realizou na manhã desta terça-feira, 12, a roda de conversa com a temática “Cuidados em Saúde Mental e Aspectos Relacionados”. O objetivo foi reforçar a importância do diálogo e a quebra de tabu sobre o tema, destacando a valorização da vida.

A atividade foi uma promoção da Diretoria de Comunicação, por meio do Departamento de Comunicação Organizacional; Setor de Recursos Humanos, por meio da Psicologia; e do Departamento Médico de Assistência aos Servidores, por meio do Serviço Social.

Atividade

Ministrado pelos psicólogos Mauro Brandão Júnior e Ruan Marcos Ferreira, o evento foi realizado na Sala Vip do Legislativo. Na ocasião, os especialistas aproveitaram o espaço de acolhimento como uma oportunidade de escuta e de fala dos funcionários.

De acordo com Ruan Marcos Ferreira, do Departamento de Recursos Humanos da Casa, a iniciativa teve o objetivo de abordar informações sobre as formas de prevenir e combater a depressão e o suicídio. “A roda de conversa é um espaço seguro para o diálogo, um acolhimento profissional sem julgamentos, a respeito do que pensa o nosso público sobre o tema e orientações para quem precisa de ajuda”, frisou.

Dados da Organização Panamericana de Saúde, OPAS, revelam que a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo e a cada três segundos, uma pessoa atenta contra a própria vida. Cerca de 1 milhão de casos de mortes por suicídio são registrados por ano no mundo, enquanto que no Brasil são 13 mil por ano, mas os números podem ser maiores em decorrência de subnotificações.

Para o psicólogo Mauro Brandão Júnior, fatores e causas que levam uma pessoa a cometer suicídio são muito complexos, não há uma abordagem única que funcione para todos. “O que se sabe é que existem fatores e eventos que podem tornar alguém mais suscetível ao suicídio e condições de saúde mental, como ansiedade e depressão, por isso a importância de trabalhar a temática durante o ano inteiro”, explicou.

Para a servidora Raquel Góes, técnica em comunicação social (rádio) e coordenadora da equipe de Rádio da Câmara, as rodas de conversa são muito importantes, pois ajudam a fortalecer o relacionamento com os colegas de trabalho e valorizam o profissional.

“Falar sobre a saúde mental no trabalho é ainda um tabu para muitas pessoas, mas é muito importante sensibilizar as organizações e empresas para os desafios vivenciados na relação entre o trabalho e o bem-estar dos trabalhadores. Falar e debater sobre saúde mental ajuda a superar o preconceito em torno das questões sobre o adoecimento psicológico e buscar saídas para ambientes mais saudáveis e produtivos”, relatou.

O que é?

Setembro Amarelo é o mês dedicado à prevenção ao suicídio. Ele marca a campanha de conscientização sobre esse assunto delicado, que afeta inúmeras pessoas todos os anos. O motivo da escolha do mês se deve ao fato do dia 10 de setembro ser o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, data criada pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio.

Como surgiu?

A origem do Setembro Amarelo é norte-americana. Em 1994, nos Estados Unidos, um jovem de 17 anos chamado Mike Emme cometeu suicídio. Ele era considerado um rapaz habilidoso, já que restaurou um Ford Mustang 68 e o pintou de amarelo. Por conta desse automóvel, o garoto era conhecido como “Mustang Mike”.

Mike era um jovem amoroso, alegre e talentoso. Porém, sofria com problemas psicológicos, algo que não revelou para ninguém. Inclusive, para os seus pais. Após a morte do filho, os pais de Mike Emme junto de alguns amigos decidiram criar o programa Yellow Ribbon Foundation (Fundação Fita Amarela, em inglês), com o intuito de conscientizar as pessoas sobre o suicídio.

No dia do velório do adolescente, diferentes pessoas montaram uma cesta com inúmeros cartões decorados com fitas amarelas. Em muitos dos cartões, havia uma frase: “Se você precisar, peça ajuda”. Essa iniciativa foi o que deu origem a um movimento importantíssimo de prevenção ao suicídio: o Setembro Amarelo.

Setembro Amarelo: conheça algumas proposições da Câmara sobre a prevenção ao suicídio

Em São Luís, segundo levantamento de maio do mesmo 2019, foram registrados 123 casos de suicídios, ou seja, uma taxa de mais de quatro por dia. Esses são dados do Centro de Valorização da Vida (CVV) que reforçam a importância de campanhas como o Setembro Amarelo que começa esta semana.

A campanha, que aborda o combate ao suicídio, é realizada anualmente, desde 2014, pela  Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). O tema tem sido pautado também pela Câmara de São Luís que une forças à causa por meio de suas proposições. Confira:

Calendário Municipal

O Projeto de Lei n.º 250/2021, do vereador Ribeiro Neto (Patriota), foi o responsável por instituir a própria campanha “Setembro Amarelo” e ainda o “Dia Municipal de Prevenção ao Suicídio” no calendário oficial do Município de São Luís.

Já o Projeto de Lei n.º 189/19, do vereador Dr. Gutemberg (PSC), institui a Semana Municipal de Prevenção e Combate ao Suicídio a ser desenvolvida, anualmente, na última semana do mês de setembro. “Setembro ganha a cor amarela em alusão ao combate ao suicídio”, declarou o autor.

Escolas

O Projeto de Lei n.º 0312/202, do vereador Ribeiro Neto (Patriota), institui a inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate à depressão, à automutilação e ao suicídio no projeto pedagógico das escolas públicas do município de São Luís.

Existe ainda o Projeto de Lei n.º 295/21, do vereador Andrey Monteiro (Republicanos), que cria no âmbito municipal o Programa de Combate e Prevenção ao Suicídio de Jovens e Adolescentes nas Escolas Públicas de São Luís.

Política

O Projeto de Lei n.º 193/19, do vereador Dr. Gutemberg (PSC), institui a Política Municipal de Prevenção da Automutilação e do suicídio no âmbito da capital. A iniciativa é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e tem como objetivo promover o amplo debate e combate à violência autoprovocada.

Vale ressaltar que são registrados, ao redor do mundo, 700 mil suicídios por ano. Isso é o que afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS), baseada no último levantamento também de 2019, que alerta que os dados podem ser ainda mais alarmantes por causa dos casos subnotificados.

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