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Lula decreta luto no país pelas vítimas de desastre aéreo em São Paulo

Desencarne Coletivo: entenda fenômeno da espiritualidade envolvendo tragédia  em Vinhedo - ISTOÉ Independente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou luto oficial de três dias no país pelas vítimas do acidente aéreo ocorrido nesta sexta-feira (9), em Vinhedo, no interior de São Paulo.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União. “É declarado luto oficial em todo o país, pelo período de três dias, contados a partir da publicação deste decreto, em sinal de pesar pelas vítimas do desastre aéreo, voo 2283, rota Cascavel/Guarulhos, ocorrido no dia 9 de agosto de 2024”, diz o texto do decreto.

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao saber do desastre, manifestou solidariedade pelas vítimas do acidente aéreo. Ao iniciar seu discurso em um evento em Itajaí, em Santa Catarina (SC), o presidente da República pediu um minuto de silêncio.

“Eu tenho que ser portador de uma notícia muito ruim e eu queria que todos se colocassem de pé para que a gente fizesse um minuto de silêncio, porque acaba de cair um avião na cidade de Vinhedo, em São Paulo, com 57 passageiros e quatro tripulantes, e parece que todos morreram. Então, eu queria pedir um minuto de silêncio pelas vítimas”, disse.

O acidente aconteceu por volta das 13h30. Uma aeronave turbohélice, da marca francesa ATR, da empresa Voepass, caiu em Vinhedo, município vizinho de Campinas. O voo saiu de Cascavel, no Paraná, e seguia para o aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo).  A empresa informou, em nota, que o voo 2283 transportava 57 passageiros e quatro tripulantes.

A Voepass Linhas Aéreas divulgou à imprensa a lista contendo os nomes dos passageiros. A companhia informou está prestando informações às famílias pelo número 0800 941971.

Tragédia: Médico do Maranhão é uma das vítimas da queda de avião no Amazonas

O médico Roland Montenegro Costa, natural de Viana, no Maranhão, aposentado do Hospital de Base de Brasília, está entre as vítimas da queda do avião no Amazonas, na tarde deste sábado (16), na região de Barcelos, próximo de Manaus. Além dele, outras 13 pessoas morreram no acidente aéreo. Tanto ele como as demais vítimas estavam no local para a prática de pesca esportiva.

Roland era médico cirurgião do aparelho digestivo, pioneiro dos transplantes em Brasília, e ainda atuava em consultório particular e operava em diversos hospitais da cidade.

O dono do clube de pesca para o qual o médico se dirigia, Anízio Marreco, conta que há mais de 20 anos Roland frequentava a cidade de Barcelos para a prática do esporte. “Ele vinha todos os anos, era um cara que gostava muito da pesca”, relata.

O médico era cidadão honorário desde de 2005, pela dedicação e defesa pela saúde do Distrito Federal. Roland graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Maranhão, em 1978. Ele realizou a residência médica em cirurgia geral no Hospital de Base do Distrito Federal, de 1979 a 1981.

Em busca do aperfeiçoamento na carreira, foi estagiário em Cirurgia Geral no Hospital Klinikum Steglitz, da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, de 1987 a 1988, e fellow em transplante de órgãos abdominais pela Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, de 1991 a 1993. Exerceu também a função de professor de ensino em Cirurgia Geral do Hospital de Base do Distrito Federal.

Pai de quatro filhos, Roland coleciona em seu currículo homenagens diversas, como o “Diploma de Mérito Policial Civil Presidente Juscelino Kubitschek”, recebido em 2003; o título de “Cidadão Honorário de Brasília”, em 2006; e de “Melhores da Medicina do Brasil”, em 2007.

Além do médico, Gilcresio Salvador Medeiros, de 74 anos, proprietário da pousada Serra da Mesa, que fica na cidade de Niquelândia (GO), a aproximadamente 260km da capital federal, morreu no acidente.

Relação dos 14 mortos no acidente

Passageiros

— Euri Paulo dos Santos

— Fábio Campos Assis

— Fábio Ribeiro

— Gilcresio Salvador Medeiros

— Guilherme Boaventura Rabelo

— Hamilton Alves Reis

— Heudes Freitas

— Luiz Carlos Cavalcante Garcia

— Marcos de Castro Zica

— Renato Souza Assis

— Roland Montenegro Costa

— Witter Ferreira de Faria

Tripulantes

— Leandro Souza – piloto

— Fernando Galvão – copiloto

A Segurança Pública do Amazonas afirmou que só poderá confirmar os nomes das vítimas, após o Instituto Médico Legal (IML) realizar perícia nos corpos.

Os corpos foram levados para um ginásio da cidade. Eles serão levados para o IML de Manaus para a realização de perícia. Um avião da FAB seguirá para Barcelos para investigar as causas do acidente.

O avião

O avião é um Embraer EMB-110 “Bandeirante” , com capacidade de até 18 passageiros, da empresa ManausAerotáxi. Ele decolou de Manaus com destino a Barcelos. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a situação da aeronave era “regular”.

O avião que caiu é de uso tanto civil quanto militar e tem capacidade para 18 passageiros. Foram fabricadas, ao todo, 498 aeronaves desse modelo ao longo de 18 anos, entre 1973 e 1991.

*Com informações do blog do Gilberto Lima

Cinco denunciados por tragédia com “pau-de-arara” em Bacurí, serão levados a juri; Acidente matou oito crianças em 2014

Serão levados ao Tribunal do Júri da comarca de Bacuri, os cinco denunciados pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA), em dezembro de 2018, envolvidos no acidente com um veículo de transporte escolar (conhecido popularmente como “pau de arara”), em abril de 2014, no povoado Madragoa, no município.

Nesta segunda-feira, 17, o juiz Humberto Alves Júnior proferiu sentença de pronúncia (aceitação de acusações e encaminhamento do processo para julgamento no Tribunal do Júri), deferindo as alegações finais apresentadas, em outubro de 2022, pelo promotor de justiça Igor Adriano Trinta Marques.

O desastre causou a morte de nove estudantes e lesões corporais em oito alunos, devido à precariedade do transporte escolar municipal. Na ocasião, o proprietário do veículo, Rogério Rocha também morreu.

Foram pronunciados o ex-prefeito Baldoíno Nery; a ex-secretária municipal de Educação, Célia Nery; o então chefe da comissão de Licitação, Gersen James; o ex-pregoeiro municipal, Wagno Setúbal, e o sócio-diretor da empresa Conservis (contratada pela Prefeitura de Bacuri para prestar serviços de transporte escolar), Andrew Santos. Ainda não há previsão para o julgamento.

MORTE E LESÕES CORPORAIS

Os estudantes Ana Raquel Borges, Clenilde Asevedo, Aldaléia Gomes, Nayara Costa, Carlos Vinicius Almeida, Jefferson Silva e as irmãs Emyly e Samyly Farias, morreram no desastre. O incidente também provocou lesões corporais em oito alunos.

O veículo, uma picape, havia sido contratado ilegalmente, em 2013, pela administração municipal por meio de procedimento licitatório, vencido pela empresa Conservis Construções e Serviços Ltda.

A picape estava sendo conduzida pelo adolescente Alan Almeida (filho de Rogério Rocha), que não tinha carteira de habilitação. O pai dele estava pendurado na porta do motorista e os alunos, na carroceria. O veículo colidiu com um caminhão de carga, que vinha no sentido oposto.

O transporte possuía carroceria aberta com bancos de madeira improvisados. Muitos alunos estavam conduzidos em pé na carroceria porque havia poucos bancos para todos. Não havia responsável para acompanhar os estudantes durante o trajeto.

“O senhor Rogério foi um dos responsáveis por esta tragédia anunciada, porque deixou seu filho dirigir um veículo sem habilitação e idade para dirigir. O motorista é somente a face visível do grupo de responsáveis pelas mortes dos oito estudantes e do próprio Rogério”, argumentou o promotor de justiça, nas alegações finais.

LICITAÇÃO

Em 2013, o Município abriu um pregão presencial para contratar serviços de transporte escolar. O MPMA constatou fraude no procedimento licitatório. Foram verificadas inconsistências, incluindo irregularidades na documentação, subcontratação integral de serviços e condições do transporte escolar, entre outras.

Além do fato da Conservis pertencer a Andrew Santos (sobrinho do ex-vice-prefeito de Bacuri, à época, Richard Nixon), a Promotoria de Justiça de Bacuri verificou que a empresa não possuía capacidade técnica, material, econômico-financeira e humana, para prestar o serviço de transporte escolar.

Os atos constitutivos da empresa não incluíam locação de veículos para transporte escolar. Documentos encaminhados pelo Detran/MA comprovaram subcontratação integral, porque a empresa não possuía veículos para transporte escolar, apenas uma picape comum.

Da mesma forma, documentação da Prefeitura de Bacuri demonstrou que os veículos usados no transporte escolar pertenciam aos próprios motoristas e não tinham vínculos com a Conservis. Os veículos utilizados não eram os que haviam sido licitados pelo Município.

A empresa recebia os valores do Município e repassava 90% aos condutores. Os 10% restantes ficavam com a Conservis, que era somente intermediária entre os prestadores do serviço e a Prefeitura de Bacuri.

CONTRATO

A Conservis firmou contrato com o Município de Bacuri, pelo prazo de 10 meses, pelo valor de R$ 1.092.700,00, dos quais R$ 600 mil eram destinados para manutenção do transporte escolar no Município.

Entre os 33 veículos utilizados como meio de transporte escolar, havia sete picapes “pau de arara” e 12 motocicletas. Ou seja, mais da metade da frota contratada era composta por veículos inapropriados para a atividade.

As sete picapes utilizadas não podiam ser consideradas veículos de transporte escolar. Eram veículos de carga, antigos e improvisados com bancos de madeira, sem cinto de segurança e sem inscrição ’ESCOLAR’ na lateral. As motocicletas não ofereciam o mínimo de segurança.

Apenas 10 condutores possuíam Carteira Nacional de Habilitação. Quatro estavam vencidas e somente cinco eram da categoria adequada para transporte escolar.

“Foram diretamente beneficiados José Baldoíno da Silva Nery, Célia Vitória Nery da Silva e Andrew Santos. Os demais réus auxiliaram os outros denunciados nos intentos criminosos. Houve conluio para montar um procedimento licitatório ardiloso para justificar o contrato com o parente do vice-prefeito de Bacuri à época dos fatos”, destaca Igor Marques.

Os envolvidos foram denunciados por homicídio qualificado e lesão corporal

PRÊMIO

O acidente no povoado Madragoa levou o Ministério Público do Maranhão e o Ministério Público Federal a lançar, em agosto de 2018, o projeto “Pau de Arara Nunca Mais: o MP na defesa do transporte escolar de qualidade”, com o objetivo de combater este tipo de transporte público escolar no estado do Maranhão.

A iniciativa venceu o segundo lugar da edição de 2018 do Prêmio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

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