Mês: setembro 2024 Page 12 of 15

Mãe é condenada por homicídio e tortura por omissão em Igarapé do Meio

Em julgamento ocorrido nesta quinta-feira (5), em Igarapé do Meio, termo judiciário de Monção, uma mulher foi condenada a 21 anos e três meses de prisão. Juliana Dutra dos Santos estava sendo acusada dos crimes de homicídio triplamente qualificado e tortura, por omissão, que teve como vítima seu filho de apenas 2 anos de idade. De acordo com o inquérito policial, os crimes teriam sido cometidos pela companheira da denunciada, que ficou omissa diante da situação. Os fatos ocorreram no dia 1º de junho do ano passado e a criança foi morta repleta de lesões por todo o corpo. O caso teve grande repercussão na região.

Narrou a denúncia que, na data citada, a adolescente M.R.F., companheira da denunciada, foi apreendida por ato infracional análogo ao crime de homicídio por ter agredido fisicamente por meio contundente a criança I. L., causando-lhe as lesões corporais descritas no exame cadavérico. No dia dos fatos, a vítima deu entrada no Hospital Municipal por volta das 17h15min e no local foi observado o óbito, sendo constatado que a criança apresentava diversas lesões pelo corpo, tais como mordidas, ferimentos na região genital, barriga, cabeça, braços, costas e ao redor do mamilo, razão pela qual os policiais militares foram acionados.

AGREDIA CONSTANTEMENTE A CRIANÇA

Uma guarnição da Polícia Militar se dirigiu à residência da denunciada e lá foram encontrados 36 invólucros contendo substância semelhante a droga popularmente conhecida como “crack”. Ao ser interrogada, a denunciada Juliana Dutra dos Santos, admitiu ter conhecimento que a sua companheira agredia constantemente o menino. No dia do crime, a vítima estava sozinha com a companheira da denunciada. Os depoimentos colhidos no inquérito policial demonstraram que a companheira da denunciada constantemente agredia a criança para que esta parasse de chorar, tanto é que foram denunciadas ao Conselho Tutelar.

“Em análise a gravidade das lesões sofridas pela vítima percebe-se que era uma questão de tempo para as constantes agressões físicas praticadas contra a criança resultasse na morte dela, tendo a denunciada Juliana Dutra se omitido do seu dever legal de cuidado, proteção e vigilância, na condição de garantidora, uma vez que tinha ciência das agressões habituais que o menor sofria e nada fez para evitá-las ou afastá-lo do convívio com a agressora, ao revés, mantinha a vítima constantemente aos cuidados da agressora quando saia de casa para o trabalho”, destacou o Ministério Público.

A sessão do Tribunal do Júri, realizada no Centro da Juventude, foi presidida pelo juiz Raphael Leite Guedes, titular da 4a Vara de Santa Inês e respondendo por Monção. Para a comarca, ainda estão marcadas duas sessões de julgamento, a saber, nas datas de 19 de setembro e 25 de novembro.

Prefeito de Rosário e familiares são acionados por improbidade administrativa

As movimentações financeiras do prefeito de Rosário, José Nilton Calvet Filho, e de seus parentes, com valores sem origem identificada, motivaram o Ministério Público do Maranhão a ajuizar Ação Civil Pública (ACP) por ato de improbidade administrativa contra o gestor municipal, familiares e as empresas deles, no dia 2 de setembro. Também foram acionados sócios de outras empresas que firmaram contratos com a administração municipal de Rosário.

O objetivo da ação é garantir eventual ressarcimento de R$ 3 milhões e 300 mil dos danos causados e pagamento de multa. O MPMA solicitou ao Poder Judiciário que determine, liminarmente, a indisponibilidade dos bens dos requeridos e a condenação deles por improbidade administrativa que resultou no enriquecimento ilícito dos mesmos.

São alvos os seguintes familiares do prefeito: Francisca Rocha Calvet (esposa), Jonatha Carvalho Calvet (irmão) e Dulcimary Bezerra Desterro (cunhada). As empresas Farmacenter Comércio (matriz em Morros e filial em Rosário), C A Santos Eireli (São Luís), WB Soluções e Engenharia LTDA (Vitória do Mearim) e CWDR Promoções e Empreendimentos (São Luís) igualmente foram acionadas, assim como o sócio desta última, Claudio Wilson Damasceno Rodrigues. Leonardo Pinto de Lima também é demandado por colaborar com o suposto esquema de lavagem de dinheiro.

A ACP é assinada pela titular da 1ª Promotoria de Justiça de Rosário, Maria Cristina Lobato, e pelos promotores de justiça Ana Carolina Mendonça, Fernando Berniz Aragão e Marcos Valentim Pinheiro Paixão, integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).

De acordo com Maria Cristina Lobato, que tem atuação na defesa do patrimônio público e da probidade administrativa, a investigação foi iniciada em 2023 após tomar conhecimento de fatos que indicavam enriquecimento ilícito do prefeito Calvet Filho e do irmão Jonatha Calvet, em conluio com pessoas físicas e jurídicas.

A promotora de justiça destacou que, como o gestor possui foro privilegiado, os fatos foram comunicados ao procurador-geral de justiça para conhecimento e adoção de possíveis providências na esfera penal. No âmbito da Promotoria de Justiça, as apurações foram realizadas nas áreas cível e administrativa, em atuação conjunta com o Gaeco.

As investigações confirmaram que a filha mais velha do prefeito estuda Medicina em uma faculdade particular de São Luís, cuja mensalidade é de R$ 12.626,00,  e a outra filha estuda em uma escola com mensalidade de R$ 2.800,00. A soma das duas parcelas mensais supera o valor da remuneração bruta de R$ 15 mil do gestor. O valor líquido recebido por ele é de R$ 11.108,38.

No registro de candidatura, em 2020, o atual prefeito declarou não possuir bens em seu nome e, posteriormente, as investigações revelaram gastos incompatíveis com os rendimentos. “O mesmo ocorre com seus familiares, que igualmente demonstraram evolução patrimonial acelerada, acentuada a partir da eleição de Calvet Filho”, afirmou, na ação, Maria Cristina Lobato.

Além disso, em 2020, o prefeito de Rosário recebeu seis parcelas do auxílio emergencial destinado a pessoas de baixa renda: cinco parcelas de R$ 600 e uma de R$ 300.

EVOLUÇÃO PATRIMONIAL

Os indícios de enriquecimento ilícito foram confirmados pela comunicação de “movimentação financeira atípica” feita pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O Relatório de Inteligência Financeira (RIF) encaminhado pelo Coaf indicou duas comunicações envolvendo Dulcimary Desterro. A primeira foi a operação com pagamento no valor de R$ 50 mil em espécie registrada no cartório do 2º Ofício de Rosário em que ela figura como compradora de um imóvel em 2021. A segunda foi um depósito em espécie no valor de R$ 50 mil em que a Farmacenter Comércio figura como titular e Dulcimary Desterro como responsável e depositante.

De acordo com as investigações, Leonardo Lima foi sinalizado pelo COAF no monitoramento sistêmico de prevenção à lavagem de dinheiro por ter movimentações atípicas concentradas com a empresa C A Santos Eireli, que era responsável pela maioria de seus créditos e tinha três contratos, entre 2022 e 2023, com as Secretarias de Assistência Social, Administração e Recursos Humanos, Educação e Saúde de Rosário, com valores que ultrapassam R$ 700 mil.

Leonardo Lima repassou valores para a Farmacenter Comércio, da qual Jonatha Calvet é proprietário. “Tal situação indica que Jonatha Calvet recebeu valores da empresa contratada pelo município de Rosário, qual seja a C A Eireli, e que Leonardo Lima é apenas um intermediário para mascarar o vínculo direto entre aqueles”, afirmaram, na ACP, os representantes do MPMA.

Na avaliação dos promotores de justiça, Calvet Filho e Jonatha Calvet tiveram um aumento significativo de patrimônio desde 2021, primeiro ano do mandato da atual gestão na cidade de Rosário. “Os créditos referentes aos salários dos dois constituem um percentual pequeno do total do dinheiro nas contas deles, que, em sua maioria, são de origem desconhecida ou advindas da Farmacenter, a qual, por sua vez, é alimentada por pessoas ligadas a empresas que contratam com o município”.

Foi constatado, ainda, que as notas fiscais emitidas em nome do prefeito Calvet Filho e da esposa dele, Francisca Estela Rocha, ultrapassam a renda oficial do casal. Antes de ser eleito prefeito, Calvet Filho não tinha outra fonte de renda e nem patrimônio prévio, chegando a receber auxílio emergencial em 2020, assim como a esposa e o pai dele, José Nilton Pinheiro Calvet.

Com Jonatha Calvet, foi também detectada essa desproporção, já que não tinha vínculo empregatício, nem ocupava cargo público, figurando somente como sócio das mencionadas farmácias, que passaram a ser utilizadas para receber dinheiro de empresas contratadas pelo município de Rosário até chegarem às mãos dos irmãos Calvet e cônjuges.

DEPÓSITOS SEM ORIGEM IDENTIFICADA

Após decisão judicial que autorizou a quebra do sigilo bancário dos requeridos, foi elaborado um relatório de análise bancária pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD/MPMA). A partir daí, o Ministério Público do Maranhão constatou que, entre os anos de 2021 e 2023, Calvet Filho recebeu mais de R$ 1 milhão e 327 mil em sua conta bancária e 70% desse valor é formado de depósitos sem origem identificada.

O dinheiro não identificado foi recebido, em grande parte, por 448 depósitos com valor máximo de R$ 10 mil cada um. “Em clara tentativa de, por um lado, obstar a rastreabilidade da origem dos montantes e, por outro, evitar a comunicação do Coaf quanto a transações atípicas”, relataram na ACP os promotores de justiça.

As mesmas irregularidades foram constatadas na conta da primeira-dama Francisca Estela Calvet: ela recebeu mais de R$ 751 mil, entre 2021 e 2023, em recursos não rastreáveis, correspondendo a 77% de valores sem origem identificada.

Jonatha Calvet, que é assessor-chefe de Assuntos Institucionais de Rosário, recebe salário bruto de R$ 6.750,00, mas a movimentação financeira é incompatível com os rendimentos e com o porte da Farmacenter, da qual ele é sócio. Nos três primeiros anos da gestão municipal, ele recebeu R$ 1 milhão e 36 mil em sua conta bancária.

Dulcimary Desterro, cunhada do prefeito, movimentou mais de R$ 540 mil no período de 2021 a 2023. Ela recebeu uma série de depósitos de empresas que possuem contratos com a administração municipal rosariense.

Para concluir as investigações, o MPMA igualmente avaliou a movimentação financeira da Farmacenter. O Relatório de Análise Bancária detectou indícios de que a conta da empresa é usada como conta de passagem. Foram identificados 408 depósitos em dinheiro. Cada depósito não ultrapassou o valor de R$ 9 mil, muitos fracionados no mesmo dia, totalizando R$ 521.643 mil.

Jonatha Calvet recebeu da Farmacenter, em 2022, R$ 184.787 mil, que obteve créditos de Cláudio Wilson Damasceno e Leonardo Pinto de Lima. Eles são intermediários das empresas WB Soluções e C A Santos. A maior parte dos créditos é desconhecida, indicando que a Farmacenter serve de álibi para justificar os ganhos do irmão do prefeito.

SINDOMAR transforma Complexo Portuário Maranhense em centro de tecnologia com novo hub de inovação

O Sindicato dos Operadores Portuários do Maranhão (SINDOMAR) lançou, na terça-feira (3),  seu hub de inovação no vagão de inovação da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), no Porto do Itaqui, em São Luís. A iniciativa visa conectar os desafios enfrentados por 13 empresas portuárias com soluções emergentes desenvolvidas por startups, universidades, centros de pesquisa e empresas de tecnologia. O programa inclui workshops, palestras e desafios tecnológicos, com foco na economia digital e novas soluções tecnológicas. 

O presidente do SINDOMAR, Daniel Pereira, destacou o esforço para profissionalizar a gestão do sindicato e adaptar as soluções às necessidades e realidades locais. Pereira ressaltou a singularidade do hub em relação a modelos adotados em outras regiões do Brasil.  

“Um dos pontos fundamentais é gerar valor para os nossos associados. O Porto do Itaqui representa desenvolvimento para o Maranhão, e uma das formas de alcançar este objetivo é por meio deste hub de inovação. Este espaço físico e digital permitirá integrar projetos empresariais com exercícios acadêmicos das universidades e comunidades tecnológicas”, afirmou Pereira. 

O presidente observou que existem pelo menos três hubs semelhantes no Brasil, mas que o Maranhão merece um modelo alinhado à sua realidade. “Estamos trazendo o nosso DNA maranhense com foco nas realidades do setor portuário do nosso estado”, disse Pereira. 

Durante o lançamento, o CEO da Creative Pack e Aduela Ventures, João Silva, ministrou a palestra “HUB: O Marco Zero da Nova Economia”. Ele defendeu que a inovação promovida pelo projeto vai além da tecnologia, criando um espaço que atende às necessidades das empresas e fomenta a colaboração entre academia, desenvolvedores e empreendedores. “A empresa inovadora foca na transformação digital e no suporte personalizado”, destacou João, ressaltando a importância de capacitar as empresas para que se tornem autossuficientes. 

Como funcionará

O hub funcionará como um ponto de encontro entre empresas associadas ao SINDOMAR e o campo da inovação. As empresas poderão experimentar tecnologias emergentes, como a produção de robôs. O CEO do hub, Raul Lamarca, explicou que o modelo avalia o nível de maturidade das empresas em quatro categorias e oferece três linhas de serviço: cultura, desenvolvimento de soluções e negócios. 

“O espaço de inovação que estamos criando não é apenas um serviço, mas uma rede que visa educar e capacitar talentos internos, desenvolver soluções personalizadas e conectar empresas com recursos externos. Queremos transformar novas ideias em soluções reais e eficazes”, afirmou Raul. 

Convidado especial 

Com 17 anos de experiência na cadeia portuária em Pernambuco, o ex-head de inovação de Suape e atual CEO da Spinova e  Databizz, Ed Dantas, participou como convidado especial, com a palestra “Além da Inovação: Superfície, Ondas e Camadas”. Dantas abordou princípios da nova economia, como flexibilidade, centralidade no cliente, e a capacidade de criar demanda e inovar diante de crises. Ele também discutiu novos modelos de negócios, como criativos, escaláveis, sociais e inovadores corporativos. “A dinâmica portuária permite prever e antecipar aspectos econômicos do estado, tornando o Porto um centro vital para inovação e desenvolvimento tecnológico”, afirmou Dantas. 

Protocolo de intenções

A cerimônia de lançamento do hub incluiu a assinatura de um protocolo de intenções, formalizando a parceria entre o SINDOMAR e outras entidades envolvidas. O documento marca o início oficial das atividades e o compromisso com a inovação e a transformação digital no setor portuário. 

MPF obtém condenação da União e da Funai para que concluam estudos sobre demarcação de território indígena no MA

Com base em ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), a União e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) foram condenados a concluir os estudos visando a identificação, delimitação e demarcação do território reclamado pela comunidade indígena do Engenho, da etnia Tremembé. O território está situado no município de São José de Ribamar (MA), na região metropolitana de São Luís, capital do estado do Maranhão.

A sentença da Justiça Federal determina, ainda, que uma vez detectado que a comunidade em questão é, de fato, indígena e ocupava tradicionalmente a referida área quando da promulgação da Constituição Federal, os réus devem adotar algumas das soluções compensatórias previstas na Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), caso o nível de urbanização das referidas terras não torne mais possível a ocupação tradicional da referida comunidade.

A reivindicação da comunidade Tremembé do Engenho foi apresentada à Funai em 2017, entretanto, o processo administrativo do órgão indigenista, que inclui os estudos para identificação, delimitação e demarcação do território, permanece com sua tramitação em fase inicial.

Entenda o caso – O MPF propôs a ação, com pedido de liminar, em 2019, que foi deferido parcialmente pela Justiça Federal, em 2020, impondo à União e à Funai a obrigação de prosseguir o procedimento administrativo referente ao território reclamado pela comunidade indígena. Nesta decisão, foi determinado aos réus a criação de grupo de trabalho (GT) e apresentação de cronograma de ação, no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de multa.

A Funai foi questionada em diversas oportunidades sobre o cumprimento da decisão liminar, sem que apresentasse comprovação. A Fundação, inicialmente, requereu a ampliação do prazo em razão da pandemia causada pela pandemia da covid-19. Em 2022, a Funai informou que, apesar de não haver impossibilidade fática ou jurídica para cumprimento da decisão, o GT ainda não havia sido devidamente constituído. Até o presente momento, a Fundação não apresentou comprovação do cumprimento de suas obrigações.

Conforme apurado pelo MPF por meio de inquérito civil público, consta em um relatório preliminar elaborado pela Funai que a comunidade em questão ocuparia a referida área há mais de 200 anos. O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), por sua vez, informa que a referida comunidade de indígenas possui membros oriundos do Estado do Ceará e de outros municípios do estado do Maranhão, que teriam migrado para a área na década de 1950.

Deolane Bezerra é presa em PE por lavagem de dinheiro e jogos ilegais

Foto colorida de Deolane Bezerra vestindo preto - Metrópoles

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou nesta quarta-feira (4/9) a Operação Integration, que tem como objetivo acabar com um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A advogada e influenciadora Deolane Bezerra foi presa.

A investigação foi iniciada em abril do ano passado. As informações são da CNN, confirmadas pela coluna Na Mira.

De acordo com a polícia, são 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão contra os suspeitos de envolvimento no esquema. Ainda há 170 agentes em Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiânia (GO), além de Recife.

O sequestro de bens e valores, além do bloqueio judicial de recursos, são de R$ 2,1 bilhões. Em Recife, ações foram realizadas em um prédio de luxo na orla de Boa Viagem, na zona sul. Do Metrópoles.

Câmara analisa implantação de Política Municipal de Qualidade do Ar

Está em tramitação na Câmara Municipal de São Luís uma medida que visa a implantação da Política Municipal de Qualidade do Ar e do Relatório Municipal de Informações sobre a Qualidade do Ar na capital maranhense.

Trata-se do Projeto de Lei nº 161/24, de autoria do vereador Marlon Botão (PSB), que entrou em tramitação no dia 28 de agosto. A proposição passa pelas comissões de Justiça, Meio Ambiente e Orçamento onde aguarda parecer.

O que diz a Política Municipal de Qualidade do Ar?

O PL dispõe sobre princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão da qualidade do ar no território municipal. A legislação pode afetar pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela emissão de poluentes atmosféricos.

O texto preconiza o desenvolvimento sustentável com fim de assegurar o bem-estar e a qualidade ambiental para as presentes e futuras gerações. Para isso, o Plano deve considerar o diagnóstico da qualidade do ar e o seu prognóstico para a liberação ou restrição de atividades ou empreendimentos que emitam poluentes atmosféricos.

É de responsabilidade da Prefeitura, por meio dos órgãos competentes, definir diretrizes e linhas de financiamento, dentre outras coisas, para capacitação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico de produtos ou processos com menores impactos à saúde e à qualidade ambiental.

Cenário Nacional

No dia 3 de maio de 2024 foi publicada a Lei Federal nº 14.850, que institui a Política Nacional da Qualidade do Ar e o Índice de Qualidade do Ar (IQAr) — indicador que relaciona o impacto das concentrações dos poluentes na saúde. O IQAr deve integrar o Sistema Nacional de Gestão da Qualidade do Ar (MonitoAr) que serve para informe da população.

“O presente Projeto de Lei já se adapta à Política Nacional, estabelecendo uma Política para o Município de São Luís em conformidade com a legislação federal, estabelecendo os instrumentos que garantam o controle e o monitoramento da qualidade do ar, bem como a ampla divulgação à população”, traz a justificativa do projeto.

Page 12 of 15

Desenvolvido em WordPress & Tema por WeZ | Agência Digital