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Felipe Camarão veta projeto que permite que pais proíbam filhos de participarem de atividades pedagógicas de gênero, nas escolas

O governador em exercício, Felipe Camarão, vetou nesta terça-feira (9) o Projeto de Lei Ordinária nº 441/2023, que objetivava assegurar aos pais e responsáveis o direito de vedarem a participação de seus filhos em atividades pedagógicas de gênero no âmbito das escolas do Estado do Maranhão. O projeto, de autoria da deputada Mical Damasceno, previa ainda a aplicação de penalidades às instituições de ensino que descumprissem os termos da lei.

Conforme embasado no texto do veto, o Supremo Tribunal Federal já havia declarado inconstitucional uma lei similar do Estado de Alagoas, que instituía no sistema educacional o programa Escola Livre. A jurisprudência do STF é firme no sentido de reconhecer a inconstitucionalidade de leis que proíbam o tratamento de gênero e educação sexual no ensino, consolidando a decisão de que legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional é competência da União, conforme dispõe o artigo 22, inciso XXIV, da Constituição.

“Legislar sobre as diretrizes e bases da educação nacional é competência da União, conforme dispõe o artigo 22, inciso XXIV, da nossa Constituição. E é nosso dever, enquanto Estado, assegurar um ensino plural, que prepare os indivíduos para a vida em sociedade, sem violação à liberdade de ensinar e de aprender”, destacou o governador em exercício, Felipe Camarão, em trecho da mensagem enviada à presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Iracema Vale, explanando o motivo do veto. “Por essas razões, oponho veto total ao Projeto de Lei visto que não foram atendidas as disposições do artigo 22 e do artigo 206, ambos da Constituição Federal”, complementou a mensagem.

Por meio de parecer técnico, a Supervisão de Participação Social da Secretaria de Estado a Educação (Seduc) já havia se manifestado acerca do PL, destacando que a proposta afrontava os preceitos constitucionais, censurava atividades culturais, a laicidade do Estado e o pluralismo de ideias. “Concluímos que não compete aos Estados e Municípios legislarem sobre assuntos educacionais, que somente a esfera federal possui a prerrogativa de orientações dos conteúdos trabalhados em sala de aula”, destaca trecho do parecer técnico emitido pela Secretaria. Em caso de descumprimento, o PL propunha que as escolas estariam sujeitas a pagamento de multa entre R$ 1.000,00 a R$ 10.000,00 por aluno participante, suspensão temporária de suas atividades e até cassação da autorização de funcionamento.

Deputada Mical reage a pedido de cassação protocolado por advogado

A deputada estadual Mical Damasceno (PSD) reagiu neste domingo, 15, ao pedido de cassação do seu mandato protocolado na Assembleia Legislativa pelo advogado Thiago Viana, na semana passada. Ele pede que a parlamentar perca o mandato por suposto apoio aos atos terroristas ocorridos em Brasília (DF) no último domingo, 8.

Em nota, Damasceno disse que a ação não prosperará porque se trata de “aventura jurídica promocional, pois todos sabem do meu posicionamento enquanto cristã, sou totalmente contra atos de vandalismo que contrariam a Constituição e às leis do nosso País. Nosso mandato continuará sendo pra Glória de Deus em favor do povo do Maranhão. A Deus seja a Glória!”, declarou.

Uma petição pública compartilhada nas redes sociais também pede a cassação de Damasceno. Para o advogado, ao apoiar as ações, a deputada teve prática incompatível com o exercício do mandato parlamentar previstos no Regimento Interno da Assembleia e na Resolução Legislativa n° 448/2004 (Código de Ética e Decoro Parlamentar), além da Constituição Federal e Constituição Estadual.

Nas redes sociais, as opiniões de dividem. Há quem reforce a punição para a parlamentar, por entender que ela apoiou as manifestações antidemocráticas e outros dizem que se trata de uma ditadura, que tenta calar as opiniões contrárias. Com informações do Blog do Gilberto Leda.

Deputada Mical denuncia atos de perseguição religiosa em comunidade de Anajatuba

A deputada Mical Damasceno (PSD) denunciou, na sessão plenária desta terça-feira (29), atos de perseguição religiosa contra evangélicos no Maranhão. Segundo a parlamentar, desta vez, a ação criminosa aconteceu na comunidade quilombola Queluz, no município de Anajatuba.

Mical relatou que um homem entrou armado com um facão, durante um culto na igreja local, e atacou os fiéis. Segundo ela, uma senhora teve a mão ferida ao tentar se defender dos golpes do agressor. A deputada contou que o motivo da agressão teria sido para impedir que uma igreja de alvenaria fosse construída ali, no lugar da de barro e telha de amianto.

A parlamentar relembrou outros casos de perseguição religiosa, que ela denunciou na tribuna da Casa, como o que ocorreu no povoado Curral dos Crentes, quando evangélicos foram impedidos de realizar trabalhos de evangelização naquela localidade.

“Também tivemos a prisão de um pastor efetivada por uma juíza em pleno período eleitoral, no município de Coroatá.  Em São Luís, também um homem conhecido por João Curador atacou um grupo de irmãos, ateando neles um produto inflamável. Houve ainda o caso da fake News contra um pastor que teria interrompido um culto de matriz africana”, relatou Mical.

Impasse

A deputada disse, ainda, que esteve na comunidade Queluz, onde ocorreu o ataque, para tentar resolver o impasse e conhecer de perto a situação. Ela tentou uma reunião com os moradores da comunidade que não aceitam a construção da nova igreja.

Mical Damasceno afirmou que os moradores se recusaram a dialogar e os gritos e xingamentos reafirmaram que não iriam permitir a construção da igreja. “Nós tentamos conversar com eles, mas não teve acordo. Eles gritaram comigo, proferiram palavrões e agrediram o pastor com palavras de baixo calão. Não querem que a gente construa a igreja no povoado Queluz. E essa é a minha tristeza”, frisou.

Diante do impasse e das ameaças, a deputada disse que irá tomar as providencias legais para garantir a construção do templo e a segurança dos fiéis que se congregam naquela igreja.

Deputados debatem lei que obriga fixação de placas proibindo discriminação em estabelecimentos

Na sessão plenária desta terça-feira (11), a deputada Mical Damasceno (PSD) e os deputados Adelmo Soares (PSB), Wellington do Curso (PSC) e Yglésio Moysés (PSB) discutiram a Lei 11.827/2022, que estabelece a obrigatoriedade de fixação de placas informativas proibindo a discriminação em razão de orientação sexual ou identidade de gênero.

Mical Damasceno (PSD) defendeu a revogação da lei. “Ela fere os princípios cristãos e é maléfica às famílias. Chamo a atenção dos colegas deputados e deputadas para que possamos derrubá-la”, disse Mical, que na segunda-feira (10) protocolou, junto à Mesa Diretora, um PL propondo a revogação da norma.

Adelmo Soares (PSB), autor do PL 539/2022, que originou a Lei 11.827/2022,  esclareceu que o texto normativo trata tão somente da fixação de uma placa de 50 centímetros quadrados.

“Eu só quero que tratemos a lei como deve ser tratada. Estão misturando as coisas com o período eleitoral. O texto não cita banheiro em nenhum momento. E discriminação, por si só, já é crime. É como, por exemplo, a lei proibindo venda de bebida alcoólica para menores de 18 anos. Todo mundo sabe que não pode, mas a placa está lá, para frisar”, esclareceu o deputado.

Wellington do Curso (PSC) também se manifestou sobre a lei durante a sessão. Ele afirmou ser a favor dos direitos humanos, mas disse entender que a norma em questão deixou brecha.

“Por isso, apresentei uma proposição que altera essa lei, pois nosso objetivo é garantir direitos iguais a todos. Proponho um dispositivo que trata da ausência de banheiro multigênero, ou seja, não direcionando a um público específico. Dessa maneira, não caracterizaria discriminação em razão de orientação sexual ou identidade de gênero. Portanto, vedando a instalação e adequação de banheiros, vestiários e assemelhados à modalidade unissex nos espaços públicos, estabelecimentos comerciais e demais ambientes de trabalho”, esclareceu Wellington.

Yglésio Moysés  (PSB) disse que o Parlamento Estadual deve se ater à discussão de questões importantes para o Maranhão e não a uma lei que determina ou não a existência de banheiro. “O que devemos é tratar de questões mais importantes, como a situação da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH) que, ontem, fez o pagamento dos salários atrasados aos servidores”, frisou.

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