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Ministério Público investiga possível crime de xenofobia em rede social de escola particular de São Luís

A Corregedoria Geral do Ministério Público do Maranhão encaminhou, no último dia 8, um ofício ao diretor das Promotorias de Justiça da Capital, Esdras Liberalino Soares Júnior, no qual requer a investigação de suposta prática de xenofobia em uma rede social após o primeiro turno das eleições, realizado no último dia 2.

O documento, assinado pela corregedora-geral do MPMA, procuradora de justiça Themis Maria Pacheco de Carvalho, requer a investigação de uma postagem feita pelo Colégio São Marcos, de São Luís, com “forte conotação xenofóbica, indo de encontro a toda uma ideologia que deve nortear um estabelecimento de ensino”.

O ofício, que tem o caráter de Notícia de Fato, foi distribuído para a 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Criminal de São Luís, que tem como titular o promotor de justiça Orfileno Bezerra Neto.

A corregedora-geral do MPMA observa que o crime de “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional” tem pena de um a três anos, além de multa. Se os crimes são cometidos por meio de comunicação social ou publicação de qualquer natureza, a pena é de dois a cinco anos e multa.

Colégio de São Luís faz postagem xenofóbica em rede social

Na postagem no perfil da escola, a região nordeste aparece destacada no mapa do Brasil com a indicação de “Cuba do Sul” – fazendo referência aos votos recebidos pelo candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no último domingo (2). O colégio São Marcos fica no bairro de mesmo nome, região nobre de São Luís.

A postagem foi apagada pelo colégio, que em seguida fez uma.outra publicação, dizendo que o administrador da conta do Instagram se confundiu e, ao invés de postar no perfil pessoal, fez no da escola.

O colégio São Marcos pediu desculpas, disse que a opinião de seus colaboradores não refletem as posições do colegio. Mesmo assim, a escola foi notificada pelo Procon, por publicidade abusiva. O colégio tem agora dez dias para se manifestar junto ao Procon.

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