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Categoria: economi

Dia dos Pais aponta para recuperação das vendas

Fecomércio projeta que vendas podem ter crescimento de até 31,1% em São Luís, quando comparado com 2020.

A data comemorativa do Dia dos Pais é considerada o quarto melhor momento do ano para as vendas sazonais do comércio varejista, ficando atrás do período natalino, Dia das Mães e das Crianças. Para a comemoração deste ano, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) aponta que há um crescimento de 31,1% nas intenções de consumo das famílias de São Luís na comparação anual, de acordo com os últimos dados do Índice de Confiança das Famílias (ICF) divulgados em julho pela Fecomércio.

No ano passado, o comércio local vivenciava o momento de adaptação aos protocolos sanitários e o início da flexibilização das medidas restritivas quanto ao funcionamento das atividades econômicas, o que ainda afetava fortemente o nível de otimismo dos consumidores. Em julho de 2020, o índice de confiança das famílias de São Luís marcava 47,8 pontos, o mais baixo nível da série histórica de levantamentos iniciados pela Fecomércio em 2010. Hoje, esse índice é de 62,7 pontos, o maior patamar desde maio do ano passado.

O aumento progressivo da confiança das famílias ludovicenses no consumo é justificado pela desaceleração da pandemia após a intensificação da vacinação na capital maranhense, o que possibilitou a eliminação das restrições ao horário de funcionamento do comércio impostas durante o pico da segunda onda da Covid-19, restabelecendo o fluxo de consumidores nos principais polos de varejo da cidade, especialmente nos shoppings e na Rua Grande.

Além disso, o processo de adaptação do varejo para ampliar o atendimento on-line, seja por meio de site, aplicativos ou redes sociais, também vem contribuindo para essa retomada do consumo. Segundo levantamento da Receita Federal, o volume mensal de vendas no varejo eletrônico cresceu, em média, 47% nos cinco primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado no Brasil.

Produtos

Tradicionalmente, as pesquisas de consumo realizadas pela Fecomércio para o Dia dos Pais demonstram que a preferência dos consumidores nesse período é constituída pelo tripé: artigos de vestuário, calçados e itens de perfumaria. Para este ano, a projeção segue na mesma linha e, mesmo apresentando dificuldades na recuperação dos níveis pré-pandemia, esses setores deverão movimentar 40% do faturamento total com a data.

Os resultados serão importantes para impulsionar a retomada desses segmentos e a preparação para o período de fim de ano, momento de maior geração de empregos e aquecimento da economia no varejo. No acumulado deste ano em São Luís, os referidos setores ainda apresentam fraca recuperação do mercado de trabalho. Os de vestuário e calçados acumulam saldo negativo de -305 vagas eliminadas e o setor de perfumaria e cosméticos criou apenas 52 postos com carteira assinada, no primeiro semestre.

Nessa perspectiva de recuperação econômica, o Dia dos Pais será a primeira data comemorativa do ano sem restrições de horário para o funcionamento do comércio. No Dia das Mães, mesmo com as medidas restritivas, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, o mês de maio fechou com um crescimento de 23,6% do volume de vendas do comércio varejista maranhense, em relação a maio de 2020. Um estudo da Fecomércio em relação ao nível de confiança dos empresários do comércio de São Luís, mostra que os empreendedores vivem, neste momento, o maior nível de otimismo desde as vendas natalinas do ano passado.

Blog Noticiar – por Olavo Sampaio

Guedes defende pagamento de imposto por mais ricos

Guedes defende pagamento de imposto por mais ricos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu hoje (7) o pagamento de imposto pelos mais ricos. Em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, ele reiterou o apoio à tributação dos dividendos (parcela do lucro das empresas distribuídas aos acionistas e sócios) em 20% e disse que a segunda fase da proposta de reforma tributária redistribui o peso dos impostos sobre a sociedade.

“Se reinvestir [o lucro], se [o lucro] ficar na empresa, o imposto deve ser baixo. Agora, se tirou para usufruto pessoal [sob a forma de dividendos], que é natural, não tem problema nenhum ser rico. Não pode ter vergonha de ser rico, tem que ter vergonha de não pagar imposto”, declarou Guedes.

O ministro admitiu que a equipe econômica pode mudar a proposta para acelerar a redução de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) em troca da tributação sobre os dividendos. O corte, que seria de 5 pontos percentuais (2,5 pontos em 2022 e 2,5 pontos em 2023), poderia ser reduzido em até 10 pontos percentuais no próximo ano, desde que haja medidas complementares que mantenham a arrecadação do governo.

“Ia reduzir 2,5 pontos [percentuais]? Reduz 5 [pontos]. Ainda está pesado? Reduz 10 [pontos]. Ainda está pesando? Reduz 15 [pontos]. Essa é a pista que nós estamos seguindo, e temos certeza que estamos no caminho certo, tributando os mais ricos com os dividendos, e desonerando os assalariados, principalmente os mais frágeis, lá embaixo”, declarou.

Atualmente, as empresas pagam 15% de IRPJ para todo lucro até R$ 20 mil por mês e um adicional de 10 pontos percentuais para todo lucro que passar esse limite, totalizando 25%. Além disso, pagam 9% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), chegando a uma tributação de 34% no total.

Segundo o ministro, a proposta de reforma tributária reduz a carga tributária para as empresas e os assalariados. Ele acrescentou que a tributação de dividendos e a retirada de alguns subsídios permitirão a diminuição de impostos para pessoas físicas e empresas.

“O Brasil é um país de baixa renda. Não adianta você jogar os impostos em cima de 30 milhões de brasileiros com renda relativamente baixa quando, do outro lado, 20 mil proprietários de capital receberam R$ 400 bilhões de dividendos e tiveram isenção de R$ 50 bilhões ou R$ 60 bilhões”, justificou Guedes.

Declaração simplificada

Guedes também admitiu revisar o limite de renda para a declaração simplificada das pessoas físicas. A proposta enviada ao Congresso no fim de junho restringe a utilização do mecanismo a pessoas que ganhem até R$ 40 mil por ano. Na avaliação do ministro, atualmente ocorrem abusos por parte de pessoas com renda mais alta.

“Se você é uma pessoa que recebe um salário um pouco mais alto, mostre pelo menos os recibos. O que estava acontecendo é o seguinte: por simplificação, muita gente estava se beneficiando de um estímulo para pagamentos por problemas de saúde que o sujeito não teve”, afirmou.

Guedes disse estar empenhado em corrigir excessos e aparar arestas da proposta enviada ao Congresso. Segundo ele, a equipe econômica e a Receita Federal têm se reunido com frequência com o deputado Celso Sabino (PSDB-PA), relator do texto na Câmara.

Blog Noticiar – por Olavo Sampaio

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