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MPF firma acordo com o município de Maranhãozinho (MA) para devolução de recursos do Fundeb

A Justiça Federal homologou acordo para devolução de recursos federais recebidos de forma indevida pelo município de Maranhãozinho (MA), destinados à Educação de Jovens e Adultos (EJA). O acordo foi firmado entre Ministério Público Federal (MPF), o município, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fnde) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A homologação do acordo pela Justiça encerra a ação civil pública movida pelo MPF contra o município, na qual foi constatada a inserção de informações falsas no sistema Educacenso, utilizado no Censo Escolar. Foram informados números de matrículas muito superiores à quantidade de alunos na modalidade EJA, prática que resultou no recebimento indevido de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) pelo município.

Uma nota técnica da Controladoria-Geral da União (CGU), incluída na ação do MPF, apontou que, enquanto o município declarou ter 2.632 alunos matriculados no EJA em 2023, o número real de estudantes era de apenas 659, conforme fiscalização do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA) no local e análises de dados do Censo Escolar. O MPF ressaltou que o documento da CGU apontou diversas irregularidades, como a inclusão de pessoas já falecidas e alunos que residiam em outros municípios e estados.

Ao final da apuração, a CGU estimou que a faixa de matrículas questionáveis poderia variar de 289 a 2599 alunos, correspondentes a valores entre R$ 1,6 e R$ 6,7 milhões. A estimativa dos valores do Fundeb a serem repassados anualmente aos municípios é calculada pelo Fnde a partir do número de matrículas registradas no Censo Escolar da Educação Básica.

Na sentença de homologação, a 3ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Maranhão reconheceu a validade do acordo, no qual o município de Maranhãozinho concordou com a exclusão de 355 alunos da EJA no Censo Escolar de 2023, bem como a devolução de R$ 1,9 milhão aos cofres públicos. Além disso, os dados das matrículas devem ser corrigidos pelo município no sistema eletrônico Educacenso, que será aberto pelo Inep para a realização do procedimento, e o Fnde fará o recálculo das novas estimativas do Fundeb para o referido ano.

Operação Barão Vermelho: facção milionária é alvo no Maranhão, Piauí e Paraíba com bloqueio de R$ 197 milhões

Operação Barão Vermelho bloqueia R$ 197 milhões e prende suspeitos em três estados do Nordeste.

Operação Barão Vermelho bloqueia R$ 197 milhões e prende suspeitos em três estados do Nordeste.

O Ministério Público do Maranhão (MP-MA), por meio do Gaeco, deflagrou a terceira fase da Operação Barão Vermelho e escancarou um esquema criminoso milionário que atuava em três estados do Nordeste: Maranhão, Piauí e Paraíba.

A ação aconteceu logo nas primeiras horas da manhã e movimentou um verdadeiro exército policial. Foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, quatro prisões preventivas e três interdições de empresas. Entre os alvos, duas companhias de grande porte em Teresina, que segundo a investigação funcionavam como fachada para lavagem de dinheiro.

Mas o dado que mais chama atenção é o bloqueio judicial de R$ 197,1 milhões. Imóveis, veículos de luxo, embarcações, aeronaves e contas bancárias foram congelados. Uma fortuna que mostra a força financeira dessa facção, muito além do estereótipo do tráfico em vielas de comunidades. Estamos falando de uma máfia organizada, com braços empresariais e conexões políticas.

A operação mobilizou 190 agentes públicos de diferentes estados. Estiveram lado a lado integrantes do Gaeco-MA, Gaeco-PI e Gaeco-PB, além das Polícias Militares e Civis do Maranhão, Piauí e Paraíba, com apoio técnico do Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim-MA). Uma verdadeira força-tarefa para enfrentar um esquema criminoso que já vinha sendo monitorado desde 2023, quando a primeira fase da operação foi deflagrada.

Segundo os investigadores, a facção movimentava milhões com um esquema de lavagem de capitais sofisticado, envolvendo pessoas físicas e jurídicas em transferências vultosas e saques bancários de valores elevados, que despertaram a atenção das autoridades. E não era apenas o tráfico de drogas que sustentava o grupo: havia indícios claros de envolvimento com falsificação de documentos de veículos, receptação de cargas roubadas ou desviadas, comércio de ouro de origem ilícita e até agiotagem.

A pergunta que ecoa é: como uma facção com tamanha estrutura conseguiu crescer tanto sem chamar a atenção antes? A resposta pode ser desconfortável. O crime organizado no Brasil não se limita mais às favelas e periferias. Ele se profissionalizou, se infiltrou em empresas, usa laranjas, contadores e advogados de renome. Atua como qualquer corporação legal, mas com o detalhe de que seus negócios são financiados por sangue, drogas e corrupção.

A Operação Barão Vermelho é, sem dúvida, um golpe duro contra essa estrutura criminosa. O bloqueio bilionário e as prisões mostram que o Estado ainda tem ferramentas para reagir. Mas também deixa claro a dimensão do problema: se em apenas uma operação se descobre quase R$ 200 milhões em movimentações suspeitas, o que ainda não foi revelado pode ser ainda maior.

O Nordeste brasileiro, e em especial estados como Maranhão e Piauí, vive um paradoxo: de um lado, economias em desenvolvimento e crescimento urbano; de outro, facções que se aproveitam das brechas para se instalar e operar como verdadeiras empresas do crime. A sociedade paga a conta, seja pela violência nas ruas, seja pela corrupção que drena recursos públicos.

Resta saber se essa operação será apenas mais um capítulo no noticiário ou se representará, de fato, o início de uma ofensiva duradoura contra o crime organizado no Nordeste. Uma coisa é certa: o bloqueio de R$ 197 milhões é um recado claro de que o poder econômico da facção não será mais ignorado. Agora, cabe às autoridades garantir que essa estrutura não se reerguerá facilmente — e que os responsáveis pagarão, na Justiça, por cada centavo sujo movimentado.

União Brasil e PP rompem com Lula, Fufuca na corda bamba e “bruxo” agita Assembleia do Maranhão

A política nacional e maranhense voltou a ferver nos últimos dias. O Centrão, representado por União Brasil e Progressistas (PP), anunciou o rompimento com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão impacta diretamente o ministro do Esporte, o maranhense André Fufuca, que pode deixar o cargo nos próximos dias.

Enquanto Brasília se movimenta, o Maranhão também pegou fogo. Na Assembleia Legislativa, o deputado Adelmo Soares chamou o ex-presidente da Casa, Otelino Neto, de “bruxo” em meio a um embate acalorado. A fala provocou reação imediata e aumentou a temperatura entre governistas e oposicionistas, em mais um capítulo da disputa entre brandonistas e dinistas.

Além disso, a direita brasileira se vê dividida com vários nomes cotados para 2026 — de Tarcísio de Freitas a Romeu Zema, passando por Ratinho Jr. e Eduardo Leite —, enquanto a esquerda segue unida em torno de Lula. O cenário indica que o próximo pleito presidencial será marcado por racha interno na oposição e um provável segundo turno polarizado.

📺 Assista ao vídeo completo do Tá Na Hora Maranhão e entenda os bastidores que ligam Brasília ao Maranhão:

O que está em jogo para o Maranhão

  • André Fufuca: ministro do Esporte pode perder espaço no governo após o rompimento do PP.
  • Assembleia em chamas: a fala de Adelmo Soares contra Othelino Neto mostra como a disputa estadual já se mistura à nacional.
  • Eleições 2026: Felipe Camarão, Carlos Brandão e Orleans Brandão são peças centrais no tabuleiro maranhense.

Mulher que hostilizou ministro Flávio Dino em voo é indiciada pela Polícia Federal

Maria Shirlei Piontkievicz, servidora do Paraná, foi indiciada pela PF após hostilizar o ministro do STF, Flávio Dino, dentro de um avião em São Luís.

A passageira que hostilizou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, dentro de um avião em São Luís, foi identificada como Maria Shirlei Piontkievicz, de 57 anos, funcionária da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná. A confusão aconteceu na tarde de segunda-feira (1), pouco antes da decolagem do voo para Brasília.

De acordo com a Polícia Federal, Maria Shirlei foi indiciada pelos crimes de injúria qualificada e incitação ao crime. Testemunhas relataram que a mulher gritou frases ofensivas ao ministro, tentou agredi-lo e chegou a dizer que “não respeita esse tipo de gente” e que o “avião estava contaminado”. Ela também questionou em voz alta: “onde o comunismo deu certo?”.

Flávio Dino, que já foi governador do Maranhão pelo PCdoB, manteve-se em silêncio durante toda a confusão. Segundo sua assessoria, a passageira gritava repetidamente que “o Dino está aqui”, em uma tentativa de incitar uma espécie de rebelião a bordo.

A situação foi contida pela chefe de cabine, e um agente da Polícia Federal lotado no aeroporto de São Luís entrou na aeronave para intervir. Em seguida, o voo decolou normalmente às 16h40, com destino a Brasília. Ao chegar à capital federal, Maria Shirlei foi conduzida por agentes da PF para prestar depoimento.

Em nota, a assessoria de Flávio Dino afirmou que a atitude da passageira foi “inaceitável”, ressaltando que agressões físicas e verbais dentro de um avião colocam em risco não apenas a autoridade presente, mas também os demais passageiros e a própria segurança da operação aérea.

Maria Shirlei é servidora pública desde 2008, com cargo de promotora de saúde profissional no Hospital do Trabalhador, em Curitiba (PR), onde recebe salário mensal de aproximadamente R$ 14,8 mil. No momento da confusão, ela participava de uma excursão turística ao Maranhão.

Conhecida por suas publicações de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Maria Shirlei também costuma usar as redes sociais para criticar o presidente Lula, o PT e atacar decisões do STF. As investigações da Polícia Federal seguem em andamento, e ela poderá responder criminalmente pelos atos cometidos a bordo.

Operação Curimã II: PF e IBAMA combatem garimpo ilegal em Centro Novo do Maranhão

Máquinas e equipamentos apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação Curimã II no garimpo do Cipoeiro, em Centro Novo do Maranhão

A Polícia Federal deflagrou, nesta semana, a Operação Curimã II, que teve como alvo o garimpo do Cipoeiro, localizado na zona rural de Centro Novo do Maranhão. A ação contou com o apoio do IBAMA e de forças táticas especializadas, com o objetivo de encerrar atividades de extração ilegal de ouro e crimes ambientais na região.

Durante a operação, foram apreendidas e inutilizadas máquinas e motores utilizados no garimpo clandestino. Entre os equipamentos, estavam duas pás-carregadeiras, sete PCs, um trator e dois caminhões caçamba, além de diversos motores que serviam para movimentar a estrutura criminosa.

A Polícia Federal destacou que os responsáveis pelo garimpo atuavam em área de preservação, causando impactos ambientais severos, como destruição da vegetação, poluição de rios e contaminação do solo. Os equipamentos inutilizados e apreendidos impedem a continuidade da atividade ilegal.

Além das ações ostensivas no garimpo, a operação cumpriu três mandados de busca e apreensão em residências de investigados. Os alvos são suspeitos de envolvimento em crimes de extração ilegal de minerais da União e de crimes ambientais previstos em lei.

A operação mobilizou equipes do Comando de Operações Aéreas (CAOP), do Grupo de Bombas e Explosivos (GBE), do Grupo de Pronta Intervenção (GPI), além do Centro Tático Aéreo (CTA) e do IBAMA, reforçando a dimensão da ação integrada.

De acordo com a PF, os elementos coletados no local configuram crimes previstos no artigo 2º da Lei 8.176/1991, que trata da usurpação de bens da União, e no artigo 55 da Lei 9.605/1998, que tipifica crimes ambientais relacionados à lavra sem autorização legal.

O garimpo do Cipoeiro já era alvo de monitoramento há meses, com o uso de imagens de satélite e laudos periciais que comprovaram a destruição ambiental. Os investigadores também devem ouvir depoimentos de suspeitos e testemunhas para aprofundar a apuração.

Segundo a Polícia Federal, a extração ilegal de ouro não apenas lesa os cofres da União, como também alimenta redes criminosas que lucram com a degradação do meio ambiente e a exploração descontrolada dos recursos naturais.

As operações de combate ao garimpo ilegal são consideradas estratégicas para reduzir a atuação de grupos criminosos que atuam no interior do Maranhão e de outros estados da Amazônia Legal.

Com a Operação Curimã II, a expectativa das autoridades é de frear os danos ambientais e responsabilizar criminalmente os envolvidos. As investigações seguem em andamento e novas fases não estão descartadas.

Faltam 30 dias para a Expo Indústria Maranhão 2025: expectativa é de recorde em negócios e público

A contagem regressiva começou. Em exatamente um mês, de 2 a 5 de outubro, São Luís receberá a 6ª edição da Expo Indústria Maranhão, a maior feira multissetorial do Norte e Nordeste. O evento será realizado no Multicenter Negócios e Eventos, com o tema “Inteligência Artificial: Uma Nova Revolução”, e deve reunir milhares de visitantes em torno de negócios, tecnologia, cultura e inovação.

Organizada pelo Sistema FIEMA (SESI, SENAI, IEL, CIEMA e Federação das Indústrias), com correalização do Sebrae-MA e apoio do Governo do Estado, a feira completa 10 anos em 2025. A expectativa é movimentar cerca de R$ 320 milhões em negócios, reunir mais de 250 expositores e atrair mais de 50 mil visitantes.

Durante o lançamento, o presidente da FIEMA, Edilson Baldez, destacou que a Expo Indústria se consolidou como uma vitrine para o setor produtivo maranhense. Desde 2015, o evento integra inovação, negócios e cultura, aproximando empresas locais de tendências globais e criando oportunidades de investimentos e parcerias estratégicas.

A programação será estruturada em três eixos principais: Transformação Digital, Sustentabilidade e Competitividade, e Futuro do Trabalho. Entre os destaques estão palestras nacionais e internacionais, rodadas de negócios, workshops técnicos e espaços de inovação, além de ações que devem capacitar mais de 4 mil profissionais durante os quatro dias.

Dois nomes já confirmados são o de Ricardo Wagner, diretor do Microsoft Copilot, que falará sobre inclusão e transformação digital nas empresas, e o economista Samy Dana, que analisará os efeitos da inteligência artificial na economia industrial. A presença desses especialistas reforça a proposta de discutir o impacto das novas tecnologias no setor produtivo.

A expectativa também se volta para a participação empresarial, que inclui marcas já tradicionais na feira, como a Paladino Chocolate, primeira fábrica de chocolates do Maranhão, e o Grupo Só Saúde, com forte atuação em transporte e saúde ocupacional. Ambas reforçam a Expo Indústria como espaço de networking, crescimento e posicionamento de mercado.

Além do conteúdo técnico, o público terá acesso a experiências culturais e de entretenimento. A programação inclui o Expo Show 2025, com apresentações de Thiago Iorc, Maurício Manieri e Gato Galáctico, além do Maranhão Fashion Week e do Expo Lounge, espaço que une gastronomia, música e economia criativa.

Na última edição, em 2023, a Expo Indústria registrou mais de 56 mil visitantes, 240 expositores e R$ 301 milhões em negócios prospectados. Este ano, a expectativa é superar esses números, reafirmando o evento como o principal encontro industrial e multissetorial do Maranhão e um dos mais relevantes do país.

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