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CBF reage à intervenção na Federação Maranhense de Futebol e ameaça excluir clubes de competições nacionais

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) protocolou nesta terça-feira (5) um recurso contra a decisão judicial que afastou a diretoria da Federação Maranhense de Futebol (FMF) e nomeou, por 90 dias, a advogada Susan Lucena como interventora da entidade. No pedido de embargos de declaração, a CBF alega que seu interesse direto no processo foi ignorado pelo juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís.

Segundo a entidade máxima do futebol nacional, a intervenção representa uma grave violação ao princípio constitucional da autonomia das entidades esportivas, previsto no artigo 217 da Constituição Federal, e também contraria normas estabelecidas pela Lei Geral do Esporte, além de regulamentos internacionais da FIFA e da CONMEBOL.

A CBF afirma que a nomeação de Susan Lucena configura ingerência externa no sistema esportivo, já que ela não integra a estrutura tradicional de governança do futebol. Como alternativa, a confederação propõe o nome de Milton Dantas de Farias Júnior — atual presidente da Federação Sergipana de Futebol — como interventor legítimo, com base em sua experiência e alinhamento com o modelo institucional do esporte.

O documento alerta para as possíveis consequências caso a decisão do juiz seja mantida. A CBF sinaliza que poderá excluir os clubes maranhenses das competições nacionais em andamento, como a Série D do Campeonato Brasileiro, além de suspender todos os repasses financeiros destinados às equipes e à própria FMF.

Agora, caberá ao juiz Douglas de Melo Martins reavaliar o caso diante dos embargos apresentados. A decisão poderá confirmar a intervenção determinada ou acatar os argumentos da CBF, alterando o rumo da gestão do futebol maranhense nos próximos meses.

Assembleia reage à decisão de Flávio Dino no STF e defende autonomia na escolha de conselheiros do TCE

A Assembleia Legislativa do Maranhão se manifestou oficialmente nesta quarta-feira (6) após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, rejeitar o pedido de uma advogada que tentava atuar como amicus curiae na ação que trata da composição do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA). A resposta, assinada pela presidente da Alema, deputada Iracema Vale (PSB), foi direta: a atuação da advogada não preenche os requisitos legais exigidos e ultrapassou os limites éticos do processo.

A Procuradoria da Assembleia avalia entrar com recurso contra a decisão, alegando que houve tentativa de politizar o Judiciário por meio de uma ação sem base jurídica sólida. A nota enviada à imprensa classifica a iniciativa como litigância de má-fé e abuso do direito de petição, em uma tentativa de desestabilizar o processo legítimo de nomeação dos conselheiros do TCE.

Além de rebater os argumentos apresentados no pedido, a Alema destacou que a suposta denúncia apresentada ao STF pela advogada — de que haveria irregularidades no processo — se resume ao envio de uma “notícia de fato”, procedimento padrão, sem qualquer análise de mérito por parte do Supremo. A própria nota oficial reforça que o STF sequer é o foro adequado para investigar esse tipo de questão, e que transformá-lo em palco para disputas políticas compromete o andamento institucional.

O posicionamento da Assembleia também chama atenção para os impactos práticos dessa disputa: o atraso na nomeação de dois conselheiros do TCE, que deveria estar funcionando com sua composição completa. A alegação é de que disputas partidárias e estratégias políticas têm prejudicado o funcionamento técnico da Corte, gerando consequências para o controle das contas públicas no Estado.

A reação da Assembleia ocorre num momento em que o ministro Flávio Dino, relator de ações envolvendo as chamadas emendas parlamentares, tem cobrado maior transparência e controle sobre os repasses feitos entre o Legislativo e o Executivo. Em março, o plenário do STF validou o plano pactuado para destravar bilhões em emendas, reforçando o papel do Judiciário como fiscal da Constituição, acima de qualquer interesse político. Dino, inclusive, tem afirmado publicamente que o STF “não atua por interesse do governo”, numa tentativa de blindar a Corte de disputas narrativas.

No caso do Maranhão, porém, a nota da Assembleia Legislativa evidencia um incômodo crescente com o que considera ingerência em prerrogativas institucionais. Ao se posicionar, o Legislativo estadual busca reafirmar sua autonomia frente ao Supremo e garantir que o processo de escolha dos novos conselheiros do TCE siga seu rito legal, sem interferências externas ou tentativas de tumultuar o debate público com pautas fabricadas.

Felipe Camarão reafirma pré-candidatura ao governo do Maranhão: “Seguimos firmes e fortes com o time do Lula”

O vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), usou suas redes sociais para desmentir rumores de desistência da corrida ao Palácio dos Leões e reafirmar sua condição de pré-candidato ao governo estadual em 2026. “Seguimos firmes e fortes com o time do Lula para vencer a eleição para governo, eleger senadores e deputados que lutem pelo povo. Avante!”, declarou.

Nos últimos dias, circularam especulações de que Camarão teria recuado da disputa majoritária para apoiar Eduardo Braide (PSD) como candidato ao governo do Estado e assumir a vaga de senador na mesma chapa. O arranjo político supostamente contaria com Othelino Neto como vice na chapa de Braide.

Entretanto, Camarão seguiu em frente com sua agenda política em Brasília no dia 6 de agosto de 2025, mantendo reuniões com lideranças do partido, como as senadoras Ana Paula e Eliziane, além de Edinho Silva, presidente nacional do PT, para discutir sua candidatura ao Palácio dos Leões.

Apoio da cúpula petista

O presidente reeleito do PT no Maranhão, Francimar Melo, reforçou recentemente que o partido não abrirá mão do vice-governador como candidato ao governo. “O PT não vai abrir mão desse projeto”, afirmou, sublinhando o compromisso da legenda com a unidade e com o projeto eleitoral estadual.

Aliados próximos de Camarão apontam que ele tem sido alvo de uma forte campanha de “fake news” por seus adversários vinculados ao Palácio dos Leões. Segundo essas fontes, a tentativa seria desacreditar sua pré-candidatura antes mesmo dela se consolidar .

Prefeito de Santa Inês vira réu por desvio de R$ 55 milhões: Justiça acolhe denúncia contra Felipe dos Pneus e mais 13 investigados

O cerco da Justiça se fechou contra o prefeito de Santa Inês, Felipe dos Pneus, que agora é oficialmente réu por envolvimento em um esquema milionário de corrupção. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (4), após o Judiciário do Maranhão acolher a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual, apontando um suposto desvio de R$ 55 milhões dos cofres públicos. Ao todo, 14 pessoas foram denunciadas e responderão à ação penal, entre elas o próprio prefeito, seus familiares e aliados políticos.

As investigações são fruto da Operação Tríade, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), e revelam uma teia de fraudes em licitações, contratos superfaturados, empresas de fachada, peculato e lavagem de dinheiro. De acordo com o MP, os acusados operavam um sofisticado esquema de desvio de recursos públicos através de contratos simulados com valores inflados, beneficiando diretamente os envolvidos.

Felipe dos Pneus chegou a ser afastado do cargo em 2023, no auge das investigações, mas voltou à prefeitura antes mesmo de a denúncia ser aceita pela Justiça. Agora, com a transformação dele e dos demais investigados em réus, o processo avança para a fase de instrução, com coleta de provas, depoimentos e análise dos contratos questionados.

Além do prefeito, também se tornaram réus: Welker Carlos Rolim, Antônio Francisco Rocha de Abreu, Janete de Macedo Moreira, Talita Abreu de Almeida, Renato Serra Trinta Abreu, João Gilberto do Carmo Dias Filho, Liliane Gatinho Viana, Thais Abreu Melo Martins Costa, Lya Fernanda Costa Alves, Thalihina Rodrigues de Carvalho (irmã do prefeito), Antônio Barbosa de Carvalho (pai do prefeito), Antônio José de Magalhães Neto e Samuel Martins Costa Filho.

Segundo o Gaeco, as provas reunidas até aqui indicam um desvio sistemático de verbas públicas com movimentações financeiras suspeitas, favorecimento de aliados e uso de familiares em empresas criadas para fraudar licitações. A denúncia, protocolada em janeiro deste ano, será aprofundada durante o curso do processo na Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís.

As penas previstas para os crimes somados ultrapassam 50 anos de reclusão. A expectativa agora gira em torno dos depoimentos e do aprofundamento das provas, que podem revelar ainda mais detalhes sobre um dos maiores escândalos de corrupção recente envolvendo uma prefeitura maranhense.

Mais de mil presos serão liberados para saída temporária do Dia dos Pais na Grande Ilha

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, SEAP, recebeu da 1ª Vara de Execuções Penais da Comarca da Ilha a lista com os apenados que terão direito à saída temporária do Dia dos Pais. No ofício, constam 1017 nomes de pessoas que cumprem pena em estabelecimentos prisionais do Estado e que preenchem os requisitos previstos nos artigos 122 e 123 da Lei nº 7.210/84 (Lei de Execução Penal).

No documento, o magistrado ressalta que os beneficiados, desde que não estejam presos por outros motivos, deverão sair a partir das 09h00 do dia 6 de agosto de 2025, devendo retornar aos seus estabelecimentos prisionais até às 18h00 do dia 12 de agosto de 2025, próxima terça-feira. “Determino, ainda, que os diretores dos respectivos estabelecimentos prisionais da Comarca da Ilha de São Luís comuniquem a esta unidade judicial, até 12h do dia 19 de agosto de 2025, acerca do retorno ou não retorno dos internos, bem como sobre eventuais alterações ocorridas no período”, destacou o juiz.

Os beneficiados e beneficiadas devem cumprir várias restrições, entre as quais fornecer o endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser encontrado durante o gozo do benefício, recolhimento à residência visitada, no período noturno, bem como não poderão frequentar festas, bares e similares.

O QUE DIZ A LEI DE EXECUÇÃO PENAL

A Lei de Execução Penal, de 1984, permite que condenados em regime semiaberto obtenham autorização para saídas temporárias, sem vigilância direta, para visita à família, frequentar curso profissionalizante, de instrução de segundo grau ou superior, bem como outras atividades que favoreçam o retorno à liberdade. Para exercer esse direito, deverá o apenado apresentar bom comportamento dentro do estabelecimento penal e ter cumprido um sexto da pena, se primário, ou um quarto, se reincidente. A lei deixa claro que a saída temporária deve estar alinhada com os objetivos da pena imposta.

A saída temporária é concedida por ato motivado do juiz da execução, após ouvir o Ministério Público e a administração penitenciária. Entre outros aspectos importantes, pode-se citar que a saída temporária não pode exceder 7 dias, podendo ser renovada por até quatro vezes ao ano. O benefício pode ser revogado em caso de prática de crime doloso, falta grave, descumprimento das condições ou baixo aproveitamento em curso.

A recuperação do direito à saída temporária pode ocorrer após absolvição em processo penal, cancelamento de punição disciplinar ou comprovação de merecimento. Não terá direito à saída temporária ou a trabalho externo sem vigilância direta o condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo ou com violência ou grave ameaça contra pessoa.

Justiça afasta diretoria da FMF por suspeita de irregularidades

O juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, determinou o afastamento imediato de todos os dirigentes da Federação Maranhense de Futebol (FMF) e do Instituto Maranhense de Futebol (IMF). A decisão, proferida nesta segunda-feira (4), atende a um pedido do Ministério Público do Maranhão, que ajuizou uma Ação Civil Pública apontando uma série de irregularidades na gestão das duas entidades.

Entre as suspeitas levantadas estão falta de transparência na gestão, fraudes em assembleias, desvio de finalidade e confusão patrimonial entre FMF e IMF. Segundo o MP, o Instituto foi criado com o objetivo de driblar bloqueios judiciais contra a Federação e hoje funcionaria apenas como um “braço financeiro” da entidade, sem cumprir suas funções estatutárias.

De acordo com a decisão, a administradora provisória Susan Lucena Rodrigues foi nomeada para assumir o controle das instituições pelo prazo inicial de 90 dias. Ela terá a responsabilidade de apurar a situação financeira, regularizar a gestão e organizar novas eleições.

Além disso, o juiz suspendeu os efeitos das assembleias realizadas em 22 de janeiro de 2025, que aprovaram as contas de 2024 e uma reforma estatutária. Essas mudanças incluíam regras que dificultavam candidaturas à presidência da entidade e favoreciam a atual diretoria. O Ministério Público também apontou que os clubes filiados não tiveram acesso prévio ao texto completo da reforma, sendo apresentados apenas a um resumo em slides.

Outro ponto destacado na ação foi a queda de mais de 80% no patrimônio líquido da FMF em apenas três anos — passando de R$ 734 mil, em 2021, para R$ 116 mil, em 2024.

A decisão exige ainda a publicação online de documentos financeiros, atas e balanços dos últimos cinco anos. O pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal dos réus foi negado neste momento, mas poderá ser reavaliado no curso do processo.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) solicitou entrar no caso como parte interessada, alegando risco de sanções internacionais caso a Justiça interfira na gestão da FMF. A Justiça deu prazo de 15 dias para as partes se manifestarem sobre esse pedido.

A ação tem como réus, além das entidades, 17 dirigentes e membros de conselhos fiscais. Eles negaram irregularidades e defenderam a legalidade de seus atos, com base na autonomia das entidades esportivas. A decisão judicial ainda pode ser contestada. (Difusora News)

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