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Flávio Dino pode voltar à política? Bastidores revelam cenário que faria o ministro deixar o STF

Flávio Dino durante sessão do STF: ministro jura ter deixado a política, mas bastidores indicam que pode voltar se for chamado por Lula em 2026.

Flávio Dino durante sessão do STF: ministro jura ter deixado a política, mas bastidores indicam que pode voltar se for chamado por Lula em 2026.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino garante, com todas as letras, que abandonou de vez qualquer pretensão eleitoral ao assumir uma cadeira na mais alta Corte do país. Aos amigos, repete que trocou o palanque pela toga e que não pensa mais em disputar eleições — nem mesmo aquela que sempre foi o seu maior sonho: a Presidência da República.

Mas, nos bastidores de Brasília, a promessa de Dino tem um “porém”. Interlocutores próximos acreditam que em um cenário específico, o ex-governador do Maranhão deixaria o Supremo para voltar à arena política: se o presidente Lula, reeleito em 2026, o ungisse como seu sucessor, assim como fez com Dilma Rousseff em 2008.

“Se Lula apontar o dedo e disser ‘é ele’, Dino não pensaria duas vezes”, confidenciou um aliado ao blog.

Entre a toga e o palanque

Aos 57 anos, Flávio Dino ainda poderia permanecer quase duas décadas no STF, até atingir a idade da aposentadoria compulsória, aos 75. Porém, quem o conhece sabe: a veia política fala mais alto.

Atual presidente da Primeira Turma do Supremo, responsável por julgar a chamada trama golpista, Dino entrou no tribunal com planos interrompidos. Fontes ligadas ao ministro afirmam que ele nutria ambições maiores, mas foi “expulso da política pela própria política”.

Nos bastidores do PT, havia incômodo com o protagonismo que Dino assumiu como ministro da Justiça. Setores petistas preferiam vê-lo fora dos palanques — e Lula resolveu “blindá-lo”, nomeando-o para o STF.

Lula, Zanin e o cálculo político no Supremo

A nomeação de Flávio Dino também teve cálculo político. Depois dos desgastes causados pela Operação Lava Jato, Lula buscava ministros de confiança, com perfil jurídico sólido, mas visão política afinada com o Planalto.

Antes de Dino, o petista já havia nomeado Cristiano Zanin, seu advogado pessoal, como uma forma de gratidão pela defesa durante o período em que esteve preso — 580 dias até o STF anular os processos da Lava Jato.

Agora, o presidente se prepara para escolher o substituto de Luís Roberto Barroso, que antecipou a aposentadoria após deixar a Presidência do Supremo.

Na disputa interna por essa nova vaga, aparecem Jorge Messias (AGU), Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) e Bruno Dantas (TCU). Também são citados Vinícius Marques de Carvalho (CGU) e o desembargador Rogério Favreto.

O xadrez de 2026

Enquanto o Palácio do Planalto decide o próximo nome para o STF, aliados observam com atenção os movimentos silenciosos de Flávio Dino.

Mesmo longe dos holofotes, o ministro segue articulado nos bastidores, com trânsito entre ministros, governadores e lideranças partidárias.

Para muitos, Dino ainda é um nome pronto para 2026 — e sua saída da política pode ter sido apenas um “intervalo estratégico”.

Bolívia vive momento histórico: eleição inédita pode encerrar 20 anos de hegemonia da esquerda

Um segundo turno histórico

A Bolívia vai às urnas neste domingo (20) para um segundo turno presidencial inédito em sua história democrática. O país, que há duas décadas é governado por partidos de esquerda, enfrenta uma virada política marcada pela crise econômica mais severa dos últimos 40 anos e pelo esgotamento de seu modelo econômico.

Disputam o pleito o ex-presidente Jorge Quiroga, representante da direita liberal, e o senador Rodrigo Paz, de centro-direita — dois nomes que propõem rumos opostos, mas com um mesmo objetivo: reconstruir um país mergulhado em dificuldades fiscais e sociais.

Clima de incerteza e expectativa

Bolivianos vão às urnas em um segundo turno histórico que pode encerrar duas décadas de governos de esquerda no país.

Bolivianos vão às urnas em um segundo turno histórico que pode encerrar duas décadas de governos de esquerda no país.

Na véspera da eleição, as ruas das principais cidades bolivianas foram tomadas por dúvidas e ansiedade.
As pessoas precisam prestar mais atenção nos planos de governo antes de votar”, afirmou o açougueiro Marcos Carrasco, em entrevista ao canal Jovem Pan, refletindo o sentimento de parte da população.

Já a funcionária pública Marol Siler expressou esperança: “Que o próximo presidente se envolva com as questões reais da população e traga mudanças”.

Um país em crise

A Bolívia, com 11 milhões de habitantes, enfrenta uma inflação anual de 23%, agravada pela escassez de combustível e de dólares. O país praticamente esgotou suas reservas internacionais, resultado de uma política de subsídios e controle estatal dos preços, mantida por sucessivos governos de esquerda desde o início dos anos 2000.

A crise corroeu a base de apoio popular que sustentou líderes como Evo Morales, e agora abre espaço para um debate inédito sobre o futuro econômico do país.

As propostas dos candidatos

Jorge Quiroga, que foi presidente por 12 meses após a renúncia de Hugo Banzer, promete abrir a economia boliviana ao mundo e atrair investimentos estrangeiros.

“Vocês não precisam insultar os gringos, europeus ou chineses. Precisamos vender a eles, gerar empregos e criar um futuro”, afirmou Quiroga em discurso recente.

Ele se define como um liberal reformista, que busca romper definitivamente com o ciclo socialista.

Rodrigo Paz, senador e ex-prefeito, adota um discurso mais pragmático. Evita rótulos ideológicos e propõe o que chama de “capitalismo para todos”, redistribuindo metade do orçamento público entre os nove departamentos bolivianos.

“As pessoas querem capital. Precisamos de um modelo que permita abrir empresas, comprar um carro, ter saúde e educação”, disse Paz, cuja família tem longa trajetória política — ele é filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora.

Um novo rumo para a Bolívia

Independentemente do resultado, o segundo turno deste domingo marca o fim de uma era política. Após 20 anos de hegemonia da esquerda, o país enfrenta uma encruzilhada entre o liberalismo econômico de Quiroga e o modelo descentralizador e social de Paz.

Analistas apontam que, além da economia, o novo governo terá de lidar com pressões regionais, desafios ambientais e a reconstrução institucional de um país que tenta reencontrar seu rumo.

A Bolívia, historicamente dividida entre o altiplano andino e as regiões ricas em gás e petróleo, decide agora o caminho que seguirá nas próximas décadas — e o mundo acompanha atento.

Barroso vota pela descriminalização do aborto até 12ª semana em seu último ato no STF

Em seu último voto no STF, Luís Roberto Barroso defendeu a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.

Em seu último voto no STF, Luís Roberto Barroso defendeu a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.

O ministro Luís Roberto Barroso encerrou sua trajetória no Supremo Tribunal Federal (STF) com um voto que promete marcar a história do país. Nesta sexta-feira (17), em sua última sessão antes da aposentadoria, Barroso defendeu a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez, classificando o tema como uma questão de saúde pública e dignidade humana.

Com o posicionamento do ministro, o placar do julgamento fica 2 a 0 pela descriminalização, juntando-se ao voto da ex-ministra Rosa Weber, que já havia se manifestado a favor em setembro de 2023.

Um voto que ecoa na história

O caso é resultado de uma ação protocolada pelo PSOL em 2017, que pede que o aborto até 12 semanas deixe de ser considerado crime. O partido argumenta que a criminalização atinge desproporcionalmente mulheres negras e pobres, que recorrem a métodos clandestinos e inseguros.

Em um voto firme, porém equilibrado, Barroso afirmou que o aborto não deve ser tratado como um ato criminoso, mas sim como um problema social e sanitário.

“A criminalização do aborto pune as mulheres pobres e vulneráveis. As ricas não são presas. O Estado deve atuar para prevenir, não para punir”, afirmou o ministro.

Barroso: “Não sou favorável ao aborto, mas à liberdade e à vida segura das mulheres”

Em seu discurso de despedida, Barroso foi enfático ao dizer que não é favorável ao aborto, mas à proteção da mulher e ao respeito à autonomia individual.

“O papel do Estado é evitar o aborto — com educação sexual, acesso a contraceptivos e apoio à gestante que queira ter o filho. Mas o sistema penal não é o caminho. Ele só aumenta o sofrimento das mulheres”, declarou.

O ministro defendeu ainda que o aborto seguro e legal é um direito básico de saúde pública, citando países como Portugal, França, Espanha e Uruguai, que tratam o tema com políticas preventivas e acesso a serviços médicos adequados.

A herança de um voto e a força de um símbolo

O voto de Barroso é mais que uma decisão jurídica — é um gesto político, ético e simbólico. Ele encerra sua passagem pelo Supremo com um tema que há décadas divide o Brasil, tocando em valores morais, religiosos e de direitos humanos.

Para especialistas, o ministro lança luz sobre a desigualdade estrutural no acesso à saúde reprodutiva.

“Quando uma mulher rica aborta, é tratada em hospital particular. Quando uma pobre faz o mesmo, vai para o cemitério ou para a prisão”, disse uma jurista ao comentar o voto.

O que está em jogo no Supremo

O julgamento foi suspenso após pedido de destaque do ministro Gilmar Mendes, o que interrompeu a votação até nova data. Apesar disso, o voto de Barroso ficará registrado como um marco histórico e divisor de águas no debate sobre os direitos das mulheres no Brasil.

Atualmente, o aborto só é permitido em três situações no país:

  • Estupro,
  • Risco à vida da gestante,
  • Fetos anencéfalos.

Se prevalecer o entendimento de Barroso e Rosa Weber, o Brasil seguirá a tendência de países democráticos que tratam o aborto até 12 semanas como uma decisão pessoal da mulher, amparada por políticas públicas de saúde e informação.

Último voto, legado duradouro

Barroso se aposenta neste sábado (18), encerrando uma trajetória marcada por posições progressistas e de defesa das liberdades individuais. Entre seus marcos no STF, estão o casamento homoafetivo, a ficha limpa, o combate à tortura em presídios e o direito à eutanásia em casos extremos.

Em sua despedida, ele deixa um recado que ecoará por muito tempo:

“Não há Justiça onde o sofrimento é desigual. E não há democracia onde as mulheres não têm o direito de decidir sobre o próprio corpo.”

Por que este voto importa

O voto de Barroso reacende o debate mais sensível do país: até onde o Estado deve interferir na vida das pessoas?

Mais do que um julgamento jurídico, o que está em pauta é a autonomia feminina, o acesso à saúde e o papel da Justiça em uma sociedade desigual.
Barroso se despede do Supremo como um juiz que não fugiu da polêmica — e que preferiu marcar seu nome pela coragem, não pela omissão.

O Brasil segue dividido, mas uma coisa é certa: o último voto de Barroso não foi apenas uma decisão judicial — foi um grito pela liberdade, pela dignidade e pela responsabilidade do Estado com as mulheres.
A história, agora, é quem julgará o ministro.

Moraes autoriza Bolsonaro a realizar festa de 15 anos da filha sob vigilância

Alexandre de Moraes autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro a realizar festa de 15 anos da filha Laura neste sábado (18), sob vigilância da Polícia Penal.

Alexandre de Moraes autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro a realizar festa de 15 anos da filha Laura neste sábado (18), sob vigilância da Polícia Penal.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira (17) o ex-presidente Jair Bolsonaro a realizar uma comemoração pelos 15 anos da filha, Laura Bolsonaro, em sua residência em Brasília, onde cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto.

De acordo com a decisão, o evento poderá ocorrer neste sábado (18), das 9h às 18h, com monitoramento integral da Polícia Penal Federal, responsável pela vigilância do imóvel.

A autorização determina que todos os veículos e convidados sejam revistados e que apenas pessoas previamente cadastradas possam entrar. Entre os convidados confirmados estão amigos de Laura, familiares e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), aliada próxima da família Bolsonaro.

Festa autorizada sob vigilância e regras rígidas

A medida, segundo Moraes, respeita o direito de convivência familiar, mas mantém fiscalização constante para impedir qualquer violação das condições da prisão domiciliar.

“O acompanhamento deverá ser feito em tempo integral por agentes da Polícia Penal Federal, sem uso de equipamentos de comunicação externos e sem presença de pessoas não autorizadas”, diz o despacho.

A autorização reforça a política do STF de equilibrar garantias individuais e cumprimento rigoroso das medidas cautelares impostas a réus de alta relevância política.

Por que Bolsonaro está em prisão domiciliar

A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi imposta no âmbito do inquérito que investiga o ex-presidente e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suposta tentativa de influenciar o governo do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em ações de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do STF.

O caso, conduzido por Alexandre de Moraes, integra um conjunto de investigações sobre a trama golpista e os ataques às instituições democráticas.

Em setembro de 2025, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal condenou Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, formação de organização criminosa e incitação pública à desobediência militar.

Símbolo de tensão institucional

A decisão de Moraes é vista como um gesto controlado e simbólico. O ministro permite que Bolsonaro participe de um momento íntimo e familiar, mas sob vigilância total, reafirmando que nenhum benefício pessoal anula o cumprimento da pena.

Para analistas, a decisão também busca neutralizar críticas de que o Supremo estaria sendo excessivamente rigoroso, sem abrir brechas para novas alegações de perseguição política.

“Moraes demonstra que o STF aplica a lei com equilíbrio — reconhecendo direitos humanos básicos, mas sem relaxar o rigor das medidas impostas”, avalia um jurista ouvido pelo blog.

O impacto político da decisão

A autorização para a festa pode ser explorada por aliados do ex-presidente como um gesto de humanidade e por adversários como um possível privilégio.
Na prática, o STF sinaliza que atua dentro da legalidade, sem ceder à pressão política e mantendo o controle absoluto da situação.

A imagem de Bolsonaro recebendo familiares e amigos sob vigilância reforça um paradoxo: o homem que chegou ao topo do poder, agora vive monitorado pela Justiça que tentou confrontar.

Por que essa decisão importa

  • Institucionalmente, reafirma o poder do STF de fiscalizar medidas cautelares com equilíbrio e sem arbitrariedade.
  • Politicamente, mostra que mesmo figuras de grande influência continuam sujeitas ao cumprimento da lei.
  • Narrativamente, a festa de Laura se transforma em um retrato simbólico do novo papel de Bolsonaro — pai presente, mas sob custódia do Estado.

A autorização da festa de 15 anos de Laura Bolsonaro não é apenas um gesto familiar. É um episódio que sintetiza a nova realidade do ex-presidente — cercado por vigilância, isolado politicamente e condenado judicialmente, mas ainda símbolo de uma base social que tenta manter viva sua narrativa de injustiça.

O despacho de Moraes, ao mesmo tempo humanizado e firme, marca um novo capítulo da relação entre o STF e Bolsonaro, onde a Justiça observa cada passo — até mesmo os que se dão em meio a balões, música e bolo de aniversário.

Soraya Thronicke perde a paciência e desmonta testemunha “laranja” em interrogatório tenso na CPMI do INSS

Soraya Thronicke confronta testemunha “laranja” e transforma depoimento da CPMI do INSS em um verdadeiro interrogatório de alto impacto.

Soraya Thronicke confronta testemunha “laranja” e transforma depoimento da CPMI do INSS em um verdadeiro interrogatório de alto impacto.

 

Soraya Thronicke explode na CPMI e desmascara testemunha “laranja”: “O senhor é um ninja dos contratos!”

A sessão da CPMI do INSS, realizada nesta semana, virou um verdadeiro palco de constrangimento para uma das testemunhas convocadas — e o nome por trás disso foi o da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS).

Com um tom incisivo, irônico e impiedoso, Soraya conduziu um interrogatório matador, expondo contradições, esquemas de empresas de fachada e o que classificou como um “circo de laranjas” envolvidos em fraudes milionárias.

O vídeo da fala viralizou nas redes sociais, somando milhares de visualizações em poucas horas e reacendendo o debate sobre a corrupção nas transferências de recursos do INSS e o uso de CPFs de pessoas humildes para mascarar desvios bilionários.

“O senhor é um ninja! Faz tudo e mais um pouco”

Durante o interrogatório, a senadora confrontou o depoente — um suposto empresário que se apresentava como “consultor” — questionando a origem de suas empresas e as atividades suspeitas ligadas à Conafer, uma confederação investigada por contratos fraudulentos com recursos previdenciários.

“O senhor é consultor de quê? O senhor resolve tudo, é isso? É um ninja! O senhor chuta, defende e faz gol. Eu nunca vi! Um craque dos contratos”, ironizou Soraya, arrancando reações da plateia e até risos discretos de colegas parlamentares.

Ao listar as empresas ligadas ao depoente e à esposa, a senadora revelou que o homem atuava simultaneamente com agronegócio, locação de automóveis, montagem de palcos, consultoria empresarial e até serviços financeiros, sem possuir funcionários, formação específica ou estrutura física.

“O senhor é consultor de tudo e de nada. E o mais incrível: todas as empresas giram dinheiro entre si. É o dinheiro do dinheiro do dinheiro”, disparou.

“Laranja do laranja do laranja”

Em um dos momentos mais duros da audiência, Soraya expôs documentos que mostram que as empresas do depoente foram transferidas para nomes de pessoas que recebiam Bolsa Família e auxílio emergencial — reforçando a tese de que eram “laranjas” de fachada.

“São laranjas do laranja do laranja. Pessoas simples usadas para esconder milhões em fraudes. Isso é vergonhoso!”, afirmou.

A senadora também fez um alerta sobre golpes que vêm sendo aplicados em nome do governo, mencionando mensagens falsas enviadas por aplicativos, que prometem “restituições de descontos indevidos do INSS”.

“O golpe do golpe do golpe. O brasileiro precisa ficar atento, porque tem gente se aproveitando da boa-fé das pessoas até para roubar o que já foi roubado”, completou.

Clima tenso e pressão sobre bancos e a Receita Federal

Soraya aproveitou o momento para cobrar agilidade na investigação das instituições financeiras envolvidas. Segundo ela, bancos como o BMG e o PicPay precisam ter seus sigilos quebrados para revelar a trilha do dinheiro.

“O rombo é muito maior do que parece. Se não quebrarmos os sigilos bancários, essa CPMI vai acabar em março sem mostrar a verdade. O povo precisa saber quem lucrou com a dor dos aposentados”, disse.

A senadora também criticou a lentidão da Receita Federal na entrega dos relatórios financeiros e fiscais dos investigados.

“Recebemos pessoas aqui sem sequer termos os relatórios completos. Isso é inaceitável. O Brasil está nos vendo trabalhar, e nós precisamos de respostas concretas”, pontuou.

Soraya vira destaque e reacende o debate sobre corrupção

O embate transformou a sessão da CPMI em um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Palavras como “Soraya destruiu”, “interrogatório matador” e “ninja dos contratos” ficaram entre os termos mais buscados no X (antigo Twitter).

Analistas políticos apontam que o episódio fortalece a imagem da senadora como uma voz firme no combate à corrupção, especialmente em temas que envolvem fraudes previdenciárias e lavagem de dinheiro.

“Soraya adotou uma postura técnica, mas com o tom popular que o público entende. Ela fala com o povo enquanto desmonta a farsa de quem vive de sugar o dinheiro público”, avaliou um comentarista político ouvido pelo blog.

A CPMI do INSS e o escândalo bilionário

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS investiga um esquema bilionário de fraudes envolvendo descontos indevidos em benefícios previdenciários. O dinheiro era supostamente desviado por meio de convênios falsos e empresas de fachada, com a conivência de entidades de fachada e operadores políticos.

O rombo estimado ultrapassa R$ 2 bilhões, segundo fontes da própria CPMI.

O “nocaute político” de Soraya Thronicke

A cena sintetiza o que se espera de uma investigação parlamentar de verdade: perguntas diretas, indignação autêntica e domínio técnico. Soraya não apenas desmontou o depoente — ela desnudou o modus operandi de um esquema de corrupção que tenta se esconder atrás de papéis e siglas.

Com cada nova revelação, cresce a pressão para que a CPMI avance sobre os bancos, políticos e empresários que se beneficiaram do esquema.

“Soraya não falou apenas com o depoente. Falou com o Brasil que está cansado de ver o dinheiro do INSS virar negócio de laranjas”, resume o texto de um analista nas redes.

Moraes dá cinco dias para defesa de Collor explicar falha em tornozeleira eletrônica

Ex-presidente Fernando Collor cumpre prisão domiciliar em Maceió e tem prazo de cinco dias para explicar falha na tornozeleira eletrônica.

Ex-presidente Fernando Collor cumpre prisão domiciliar em Maceió e tem prazo de cinco dias para explicar falha na tornozeleira eletrônica.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (17) que a defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello explique, no prazo de cinco dias, o motivo do desligamento da tornozeleira eletrônica usada durante o cumprimento de prisão domiciliar em Maceió (AL).

O equipamento apresentou falhas de bateria nos dias 2 e 3 de maio, conforme informou a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas (Seris), responsável pelo monitoramento. O alerta, no entanto, só foi comunicado ao STF cinco meses depois, o que também será alvo de apuração.

“Intimem-se os advogados regularmente constituídos por Fernando Affonso Collor de Mello para prestarem esclarecimentos, no prazo máximo de cinco dias, sobre o descumprimento da medida cautelar imposta, sob pena de decretação da prisão”, escreveu Moraes na decisão.

Moraes também cobra explicações do governo de Alagoas

O ministro determinou que a Seris envie, em 48 horas, um relatório detalhado sobre o motivo do atraso na comunicação e sobre as medidas adotadas para garantir o monitoramento contínuo do ex-presidente.

A falha no equipamento pode configurar descumprimento de medida cautelar, o que, segundo o despacho, pode levar à revogação da prisão domiciliar e ao retorno de Collor ao regime fechado, caso seja comprovada negligência ou tentativa de violar as condições impostas pelo STF.

Condenação e prisão domiciliar

Em 2023, o STF condenou Fernando Collor por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por ter recebido cerca de R$ 20 milhões em propinas referentes a indicações políticas na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, entre 2010 e 2014.

Após a condenação, a Corte determinou o cumprimento da pena, mas autorizou o regime domiciliar em razão da idade (75 anos) e de problemas de saúde, como doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar.

Contexto político e jurídico

A decisão de Moraes reforça a rigidez do STF no acompanhamento de medidas alternativas à prisão de condenados da Lava Jato e de políticos com foro privilegiado. O caso de Collor reacende o debate sobre fiscalização eletrônica e impunidade de elites políticas.

Para analistas, o despacho de Moraes é também um sinal institucional de que o Supremo pretende evitar qualquer leniência no cumprimento de penas impostas a figuras públicas.

“O STF está deixando claro que prisão domiciliar não é sinônimo de liberdade. É um benefício condicionado à observância rigorosa das medidas impostas”, explica um jurista ouvido pelo blog.

O que pode acontecer agora

  • Se a defesa de Collor não justificar adequadamente a falha, Moraes pode revogar a prisão domiciliar e determinar o retorno ao cárcere;
  • Caso a falha seja atribuída à Secretaria de Ressocialização, o STF pode determinar investigação administrativa;
  • A Polícia Federal pode ser acionada para auditar os relatórios de monitoramento.

Um novo teste para o STF

O episódio testa a credibilidade do sistema de monitoramento eletrônico e a firmeza das decisões judiciais sobre ex-autoridades condenadas.

Enquanto a defesa tenta convencer Moraes de que houve apenas um problema técnico, o STF observa com atenção o caso de um dos nomes mais emblemáticos da história política recente — um ex-presidente condenado por corrupção, agora sob suspeita de violar as regras de sua própria pena.

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