O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de São Luís registrou em maio sua primeira variação positiva do ano, atingindo 110,4 pontos, alta de 1,4% em relação ao mês anterior. O levantamento é realizado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA), em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), e sinaliza recuperação na confiança dos empresários ludovicenses para o mês.
Apesar do avanço mensal, o ICEC ainda apresenta retração de -3,5% na comparação com maio de 2024, refletindo um ambiente marcado pela persistente desconfiança dos empresários em relação à economia nacional. O subíndice de Condições Atuais da Economia, por exemplo, caiu -11,5% no acumulado de 12 meses, alcançando apenas 61,6 pontos, o patamar mais baixo entre os componentes analisados.
A alta no ICEC em maio foi impulsionada pela melhora na percepção dos empresários sobre o cenário atual, com crescimento de 3,2% no subíndice de Condições Atuais. Pequenas empresas puxaram esse resultado com avanço de 3,5%, enquanto as grandes empresas tiveram queda de -12,2%.
Já o subíndice de Expectativas cresceu 1,6%, indicando que parte dos empresários vislumbra uma retomada moderada a partir do segundo semestre. Empresas do setor de bens duráveis se destacaram com alta de 6,9%, provavelmente influenciadas por fatores sazonais e de melhora na demanda. Por outro lado, empresas de bens semi e não duráveis continuam projetando desempenho negativo.
Esses sinais de otimismo no curto prazo são reforçados pela movimentação econômica gerada por datas comemorativas, e pelas perspectivas positivas com o São João, que tende a beneficiar o varejo e os serviços locais, sobretudo em São Luís.
O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) caiu -0,3%, com redução na intenção de investir (-1,7%) e estabilidade na contratação de pessoal (0%). O setor de bens duráveis foi o único com desempenho positivo neste quesito, com avanço de 2,9%.
O índice relacionado à Situação Atual dos Estoques subiu (+0,7%), puxado por um ajuste nas empresas de bens duráveis (+8,2%). No entanto, segmentos de bens semi e não duráveis enfrentaram quedas, de -11,1% e -1,7%, respectivamente.
