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Espetáculo Kafka e a boneca viajante será apresentado neste fim de semana, em São Luís

Visualização da imagemUma história curiosa, que não despertou de sonhos intranquilos, mas da imaginação popular. Contam que, enquanto caminhava por uma praça perto de sua casa, o escritor Franz Kafka (1883-1924) encontrou uma menina que chorava por haver perdido sua boneca. Sensibilizado, Kafka passou a escrever cartas à menina, descrevendo suas aventuras pelo mundo. Contada em livros, contos e peças pelo mundo, a bela história intriga até hoje, pois nunca foram encontradas as cartas tão pouco a menina que fez um dos escritores mais famosos e influentes do século XX contar suas aventuras. A história também inspirou o escritor catalão Jordi Sierra i Fabra e ganha corpo por meio do espetáculo Kafka e a boneca viajante que será apresentado em São Luís (MA), nesta sexta-feira, 15, e no sábado, 16 de setembro, no Teatro Arthur Azevedo, às 19h30, com público voltado para todas as idades.

Sucesso de público no Rio de Janeiro, a peça com dramaturgia de Rafael Primot, direção de João Fonseca e direção musical de Tony Lucchesi, conta com Alessandra Maestrini, André Dias, Carol Garcia e Lilian Valeska no elenco. Idealizada pelo empreendedor cultural Felipe Heráclito Lima e produzida por Maria Angela Menezes e Amanda Menezes, a montagem inédita iniciou turnê em Porto Alegre e, após a temporada na capital ludovicense, seguirá para Belo Horizonte, Brasília e São Paulo.

“Quando Felipe me procurou com a ideia de adaptar o livro do Jordi, eu já conhecia a história das cartas. O livro é curto, voltado ao público infanto-juvenil e conta essa história de uma maneira simples. O desafio foi fazer um espetáculo um pouco mais profundo, levando para o universo adulto. E aí resolvi trazer elementos da vida de Kafka para a história da própria garota, coisas que o escritor passou na infância dele, como a relação conturbada com o pai. E também referências a seus livros”, explica Rafael Primot.

Metalinguagem – A narrativa não linear reforça o ritmo ágil da montagem, alternando passado, presente e futuro, assim como a realidade vivida pelo Sr. K (Kafka, vivido por André Dias), sua esposa Dora (Lilian Valeska) e a menina Rita (Carol Garcia) é atravessada pelo mundo ficcional das cartas, onde Brígida, a boneca interpretada por Alessandra Maestrini, ganha vida. A metalinguagem é outro recurso utilizado, como explica João Fonseca: “O jogo cênico proposto pela dramaturgia do Rafael tem uma agilidade e eu entendi que tinha que fazer uma brincadeira teatral, com os atores se arrumando em cena, se maquiando, lembrando que é um jogo, uma brincadeira. É um combinado, um faz de conta que todos, inclusive a criança, sabe que não é real”. Na construção da mise en scène, destaca-se também o trabalho de direção de movimento de Márcia Rubin, em especial da personagem de Maestrini.

Trilha sonora – A trilha é um caso à parte e se impõe como elemento dramatúrgico. No repertório, interpretado pelo elenco, estão músicas de artistas como Caetano Veloso, Candeia, Cartola, Chico Buarque, Djavan, Lenine, Raul Seixas e Rita Lee e até uma composição inédita assinada por João Fonseca e o diretor musical Tony Lucchesi, que também assina os arranjos: “Eu e o João tivemos liberdade para escolher canções que pudessem contribuir com a dramaturgia, ficassem orgânicas dentro do que a cena pede. E durante o trabalho com os atores nos ensaios, outras ideias foram aparecendo. Há ainda uma canção original que eu e João compusemos, cantada pela menina, num momento muito emocionante”, adianta Tony.

Cenografia e figurino – A cenografia de Nello Marrese reforça o simbolismo da passagem do tempo, seja do fim da vida do escritor, da transformação da menina em mulher e da viagem da boneca pelo mundo. Cubos, alguns móveis, um móbile, selos, carimbos, além de um fundo neutro para valorizar o desenho de luz criado por Paulo César Medeiros, compõem a cena. João Pimenta criou figurinos que remetem à época em que Kafka viveu seus últimos anos, na década de 1920. “Estamos sempre no fio da navalha de não infantilizar, mas também preservar essa singeleza da história. É um grande escritor à beira da morte, sem forças para escrever e de repente encontra uma menina, a dor daquela menina, que era um pouco como ele, faz com que ele retome a escrita. Como a arte transforma tudo, como a arte conseguiu curar a menina, como ele adquiriu esse último prazer na vida, achando energia para escrever”, analisa João Fonseca.

Sempre em defesa dos direitos das mulheres, Rejanny Braga marca presença no Seminário de Legisladoras

A empresária e suplente de vereadora de São Luís, Rejanny Braga, participou do Seminário Nacional de Legisladoras: Mulheres no Poder, que foi realizado terça-feira (5), no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, na capital. Como mulher engajada na luta pelos direitos e valorização das mulheres, Rejanny esteve no centro das discussões, que abordaram aspectos importantes da causa, incluindo a voz feminina na política.

Mais de duas mil mulheres parlamentares, gestoras e líderes comunitárias de vários estados do Brasil e de todas as regiões do Maranhão participaram e elogiaram o nível das discussões do evento, promovido pela Assembleia Legislativa do Maranhão, em parceria com a União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).

“É preciso que a mulher assuma o lugar de fala, com respeito e igualdade. Nós precisamos intensificar os debates sobre essas questões, porque não dá pra se falar em democracia, sem a nossa representatividade. Por isso, eu não poderia deixar de participar deste evento, porque juntas, nós podemos muito mais”, ressaltou a empresária e comunicadora, que já assumiu uma vaga de vereadora de São Luís.

O seminário contou com ampla e diversificada programação, incluindo painéis e mesa-redonda. Entre as temáticas debatidas, o fortalecimento da presença feminina nos espaços de poder, boas práticas de políticas públicas para mulheres e pelo fim das violências política, doméstica e institucional contra as mulheres.

No evento, a recepção aos participantes foi ao som do Bumba-Boi de Axixá e seus clássicos como “Bela Mocidade”, no hall do Centro de Convenções. Em seguida, foram iniciadas as discussões dentro do auditório principal, com transmissão também para espaço auxiliar.

No aniversário de São Luís, prefeito Eduardo Braide entrega 71 novos ônibus para o Sistema de Transporte Coletivo da capital

O prefeito Eduardo Braide entregou, nesta sexta-feira (8), data em que São Luís comemora 411 anos, 71 novos ônibus que vão compor a frota do transporte coletivo da capital. A entrega dos novos veículos foi realizada na Passarela do Samba, no Anel Viário, e representa o compromisso da gestão com a oferta de serviço de transporte público de qualidade à população.

“Esses novos ônibus chegam para renovar a frota do transporte público de São Luís. Todos os veículos possuem acessibilidade, além de contarem com ar-condicionado, para deixar a viagem mais confortável. A boa notícia é que eles já começam a circular ainda nesta sexta. Além destes, ainda teremos mais 30 ônibus que vamos fazer a entrega até o fim do ano. Esse é um compromisso que nós assumimos, de renovação da frota da nossa cidade”, declarou o prefeito Eduardo Braide.

Foto: @DivulgaçãoOs novos ônibus contam com ar-condicionado e são adaptados com elevadores para uso de pessoas com deficiência. Todos os veículos possuem três portas, que facilitam o embarque e desembarque de passageiros, principalmente nos Terminais de Integração, e começam a circular ainda nesta sexta.

Tecnologia e comodidade

Uma novidade aos usuários do transporte público em São Luís é que, dos 71 novos ônibus entregues nesta sexta-feira, 20 deles estão equipados com entradas USB para o carregamento de smartphones e demais dispositivos eletrônicos. Uma solução prática para manter, principalmente, celulares carregados durante as viagens.

O secretário Diego Rodrigues, da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), destacou o esforço da gestão do prefeito Eduardo Braide com as reais melhorias no dia a dia de todos os que dependem do transporte público em São Luís, que atualmente conta com 715 veículos.

Acusado de estupro e tentativa de feminicídio é condenado pelo júri popular

A juíza Manuella Viana dos Santos Faria Ribeiro, fazendo a leitura da sentença, ladeada por promotor, defensor publico e secretário judicial.

Acusado de estupro e tentativa de feminicídio, Leonardo Mendes Pereira Frazão, foi condenado pelo 2º Tribunal do Júri de São Luís a 26 anos e dois meses de reclusão. Após o julgamento, nessa quarta-feira (06), o réu foi levado de volta para a Penitenciária de Pedrinhas, onde já estava preso desde o início da ação penal. A juíza Manuella Viana dos Santos Faria Ribeiro, que presidiu à sessão, negou ao réu o direito de recorrer da decisão do júri em liberdade.

Leonardo Mendes Pereira foi condenado pela prática dos crimes de estupro e de tentativa de homicídio qualificado por feminicídio mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima e para assegurar a ocultação do estupro. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por tentar assassinar N. S. A., no dia 14 de dezembro de 2019, por volta das 5h, no bairro Rio Grande, área do Maracanã. Ainda, conforme os autos, o réu avistou a vítima, que na época tinha 17 anos, estuprando-a. A vítima estava retornando para casa quando o acusado saiu de um matagal, atacando-a. O denunciado golpeou a vítima com uma pedra, por diversas vezes, na região da cabeça até ela desmaiar.

Durante o julgamento, nessa quarta-feira (06), no Fórum Des. Sarney Costa (Calhau), o réu usou o direito de se manter em silêncio. Atuaram na acusação e na defesa, respectivamente, o promotor de justiça Raimundo Benedito Barros e o defensor público Fábio Marçal. A vítima, N.S.A., foi ouvida durante a sessão.

Na sentença, a magistrada afirma que a culpabilidade é totalmente desfavorável ao acusado, devendo sofrer maior censura pela grande intensidade dolosa, uma vez que a tentativa de homicídio foi praticada com extrema violência, “enumerando uma série de lesões graves sofridas pela vítima, que foi submetida a uma neurocirurgia do crânio, o que indubitavelmente demonstra a frieza e crueldade de sua conduta”.

A juíza acrescenta na sentença condenatória que, “as circunstâncias dos crimes igualmente são desfavoráveis porque demonstram uma maior ousadia e destemidez do condenado na execução de ambos os delitos, uma vez que abordou a vítima – uma adolescente de 17 (dezessete) anos – em plena via pública e, mesmo após luta corporal e súplicas da ofendida, rasgou suas roupas com brutalidade e praticou o ato libidinoso enquanto a atingia com pedradas na cabeça, causando-lhe intensa dor, devendo sofrer maior reprovabilidade”, destaca.

Feriado da Independência e aniversário de São Luís prometem movimentar turismo na capital

São Luís registra para os dias de feriado uma taxa de ocupação hoteleira de 66,73%, segundo os dados da Coordenação de Análise Mercadológica da Secretaria Municipal de Turismo (Setur). O crescimento é de 14,12% em relação ao ano de 2022.

“Estamos empolgados com a resposta positiva que estamos vendo até agora. A taxa de ocupação hoteleira de 66,73% é um reflexo dos investimentos da Prefeitura de São Luís, fazendo com que a cidade se consolide com um dos principais destinos do nosso país”, disse o secretário municipal de Turismo, Saulo Santos.

A circulação de passageiros no Aeroporto Internacional de São Luís – Marechal Cunha Machado também deve aumentar durante o feriado do Dia da Independência. É o que apontam os dados da empresa CCR Aeroportos.

A estimativa é que cerca de 23.150 mil pessoas embarquem e desembarquem no Aeroporto Internacional de São Luís entre os dias 6 e 11 de setembro. Neste período, serão 179 operações de pouso e decolagem.

Com expectativas positivas, São Luís se prepara para receber turistas de todo o país e celebrar o Feriado da Independência e o aniversário da capital com hospitalidade e entusiasmo, consolidando sua posição como um destino turístico de destaque no cenário nacional.

Vereadores de São Luís repercutem decisões judiciais que combatem violência contra a mulher

Vereadores comentaram, na sessão plenária desta quarta-feira (06) da Câmara Municipal de São Luís (CMSL), decisões judiciais que fortalecem mecanismos legais de proteção à mulher no país.

No plenário da Casa, Marcial Lima (Podemos) lembrou, durante aparte do discurso da vereadora Karla Sarney (PSD), uma decisão unânime da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que negou, na terça-feira, 5, o Habeas Corpus impetrado pela defesa do condenado Lucas Porto.

A medida, segundo o parlamentar, tornou sem efeito a decisão liminar que suspendeu o julgamento de recurso na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão.

“Ontem, por unanimidade, o STJ negou habeas corpus para Lucas Porto. Eu gostaria que ficasse registrado nos anais desta Casa essa decisão que é de fundamental importância para toda a rede que combate à violência contra a mulher. Essa decisão tornou sem efeito a liminar que suspendeu o julgamento de recursos da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão. Então, com isso, fica mantida a condenação e a decisão do júri popular”, declarou.

Marcial Lima, que é jornalista de formação, lembrou que a primeira reportagem do caso Mariana Costa exibida pela TV Mirante – afiliada da Globo no Maranhão, foi produzida por ele.

“Eu fui o primeiro repórter a chegar no local do crime. Na época, eu já era vereador de São Luís eleito, mas ainda estava nas ruas trabalhando como repórter da emissora. A partir do dia 1º de janeiro de 2017, por recomendação da Globo – através de portaria interna, tive que me afastar das reportagens externas. No entanto, em 2016, quando a Mariana foi assassinada, eu ainda trabalhava como repórter da TV Mirante”, completou.

O vereador Aldir Júnior (PL), que conduziu a sessão durante os trabalhos legislativos, também comemorou a decisão e lembrou que a cada dia é possível perceber que a justiça vem sendo feita na cidade, no estado e no país.

“A cada dia a gente percebe que a justiça vem sendo feita em nossa cidade, em nosso estado e em nosso país. Que mais casos como esses possam ser julgados ou possam ser esclarecidos para que a gente não passe mais por situações como essas que vitimam mulheres que não tem nem a oportunidade de se defender, deixando a família com um vazio gigantesco”, afirmou.

 ‘Legítima defesa da honra’

Além disso, Aldir também aplaudiu a decisão unânime do Supremo Tribunal Federal (STF) que declarou inconstitucional o uso da tese da “legítima defesa de honra” em crimes de feminicídio ou agressão contra mulheres.

O parlamentar destacou o entendimento do STF de que a tese não pode justificar a morte ou a agressão de mulheres, porque “contraria os princípios constitucionais da dignidade humana, da proteção à vida e da igualdade de gênero”. Para o vereador, a decisão pode evitar “salvar da condenação alguns dos culpados por esses crimes”.

“Ontem, o STF também entendeu que a justificativa da tese da legítima defesa da honra é inconstitucional. Com isso, esse argumento arcaico, que reforça a ideia de submissão e posse, já não deve ser mais motivo de esclarecimento ou argumento de defesa por parte dos advogados no Brasil que, às vezes até de forma desesperada, salvar da condenação alguns dos culpados por esses crimes. Essa é mais uma vitória para as mulheres e tenho certeza que é um dia para reflexão”, concluiu.

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