Uma operação conjunta realizada entre 13 de julho e 26 de agosto resgatou 80 trabalhadores em situação análoga à escravidão nos municípios de Magalhães de Almeida e Barreirinhas, no Maranhão. A ação contou com a Polícia Federal, auditores-fiscais do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho.
Em Magalhães de Almeida, foram encontrados 76 trabalhadores na extração da palha de carnaúba. Eles viviam em alojamentos precários, sem água potável, banheiros ou alimentação digna, em condições degradantes e de grave violação aos direitos humanos.
Já em Barreirinhas, a fiscalização impediu que quatro pescadores embarcassem em uma jornada de até 15 dias em mar aberto. Eles estariam expostos a riscos severos de saúde e segurança, sem garantias mínimas para a atividade.
Todos os trabalhadores foram afastados imediatamente e receberam encaminhamento para seus direitos. Os responsáveis foram identificados e notificados a pagar as verbas trabalhistas e indenizações por danos morais.
Na esfera penal, a Polícia Federal instaurará inquérito para apurar responsabilidades e aplicar punições aos envolvidos. O Ministério Público do Trabalho reforçou que denúncias anônimas são fundamentais para localizar casos semelhantes.
O resgate de 80 pessoas é considerado uma das maiores ações recentes no Maranhão e evidencia a necessidade de intensificar a fiscalização em setores como a carnaúba e a pesca, historicamente associados a casos de exploração no estado.
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