A Polícia Federal deflagrou três operações distintas ao longo do mês de julho no Maranhão para combater crimes relacionados à exploração sexual infantil. As ações, batizadas como Operações Argos III, IV e V, ocorreram nos dias 8, 23 e 30 de julho, respectivamente, nas cidades de Imperatriz, São Pedro da Água Branca e Balsas.

Durante os cumprimentos de mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, dois homens foram presos em flagrante. Segundo a PF, os suspeitos armazenavam em seus celulares vídeos e imagens com cenas de abuso sexual infantil, o que configura crime grave previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

As investigações apontam que os suspeitos também utilizavam contas em redes sociais para compartilhar esse tipo de conteúdo ilegal. A Polícia Federal utilizou ferramentas de rastreamento digital para monitorar a atividade dos alvos na internet e identificar os responsáveis pelos perfis utilizados para disseminação do material criminoso.

Os aparelhos apreendidos nas ações serão submetidos à perícia técnica, com o objetivo de extrair provas digitais que subsidiem os inquéritos em andamento. Caso as suspeitas sejam confirmadas, os investigados podem responder por crimes como posse, compartilhamento e produção de pornografia infantil, com penas que podem chegar a 10 anos de reclusão.

As ações foram conduzidas pela Delegacia da Polícia Federal de Imperatriz, que concentra os trabalhos investigativos relacionados a crimes cibernéticos no sul do Maranhão. O órgão reforça que operações como essas seguem sendo prioridade no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.

A Polícia Federal também fez um apelo à população: denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque 100 ou por meio do site oficial da PF, garantindo o sigilo do denunciante. A colaboração da sociedade é considerada fundamental para desarticular redes criminosas que atuam na internet.

Com essas operações, a PF reforça sua atuação integrada e contínua no enfrentamento a crimes digitais, sobretudo os que envolvem vítimas em situação de vulnerabilidade, como crianças. O avanço da tecnologia tem sido, ao mesmo tempo, ferramenta de crime e instrumento de investigação.

Essas ações mostram que o Maranhão segue no radar nacional de combate à pedofilia e à pornografia infantil, exigindo vigilância permanente de autoridades, pais e educadores para proteger as novas gerações.