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“Prática não se ensina por tela”: Veterinários se unem contra ensino EAD e pressionam MEC

O ensino a distância na formação em saúde continua gerando fortes reações — e a Medicina Veterinária agora está no centro desse debate. Em uma mobilização nacional, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) foi ao Ministério da Educação (MEC) cobrar mudanças na Portaria nº 378/2025, que autoriza até 60% da carga horária do curso em formato remoto.

Com um posicionamento firme, o CFMV entregou ao ministro Camilo Santana dados técnicos e argumentos que evidenciam o risco de formar médicos-veterinários sem vivência prática presencial. “Cuidar de vidas exige formação com prática, responsabilidade e ética”, reforçou o conselho em vídeo divulgado nas redes sociais, sob a hashtag #EadNÃO.

Segundo o CFMV, a Medicina Veterinária é uma área da saúde e, portanto, deve seguir os mesmos critérios aplicados a cursos como Medicina, Enfermagem e Odontologia — todos excluídos da possibilidade de EAD pelo próprio MEC. “Não se ensina prática clínica por uma tela”, alertam os representantes da entidade.

A preocupação não é apenas com a formação profissional, mas com os reflexos sociais e sanitários dessa medida. A ausência de contato direto com animais, laboratórios e contextos reais compromete a qualidade do aprendizado e representa um perigo à saúde pública, à segurança alimentar e ao bem-estar animal.

Mesmo após o encontro com o ministério, o CFMV afirmou que a luta continua. A entidade se comprometeu a seguir atuante, vigilante e incansável na defesa da qualidade da formação veterinária no Brasil. “Medicina Veterinária também é Medicina”, destaca o vídeo que viralizou no Instagram.

A campanha convoca estudantes, profissionais e a sociedade a compartilharem o conteúdo, marcarem parlamentares e cobrarem do MEC uma revisão urgente da regulamentação. A pressão cresce nas redes, e a expectativa é que o debate chegue com força ao Congresso Nacional.

MEC libera EAD na Medicina Veterinária: entenda a polêmica que mobiliza conselhos e especialistas

O Ministério da Educação (MEC) surpreendeu ao excluir a Medicina Veterinária da proibição ao ensino a distância (EAD) que afetou cursos como Medicina, Odontologia e Enfermagem, abrindo espaço para modelos semipresenciais com até 60% da grade remota. A medida provocou forte reação das lideranças da categoria, que entendem que a proposta compromete a formação prática essencial à profissão e coloca em risco a saúde pública e a segurança alimentar.

No Maranhão, o presidente eleito do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV‑MA), Dr. Eric Takashi, que assumirá o cargo em julho, manifestou-se veementemente no podcast Tête à Tête com Olavo Sampaio. Ele afirmou: “Imagina a pessoa aprender a fazer uma cirurgia por um vídeo…”, ressaltando a impossibilidade de replicar a vivência presencial que envolve cirurgias, palpação e manejo animal.

O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) também criticou duramente a decisão, argumentando que “Medicina veterinária é medicina, e a prática não se aprende por vídeo”. Desde 2015, o órgão alerta para os perigos do EAD, notabilizando-se por recusar registros a egressos de cursos virtuais e protocolando ofícios ao MEC solicitando revisão da norma.

O episódio completo do podcast traz ainda análises sobre a importância do médico-veterinário na inspeção de alimentos de origem animal, vigilância de zoonoses e atuação frente a crises sanitárias, como a influenza aviária. Dr. Eric ressalta: “Fazemos a ponte entre a saúde animal e humana, é essencial”.

Especialistas alertam que cerca de 40% da carga curricular exige prática presencial, e meros recursos digitais não supririam a formação necessária para procedimentos complexos. Instituições como a Anclivepa Brasil reforçam esta preocupação, exigindo revisão urgente do decreto, e afirmam que a decisão colocaria em risco o bem-estar animal e a segurança alimentar.

No Maranhão, a chapa liderada por Dr. Eric Takashi foi eleita com 55% dos votos para o triênio 2025‑2028. Ele assume o compromisso de articular com o CFMV e o MEC, intensificando a mobilização para garantir que o curso retorne ao formato 100% presencial e contemplar discussões sobre um possível exame de proficiência à semelhança da OAB.

O CFMV já recorreu ao Ministério do Meio Ambiente e ao Cade, demonstrando preocupação com argumentos ligados ao lucro de instituições privadas e o risco de precarização do ensino. Há ainda uma mobilização nacional para fortalecer a percepção pública do médico-veterinário como peça central na saúde única.

Para o público e profissionais da área: este é o momento de acompanhar de perto as deliberações do MEC, apoiar as ações do CRMV e CFMV, consumir conteúdos como o podcast Tête à Tête e participar ativamente do debate. A qualidade da formação veterinária está diretamente ligada à segurança alimentar, saúde pública e ao bem-estar de todos.

Quer saber mais? Ouça o episódio completo do Tête à Tête com Olavo Sampaio com o Dr. Eric Takashi e compartilhe este conteúdo com estudantes, profissionais e interessados na saúde pública. Seu engajamento pode fazer a diferença.

 

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