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Derrota do Brasil para o Japão vira “desastre” na imprensa estrangeira e revolta torcedores nas redes

Vergonha internacional: derrota do Brasil para o Japão por 3 a 2 gera críticas da imprensa e revolta nas redes.

Vergonha internacional: derrota do Brasil para o Japão por 3 a 2 gera críticas da imprensa e revolta nas redes.

A derrota da Seleção Brasileira para o Japão por 3 a 2, nesta terça-feira (14), em amistoso realizado em Tóquio, repercutiu como um desastre internacional. A imprensa estrangeira não poupou críticas à equipe comandada por Carlo Ancelotti, e torcedores brasileiros transformaram as redes sociais em um verdadeiro campo de batalha — entre ironias, desabafos e memes.

O jornal espanhol Diario As destacou em sua manchete: “Desastre do Brasil em Tóquio”, apontando que a virada japonesa foi uma “queda das nuvens” para a Seleção. O Marca, também da Espanha, publicou: “Brasil de Ancelotti sofre golpe no Japão. Merecida vitória japonesa, que baixa o Brasil das nuvens.”

Em Portugal, o jornal A Bola classificou o jogo como “escândalo” e escreveu: “Brasil cai com estrondo em Tóquio.”

Já o argentino Olé ironizou a atuação brasileira e lembrou o histórico recente de tropeços da Seleção. No Japão, o tom foi de celebração: a emissora Asahi TV comemorou a “primeira vitória histórica contra a potência do futebol”, exaltando o feito nacional.

A queda do favoritismo e a reação nas redes

Se na goleada por 5 a 0 contra a Coreia do Sul, dias antes, o clima era de otimismo, a virada sofrida para o Japão gerou uma enxurrada de comentários indignados. Muitos torcedores questionaram a apatia em campo e criticaram duramente o técnico Carlo Ancelotti, que, mesmo multicampeão na Europa, começa a sentir o peso da pressão popular no Brasil.

“Europeu é que é bom né? Esse Ancelotti…”, ironizou um internauta.
“Jogadores mimados, esses lixos não representam o povo brasileiro”, escreveu outro.
“No jogo passado estavam todos felizes… e hoje não? O que houve?”, comentou um torcedor, apontando a instabilidade emocional da torcida.

Outros se revoltaram com a falta de intensidade da equipe:

“Se tivesse mais uns 15 minutos, o placar estaria maior. Estavam todos pedindo pro juiz acabar o jogo.”

E sobrou até para o humor:

“O sonho do Rizek é ver a Sadi pagando um bolagato pro Ancelotti.”
“Torcedor do Varmengo falando em Ortiz? O mesmo que tomou de 8 do Bayern?”, escreveu outro, ironizando disputas entre torcidas rivais.

A sensação geral foi de frustração coletiva: torcedores cansados de promessas, um técnico que ainda não convenceu e jogadores criticados por falta de garra e entrega.

Um alerta para o comando de Ancelotti

Mesmo sendo um amistoso, a derrota escancara problemas de entrosamento, intensidade e foco tático. O Brasil parece distante da identidade que o consagrou: ofensivo, criativo e emocionalmente forte. O discurso de renovação contrasta com atuações apagadas e um grupo que ainda não encontrou um padrão.

O treinador italiano, acostumado a elencos estrelados e sistemas estruturados, enfrenta um desafio que vai além da tática — precisa reconectar a Seleção com o torcedor brasileiro, hoje descrente e impaciente.

A Seleção volta a campo em novembro, contra Tunísia e Senegal, pressionada para reencontrar o futebol que um dia foi sinônimo de alegria e respeito mundial.

Análise Tática — Brasil 2 x 3 Japão

 Estrutura e marcação
O Brasil começou no 4-3-3, mas sem compactação. O meio-campo cedeu espaços entre linhas, permitindo que o Japão controlasse a posse e atacasse em blocos curtos. Falta de recomposição e lentidão nas transições defensivas foram evidentes.

Ataque desorganizado
Apesar de abrir 2 a 0 com gols de Paulo Henrique e Martinelli, a equipe perdeu intensidade. O trio ofensivo se isolou, e os pontas voltaram pouco para marcar. A ausência de infiltrações e de um meia criativo expôs a previsibilidade das jogadas.

Erros defensivos e apatia
Os gols de Ueda, Nakamura e Minamino mostraram a desatenção da zaga. O sistema defensivo falhou nas coberturas e na pressão pós-perda. O time terminou o jogo acuado, pedindo o apito final — sinal claro de descontrole emocional.

Destaques positivos:
Paulo Henrique mostrou mobilidade e boa leitura de jogo. Martinelli manteve o ritmo alto na primeira etapa.

Pontos negativos:
Laterais vulneráveis, meio-campo sem pegada e falhas individuais graves. A Seleção mostrou um futebol lento, sem criatividade e sem alma.

Resumo:
A derrota para o Japão não foi apenas um tropeço — foi um espelho do momento da Seleção Brasileira. Um time que ainda busca identidade, um técnico sob desconfiança e uma torcida cada vez mais impaciente.

Cruzeiro vence com eficiência, São Paulo domina sem objetividade – e Rafael evita vexame

O futebol, muitas vezes, não premia quem tem a bola. No Mineirão, pela 22ª rodada do Brasileirão, o Cruzeiro venceu o São Paulo por 1 a 0, com gol de Matheus Pereira em cobrança de falta desviada na barreira. Foi um jogo que escancarou duas verdades: o Cruzeiro aprendeu a ser pragmático, enquanto o São Paulo segue refém de um domínio que não se converte em gols.

O gol da vitória saiu aos 18 minutos do segundo tempo. Matheus Pereira, o maestro da Raposa, bateu falta com força, contou com desvio de Alan Franco e enganou Rafael. Sorte? Talvez. Mas se sorte é estar no lugar certo e ter coragem de arriscar, o Cruzeiro mereceu.

O São Paulo, por sua vez, teve mais posse, mais iniciativa e até certa organização. Mas futebol não é planilha. O time de Hernán Crespo esbarrou na própria ineficiência ofensiva e, não fosse Rafael, teria voltado de Belo Horizonte com uma goleada na bagagem. Sim, goleada: o goleiro fez pelo menos três milagres, contra Matheus Pereira, Gabigol e Kaiki.

E aqui vai a provocação: até quando o São Paulo vai se contentar em jogar bem, mas perder? O discurso da “boa atuação” soa vazio quando se olha a tabela. O Tricolor estacionou nos 32 pontos e continua fora da zona da Libertadores, na sétima colocação. É pouco para quem se vende como protagonista.

O Cruzeiro, por outro lado, assumiu a vice-liderança provisória com 44 pontos. Pode até ser ultrapassado pelo Palmeiras, mas já deixou claro que não é mais apenas um coadjuvante: é candidato a brigar pelo título. O time de Fernando Seabra é consistente, sabe sofrer e aprendeu a vencer jogos grandes.

O primeiro tempo foi equilibrado em estatísticas, mas não em emoção. Cássio, goleiro cruzeirense, quase entregou um gol em saída atrapalhada, enquanto Rafael se esticava para evitar bomba de William. No ataque, o São Paulo errou nas finalizações: Patryck isolou dentro da área, e Ferreirinha desperdiçou boa chance.

Na volta do intervalo, o São Paulo até tentou pressionar, mas esbarrou na zaga celeste. E quando conseguiu finalizar, faltou capricho. Já o Cruzeiro foi cirúrgico: cada estocada virou um sufoco. Matheus Pereira obrigou Rafael a voar, Gabigol parou em defesa de cinema e Kaiki viu a estrela do goleiro brilhar mais uma vez.

Depois do gol, o São Paulo perdeu intensidade e só voltou a assustar nos minutos finais, quando Henrique costurou pela direita e cruzou para Dinenno, que testou firme. Cássio, agora sim, apareceu para garantir os três pontos.

Tecnicamente, foi um duelo interessante: o Cruzeiro mostrou repertório, velocidade nos contra-ataques e um Matheus Pereira cada vez mais decisivo. Já o São Paulo mostrou que volume de jogo não é sinônimo de vitória. Futebol exige frieza, e esse tem sido o maior calcanhar de Aquiles do Tricolor.

O resultado deixa uma lição incômoda para Crespo. O São Paulo até tem elenco, até tem padrão, mas falta poder de decisão. Sem isso, vai continuar colecionando boas atuações inúteis. O torcedor não quer elogio em coletiva; quer pontos na tabela.

A arbitragem de Anderson Daronco foi segura, apesar da polêmica do toque de mão de Bobadilla que originou a falta do gol. O lance foi interpretativo, mas difícil contestar. A bola realmente tocou no braço.

Na ficha técnica, destaque para os cartões: Luciano, Patryck, Bobadilla e Rodriguinho no Tricolor; Villalba e Lucas Silva no Cruzeiro. Um jogo de intensidade alta, mas sem violência desmedida.

Agora, a pausa: o São Paulo só volta a campo em 14 de setembro, contra o Botafogo. Tempo suficiente para repensar estratégias e talvez rever a postura ofensiva. O Cruzeiro, por sua vez, tem clássico contra o Atlético-MG pela Copa do Brasil no dia 11 — e chega empolgado.

No fim das contas, a vitória mineira foi menos sobre brilho e mais sobre eficiência. O Cruzeiro foi cirúrgico; o São Paulo, burocrático. E no Brasileirão, eficiência vale mais do que posse.

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