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Confronto em Morros: Três suspeitos de facção morrem em operação da PM e arsenal é apreendido

Armas, drogas e farda da PM apreendidas após confronto em Morros

Armas, drogas e farda da PM apreendidas após confronto em Morros

Na manhã desta terça-feira (9), a Polícia Militar do Maranhão deflagrou uma operação que terminou em confronto no povoado Centro Velho, município de Morros. A ação tinha como objetivo capturar suspeitos de envolvimento com crimes e facções criminosas que haviam fugido do município de Bacabeira.

Segundo informações repassadas pela corporação, três homens morreram durante a troca de tiros com os policiais. Eles foram identificados como Geilson Lopes Costa, apontado como “torre” da facção, além de Didiu e Cleitinho, descritos como “disciplinas”.

Com os suspeitos, a polícia apreendeu quatro armas de fogo — entre elas uma pistola calibre 9mm com seis munições, uma pistola .40 também com seis munições, além de duas espingardas de fabricação caseira conhecidas como “bate bucha”. Também foram encontrados entorpecentes como crack, cocaína e maconha, além de uma farda da própria Polícia Militar.

O comandante do 27º Batalhão da Polícia Militar, major Lucena, informou que a operação segue em andamento e novas diligências podem ocorrer nas próximas horas. A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) foi procurada para comentar a ação.

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O caso chama atenção pela ousadia dos suspeitos em se refugiarem em área rural e estarem de posse de uma farda militar, o que levanta suspeitas sobre possíveis planos de ataques ou disfarces. As investigações deverão apontar o destino das drogas e a extensão da atuação da facção na região.

A operação reforça o alerta das autoridades sobre o avanço da criminalidade no estado e a necessidade de intensificação das ações policiais em áreas estratégicas.

Operação Barão Vermelho: facção milionária é alvo no Maranhão, Piauí e Paraíba com bloqueio de R$ 197 milhões

Operação Barão Vermelho bloqueia R$ 197 milhões e prende suspeitos em três estados do Nordeste.

Operação Barão Vermelho bloqueia R$ 197 milhões e prende suspeitos em três estados do Nordeste.

O Ministério Público do Maranhão (MP-MA), por meio do Gaeco, deflagrou a terceira fase da Operação Barão Vermelho e escancarou um esquema criminoso milionário que atuava em três estados do Nordeste: Maranhão, Piauí e Paraíba.

A ação aconteceu logo nas primeiras horas da manhã e movimentou um verdadeiro exército policial. Foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, quatro prisões preventivas e três interdições de empresas. Entre os alvos, duas companhias de grande porte em Teresina, que segundo a investigação funcionavam como fachada para lavagem de dinheiro.

Mas o dado que mais chama atenção é o bloqueio judicial de R$ 197,1 milhões. Imóveis, veículos de luxo, embarcações, aeronaves e contas bancárias foram congelados. Uma fortuna que mostra a força financeira dessa facção, muito além do estereótipo do tráfico em vielas de comunidades. Estamos falando de uma máfia organizada, com braços empresariais e conexões políticas.

A operação mobilizou 190 agentes públicos de diferentes estados. Estiveram lado a lado integrantes do Gaeco-MA, Gaeco-PI e Gaeco-PB, além das Polícias Militares e Civis do Maranhão, Piauí e Paraíba, com apoio técnico do Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim-MA). Uma verdadeira força-tarefa para enfrentar um esquema criminoso que já vinha sendo monitorado desde 2023, quando a primeira fase da operação foi deflagrada.

Segundo os investigadores, a facção movimentava milhões com um esquema de lavagem de capitais sofisticado, envolvendo pessoas físicas e jurídicas em transferências vultosas e saques bancários de valores elevados, que despertaram a atenção das autoridades. E não era apenas o tráfico de drogas que sustentava o grupo: havia indícios claros de envolvimento com falsificação de documentos de veículos, receptação de cargas roubadas ou desviadas, comércio de ouro de origem ilícita e até agiotagem.

A pergunta que ecoa é: como uma facção com tamanha estrutura conseguiu crescer tanto sem chamar a atenção antes? A resposta pode ser desconfortável. O crime organizado no Brasil não se limita mais às favelas e periferias. Ele se profissionalizou, se infiltrou em empresas, usa laranjas, contadores e advogados de renome. Atua como qualquer corporação legal, mas com o detalhe de que seus negócios são financiados por sangue, drogas e corrupção.

A Operação Barão Vermelho é, sem dúvida, um golpe duro contra essa estrutura criminosa. O bloqueio bilionário e as prisões mostram que o Estado ainda tem ferramentas para reagir. Mas também deixa claro a dimensão do problema: se em apenas uma operação se descobre quase R$ 200 milhões em movimentações suspeitas, o que ainda não foi revelado pode ser ainda maior.

O Nordeste brasileiro, e em especial estados como Maranhão e Piauí, vive um paradoxo: de um lado, economias em desenvolvimento e crescimento urbano; de outro, facções que se aproveitam das brechas para se instalar e operar como verdadeiras empresas do crime. A sociedade paga a conta, seja pela violência nas ruas, seja pela corrupção que drena recursos públicos.

Resta saber se essa operação será apenas mais um capítulo no noticiário ou se representará, de fato, o início de uma ofensiva duradoura contra o crime organizado no Nordeste. Uma coisa é certa: o bloqueio de R$ 197 milhões é um recado claro de que o poder econômico da facção não será mais ignorado. Agora, cabe às autoridades garantir que essa estrutura não se reerguerá facilmente — e que os responsáveis pagarão, na Justiça, por cada centavo sujo movimentado.

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