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Lula envia Projeto de Lei Antifacção ao Congresso: saiba quais são as novas regras e como elas visam desarticular o crime organizado no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu um passo significativo no enfrentamento ao crime organizado ao encaminhar ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Antifacção. Enviada em regime de urgência e publicada em edição extra do Diário Oficial da União, a proposta visa endurecer o combate a essas organizações, apresentando um conjunto de medidas que buscam enfraquecer seu poder econômico, territorial e de atuação.

A nova legislação proposta traz em seu cerne o aumento de penas para crimes cometidos sob a égide ou em benefício de facções criminosas. Um dos pontos mais destacados é o endurecimento para homicídios ligados a facções, com a pena podendo variar de 12 a 30 anos de prisão. Essa medida busca enviar uma mensagem clara de que a violência orquestrada por esses grupos terá consequências mais severas.

Novas ferramentas para investigação e inteligência no combate às facções

Além do aumento de penas, o Projeto de Lei Antifacção introduz novos instrumentos de investigação e inteligência que prometem municiar as forças de segurança com ferramentas mais eficazes. Entre as novidades, destaca-se a possibilidade de infiltração de policiais e colaboradores em facções criminosas, uma tática que pode fornecer informações cruciais diretamente da fonte.

Outra medida de grande relevância é a autorização para que juízes determinem o acesso a dados de geolocalização de suspeitos. Com o apoio de provedores de internet, telefonia e empresas de tecnologia, essa ferramenta poderá ser utilizada em casos que envolvam risco à vida, permitindo um acompanhamento mais ágil e preciso de indivíduos sob investigação.

Para centralizar e otimizar o fluxo de informações, o projeto também prevê a criação do Banco Nacional de Facções Criminosas. Este banco de dados reunirá informações estratégicas essenciais para subsidiar as investigações, permitindo uma visão mais completa e integrada do cenário do crime organizado no país.

Estrangulamento financeiro e combate à infiltração no poder público como pilares da nova lei

O Projeto de Lei Antifacção também mira o estrangulamento financeiro das facções, buscando cortar suas fontes de receita e enfraquecer seu poder econômico. Para isso, o texto propõe a apreensão de bens e o bloqueio de operações financeiras de organizações criminosas. A possibilidade de intervenção judicial em empresas usadas por facções também está prevista, visando desmantelar as estruturas empresariais que servem como fachada para atividades ilícitas.

O combate à infiltração no poder público é outro pilar fundamental da nova legislação. Caso haja indícios de envolvimento de agentes públicos com facções criminosas, o projeto permite o afastamento imediato por decisão judicial. Além disso, réus condenados por ligação com facções ficarão proibidos de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais por 14 anos, uma medida que visa impedir que recursos públicos sejam direcionados, direta ou indiretamente, para organizações criminosas.

Medidas no sistema prisional também foram contempladas, com a permissão para o monitoramento de encontros de presos ligados a facções no parlatório e a possibilidade de transferências emergenciais entre presídios, sem necessidade de autorização judicial em casos de motim ou risco à segurança. O projeto ainda reforça a cooperação internacional no combate ao crime organizado, sob coordenação da Polícia Federal, e inclui o setor privado na colaboração com provas e informações úteis às investigações.

Durante o envio da proposta, o presidente Lula ressaltou a importância de uma tramitação rápida no Congresso, afirmando que o projeto “garante instrumentos que blindam o poder público contra a atuação de membros de facções criminosas e fortalecem o Estado no combate ao crime organizado”. A expectativa é que a nova lei traga um endurecimento significativo nas ações contra o crime organizado, com foco em desarticular essas organizações em diversas frentes.

Operação captura: Cinco suspeitos de integrar facções criminosas são presos em cidades maranhenses

A Força Estadual do Maranhão realizou uma importante operação de combate ao crime organizado, resultando na prisão de cinco indivíduos suspeitos de envolvimento com facções criminosas. A ação, denominada Operação Captura, concentrou-se nas cidades de Santa Rita, Itapecuru-Mirim e Miranda do Norte, cumprindo mandados de prisão e desarticulando atividades ilícitas que vinham sendo desenvolvidas na região. Esta fase da operação demonstra o compromisso das forças de segurança em garantir a ordem pública e a segurança da população maranhense.

Santa Rita: Prisão de ‘Leozinho’, Condenado por Crimes Graves

Em Santa Rita, uma das prisões de destaque foi a de um homem conhecido como “Leozinho”. Segundo informações da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-MA), ele foi condenado a mais de 18 anos de reclusão. As condenações incluem crimes hediondos como exploração sexual de crianças e adolescentes, além de tráfico de drogas e associação criminosa. A decisão judicial já havia sido confirmada, e a prisão de “Leozinho” representa um duro golpe contra criminosos que exploram a vulnerabilidade de menores e disseminam substâncias ilícitas.

A captura de “Leozinho” em Santa Rita reforça a importância da atuação policial integrada e da inteligência para localizar e prender criminosos foragidos ou que continuam a praticar delitos mesmo após condenação. A SSP-MA tem trabalhado incansavelmente para garantir que as sentenças judiciais sejam cumpridas e que os responsáveis por crimes graves sejam retirados de circulação.

Itapecuru-Mirim: Confronto e Apreensão de Adolescente

A cidade de Itapecuru-Mirim também foi palco de ações significativas da Operação Captura. Na localidade, três suspeitos foram detidos. Entre eles, um adolescente que já possuía diversas passagens pela polícia por atos infracionais graves. Os registros do menor incluem envolvimento em crimes semelhantes a homicídios, tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo. Ele foi encontrado na residência de um dos alvos da operação e tentou se evadir escondendo-se no forro da casa, mas foi localizado e conduzido à delegacia para as devidas providências legais.

A presença de um adolescente envolvido em atividades criminosas tão graves em Itapecuru-Mirim é um sinal preocupante da influência do crime organizado entre os jovens. As autoridades têm intensificado os esforços para coibir a entrada de menores no mundo do crime, oferecendo programas de prevenção e atuando de forma rigorosa quando os atos infracionais ocorrem.

Reação e Confronto em Itapecuru-Mirim

Em Itapecuru-Mirim, a operação também envolveu um confronto direto com um dos suspeitos. Um homem de 25 anos, identificado como uma liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC) na região, reagiu à abordagem policial de forma agressiva, efetuando disparos contra os agentes. O indivíduo possuía um mandado de prisão preventiva em seu desfavor, expedido pela Justiça, por envolvimento em um crime de homicídio. Durante o tiroteio, ele foi atingido, recebeu atendimento médico emergencial e foi posteriormente transferido para a capital, São Luís, para receber tratamento mais especializado.

Além do cumprimento do mandado de prisão por homicídio, o suspeito será autuado em flagrante pela tentativa de homicídio contra os policiais. É importante ressaltar que, felizmente, nenhum dos policiais envolvidos na ação em Itapecuru-Mirim sofreu ferimentos. A coragem e o profissionalismo da Força Estadual do Maranhão foram cruciais para neutralizar a ameaça e garantir a segurança da equipe.

Operação Captura: Um Esforço Contínuo Contra o Crime Organizado

Os indivíduos detidos nas cidades de Santa Rita, Itapecuru-Mirim e Miranda do Norte estão sendo encaminhados para as respectivas delegacias locais, onde permanecerão à disposição da Justiça. A Operação Captura é parte integrante de um plano abrangente do governo do Maranhão para combater o crime organizado e fortalecer a segurança pública em todo o estado. Esta força-tarefa, que atua em conjunto com a Operação Impacto, tem obtido resultados expressivos.

Desde agosto, as ações conjuntas já resultaram na prisão de mais de 2.700 pessoas em todo o Maranhão. Esses números evidenciam a intensidade e a efetividade das operações policiais na desarticulação de grupos criminosos, na apreensão de armas e drogas, e na recuperação de bens provenientes de atividades ilícitas. A SSP-MA reafirma o compromisso de continuar atuando de forma enérgica e estratégica para garantir um Maranhão mais seguro para todos os seus cidadãos.

A integração entre as diferentes forças de segurança, o aprimoramento das técnicas de investigação e a colaboração da sociedade são pilares fundamentais para o sucesso contínuo dessas operações. A população é encorajada a denunciar atividades suspeitas, contribuindo assim para um ambiente mais seguro e livre da influência do crime organizado.

Corpos de adolescentes sequestrados por “tribunal do crime” são encontrados em Timon

Corpos de Welison Ferreira e Victor Bruno foram encontrados em área de difícil acesso na zona rural de Timon, após desaparecimento em 20 de outubro.

Corpos de Welison Ferreira e Victor Bruno foram encontrados em área de difícil acesso na zona rural de Timon, após desaparecimento em 20 de outubro.

Os corpos dos adolescentes Welison Ferreira e Victor Bruno, desaparecidos desde o último dia 20 de outubro, foram encontrados na manhã desta quinta-feira (31) em uma área de difícil acesso no povoado Regimento, zona rural de Timon (MA). Segundo o 11º Batalhão da Polícia Militar (BPM), as vítimas estavam próximas ao Riacho Machadinha, e os corpos foram encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML) para perícia.

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As investigações apontam que os adolescentes foram sequestrados por criminosos e levados para o chamado “tribunal do crime”, uma prática usada por facções para aplicar punições violentas a pessoas consideradas desafetas ou traidoras dentro das organizações.

De acordo com a Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), os jovens teriam sido retirados da casa das namoradas e levados à força por integrantes de uma facção criminosa. A motivação do crime ainda está sendo apurada, mas a principal linha de investigação é de execução por ordem de faccionados locais.

Na última terça-feira (28), a Polícia Civil prendeu um dos suspeitos de envolvimento no desaparecimento dos adolescentes. O investigado já havia sido alvo de mandado de busca e apreensão em 2024, em outro inquérito sobre atuação de facções criminosas na região. Durante a operação, outro homem também foi detido, em razão de um mandado de prisão em aberto.

A polícia continua as diligências para localizar e prender os demais envolvidos. O caso causou comoção em Timon, onde familiares e moradores acompanham de perto as investigações e cobram justiça pelas mortes.

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Três motoristas são presos por embriaguez no Maranhão após acidentes e ultrapassagem perigosa; entenda os casos

As autoridades reforçam que a atuação de facções criminosas em áreas urbanas e rurais do Maranhão segue sendo monitorada, com ações integradas entre as polícias Civil e Militar para desarticular esses grupos e impedir novas execuções sumárias conhecidas como “tribunais do crime”.

Deputado TH Joias é preso acusado de negociar armas com o Comando Vermelho no Rio

 

Deputado vira “homem de confiança” do Comando Vermelho e é preso em condomínio de luxo no Rio

O Rio de Janeiro amanheceu com mais um escândalo político. O deputado estadual Tiego Raimundo dos Santos Silva (MDB-RJ), conhecido como TH Joias, foi preso nesta quarta-feira (3) em uma megaoperação contra o crime organizado. Segundo as investigações, o parlamentar é acusado de intermediar a compra e venda de armas e drogas para o Comando Vermelho, a maior facção criminosa do estado.

Prisão em condomínio de luxo na Barra da Tijuca

A ação foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Rio (Ficco-RJ), formada pela Polícia Federal, Polícia Civil e Ministério Público do Rio (MPRJ).

TH Joias foi detido em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, zona oeste carioca. O contraste não poderia ser maior: de dentro de uma cobertura milionária, o deputado é acusado de favorecer facções que controlam comunidades pobres da capital.

Ligação direta com líderes do CV

As investigações apontam que o deputado mantinha contato direto com chefes do Comando Vermelho, atuantes em áreas como o Complexo do Alemão, Maré e Parada de Lucas.

Não era só tráfico de armas pesadas, como fuzis importados do Paraguai, mas também negociação de drogas e até a compra de equipamentos antidrones da China, usados para atrapalhar a ação policial nas favelas dominadas pela facção.

Um relatório da Polícia Civil foi direto:

“O parlamentar utilizava o mandato para favorecer o crime organizado.”

Rastro de lavagem de dinheiro milionária

A operação, batizada de Bandeirantes pela Polícia Civil e Zargun pela PF, descobriu movimentações financeiras suspeitas que levantam indícios de lavagem de até R$ 40 milhões.

Foram cumpridos 18 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão. Até as 10h desta quarta-feira, 14 pessoas já haviam sido presas, incluindo traficantes, policiais militares, um delegado federal e até o ex-secretário estadual e municipal do Rio, Alessandro Pitombeira Carracena.

A Justiça também determinou o sequestro de bens, afastamento de agentes públicos e até a transferência de lideranças do Comando Vermelho para presídios federais de segurança máxima.

Como funcionava o esquema?

O Ministério Público do Rio detalhou a atuação dos principais alvos da operação:

  • TH Joias: usava o mandato na Alerj para favorecer a facção, nomeando comparsas em cargos de confiança.
  • Traficante: considerado líder financeiro, responsável por autorizar grandes pagamentos e comprar equipamentos.
  • Tesoureiro: guardava drogas, armas e valores milionários, além de controlar negociações.
  • Assessor parlamentar: indicado pelo deputado, fornecia e testava equipamentos antidrones, ensinando o uso à facção.
  • Esposa do tesoureiro: nomeada em cargo comissionado na Alerj, servia de elo entre o grupo criminoso e o Legislativo.

Em resumo: o crime organizado estava dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Silêncio no gabinete, nota protocolar da Alerj

A reportagem tentou contato com o gabinete de TH Joias, mas não obteve resposta.

A Alerj confirmou que houve mandados de busca e apreensão no gabinete do deputado e informou que as diligências foram acompanhadas pela Procuradoria da Casa, que prestou apoio às autoridades.

Opinião: quando a política vira extensão do crime

O caso de TH Joias é mais um retrato da degradação política no Rio. Um parlamentar eleito pelo povo para representá-lo é acusado de trabalhar para a facção mais temida do estado.

A prisão levanta uma questão incômoda: quantos outros políticos ainda estão enraizados no esquema criminoso?

Se confirmadas as acusações, o caso é ainda mais grave porque mostra que o crime organizado não precisa apenas das favelas para sobreviver: ele já se infiltrou oficialmente no poder público, com crachá e salário pagos pelos contribuintes.

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