A Justiça autorizou a retirada do sigilo que envolvia o processo criminal contra o prefeito de Igarapé Grande (MA), João Vitor Xavier (PDT), acusado de matar um policial militar. A decisão é essencial para que ele seja formalmente citado e tenha garantido o direito de apresentar defesa por escrito, conforme previsto no rito do júri.
O crime ocorreu durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, onde o policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos, que estava de folga, foi alvejado. De acordo com relatos da Polícia Civil, o disparo partiu do prefeito João Vitor.
Em depoimento prestado à polícia, o prefeito admitiu o disparo, alegando legítima defesa. Ele também afirmou que descartou a arma logo após o incidente e não possuía autorização legal para seu porte.
Após o ocorrido, João Vitor Xavier apresentou-se voluntariamente à polícia e respondeu ao inquérito — ação que não ocorreu em flagrante, o que o fez ser liberado inicialmente, conforme relatos da defesa.
O Ministério Público formalizou o indiciamento do prefeito por homicídio qualificado e porte ilegal de arma.
O caso gerou forte reação nas instâncias políticas do Maranhão. O deputado estadual Carlos Lula manifestou indignação, classificando o episódio como um “escândalo”, e questionou a possível influência política por parte do governador sobre a situação. Ele destacou que, se o cenário fosse invertido — o policial como autor e o prefeito vítima — o tratamento diante da lei seria diferente.
Próximas etapas
Com o sigilo levantado, a defesa de João Vitor poderá apresentar resposta formal dentro do processo. O rito do júri, agora em curso, garante o seguinte desenvolvimento legal da ação.