Na noite de segunda-feira (2), três pessoas foram atacadas por dois cães da raça pitbull no bairro Pindoba, em Paço do Lumiar, Região Metropolitana de São Luís. As vítimas sofreram ferimentos nos braços, pernas e cabeça, sendo encaminhadas à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Maiobão. Felizmente, não houve óbitos.
Segundo investigações, o tutor dos animais teria deixado o portão de casa aberto, permitindo que os cães escapassem e atacassem pedestres na rua. Uma das vítimas registrou um Boletim de Ocorrência na delegacia local.
Conforme a legislação brasileira, tutores de animais que causam danos a terceiros podem ser responsabilizados civil e criminalmente, especialmente se comprovada negligência ou intenção.
As vítimas foram atendidas na UPA do Maiobão e, até o momento, não há informações sobre a gravidade dos ferimentos ou necessidade de internação.
Há cerca de 30 horas, equipes do Corpo de Bombeiros Militares da Bahia (CBMBA) realizam uma delicada operação para resgatar Sérgio Rodrigo Guimarães, de 30 anos, que se recusa a descer de uma árvore de aproximadamente 12 metros de altura, localizada na Base Aérea de Salvador.
Natural de Santa Rita, cidade maranhense a 78 km de São Luís, Sérgio estava desaparecido desde o dia 20 de março. Segundo familiares, ele teria viajado ao município de Valença, no sul da Bahia, em busca de trabalho, mas após um desentendimento com um colega e supostas ameaças, entrou em surto psicótico.
Fuga e esconderijo
Após o episódio, Sérgio teria se deslocado até Salvador, onde um cunhado o aguardava para levá-lo de volta ao Maranhão. Porém, ao chegar ao aeroporto, ele teria fugido, pulado a cerca da Base Aérea e se refugiado em uma área de mata. Desde então, acredita-se que o homem tenha permanecido escondido no local.
“A gente acredita que ele saía, conseguia alimentos como frutas e água, e retornava à árvore, que ele reconhece como um ponto de abrigo e segurança”, explicou o major André Moreira, do CBMBA.
Operação humanizada de resgate
Além do Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) participam da ação, que adota uma abordagem humanizada e cuidadosa, devido ao estado emocional de Sérgio e ao risco de queda.
“Ele está em um ponto alto, com cerca de 10 metros. Nosso foco é garantir a segurança dele, com muito diálogo e paciência”, destacou o major Moreira.
Durante as tentativas de negociação, Sérgio revelou seu estado emocional abalado:
“Eu não tenho nada a perder não. Eu não tenho amor e carinho…”, desabafou, resistindo aos apelos das equipes.
Família acompanha o caso de perto
A mãe e a esposa de Sérgio estão em Salvador acompanhando de perto as tentativas de convencimento, na esperança de que a presença familiar o sensibilize a descer e receber cuidados.
O caso tem comovido as equipes e expõe a urgência do cuidado com a saúde mental de trabalhadores em situação de vulnerabilidade.